Línguas itálicas extintas
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Abril de 2020) |
As línguas itálicas extintas foram idiomas falados majoritariamente na península itálica e que desapareceram com a expansão do Império Romano e, consequentemente, do latim.
Osco
editarA língua osca era uma das numerosas línguas itálicas faladas no coração da Itália e era contígua linguisticamente ao umbro e a outras línguas sabélicas como o volsco, o maso, o équo, o sabino e o piceno meridional.
Não obstante também houve colônias de língua osca espalhadas por lugares da Itália meridional e da Sicília. Basicamente o osco era a língua das tribos samnitas, os quais foram poderosos antagonistas dos romanos, que precisaram de quase cem anos para submetê-los (as Guerras Samnitas tiveram lugar entre 370 e 290 a.C.).
A língua é conhecida por algumas centenas de inscrições datadas entre 400 a.C. e o século I d.C. Pompéia é um local de origem várias inscrições oscas, como as dedicatórias em edifícios públicos.
Dados
editarA língua osca era falada nas regiões de Sâmnio e Campânia, em parte da Lucânia e Brútio, assim como pelos marmetinos da colônia siciliana de Messana (moderna Messina).
Escrita
editarA língua osca foi escrita em um dos muitos alfabetos derivados do alfabeto etrusco e que leva o nome da língua, "alfabeto osco". A inscrição mais famosa é a tábua de bronze de Agnone, datada de cerca de 250 a.C. Trata-se de uma tábua de conteúdo religioso com inscrições em ambas as faces.
Pieceno
editarHistória
editarA língua picena foi falada na península italiana próximo à costa adriática, entre os rios Chineti e Sangro. Está relacionada com o osco e o umbro e não deve ser confundida com a língua picena setentrional cuja classificação genética não está clara por estar baseada em quatro inscrições encontradas entre Rímini e Ancona.
Existem umas vinte inscrições procedentes dos séculos VI a IV a.C. e escritas em um alfabeto derivado do etrusco e denominado piceno.
Umbro
editarHistória
editarUm dos mais famosos autores da antiguidade clássica, Plauto, era umbro, mas a língua que utilizou para escrever foi o latim, não o umbro. Esta língua era falada na região que corresponde à atual Umbria, mas quando os umbros foram conquistados pelos romanos iniciou-se um processo de declínio desse povo que levou ao seu desaparecimento. De todos os dialetos itálicos é o que melhor se conhece, graças sobretudo às Tábuas Iguvinas.
A língua está estreitamente relacionada com a volsca, osca e picena meridional.
Escrita
editarPara se escrever esta língua foi utilizado uma variante do alfabeto etrusco, denominado alfabeto umbro, e cuja inscrição mais famosa é a coleção de sete tábuas de Gubio, escritas em bronze e procedentes do século II a.C. Não obstante, nestas tábuas há dois tipos de alfabeto, o já mencionado alfabeto umbro e outro que se aproxima do romano.
Falisco
editarHistória
editarA língua falisca se associa estreitamente com a latina, a ponto de ambas formarem o grupo latino-falisco do ramo itálico. Tão próxima é a associação entre as duas línguas que em algumas ocasiões o falisco foi considerado um dialeto do latim, como se pode notar comparando-se estas duas frases, sendo a primeira em falisco e a segunda em latim: foied vino pipafo, cra carefo – hodie vinum bibam, cras carebo (hoje beberei vinho, amanhã não terei).
A língua falisca era falada ao norte de Roma, sendo sua principal cidade Falerii Veteres, destruída por Roma em 241 a.C.
Escrita
editarA língua falisca utilizava uma variante do alfabeto etrusco. Há cerca de 200 inscrições, muito curtas, que procedem dos séculos IV e III a.C.