Leonard Patrick Harvey
Leonard Patrick Harvey (muitas vezes creditado como L. P. Harvey; 1929) é um professor e pesquisador britânico. Foi professor de espanhol na Universidade de Oxford (1956-58), Southampton (1958-60) e no Queen Mary College de Londres (1960-63), sendo chefe do departamento de espanhol na última de 1963 a 1973, e professor de espanhol no King's College de Londres de 1983 até sua aposentadoria, em 1990.
Leonard Patrick Harvey | |
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Nascimento | 1929 (96 anos) |
Nacionalidade | britânico |
Ocupação | professor, historiador, escritor |
Empregador(a) | Universidade de Oxford, King's College de Londres |
Campo(s) | Estudos hispânicos, estudos árabes, aljamiada |
Vida
editarSeus campos de especialização acadêmica são estudos árabe e islâmico, mudéjares e mouriscos, e a herança islâmica na literatura espanhola medieval e moderna. Após sua aposentadoria, marcou uma visita ao Centro de Estudos Islâmicos de Oxford, até que decidiu mudar-se para a Nova Zelândia, onde agora vive aposentado.
Obras
editarPublicou trabalhos sobre diferentes temas: Espanha Islâmica entre 1250 e 1500, literatura aljamiado, muçulmanos na Espanha ente 1500 e 1614. Entre os autores que escreveu, estão Ibne Batuta, Mancebo de Arévalo e Baray de Reminjo, além da obra Dom Quixote. Alguns esboços biográficos e sua produção bibliográfica podem ser encontrados no volume dedicado a ele na resenha Sharq Al-Andalus, 16–17 (1999–2002) – especialmente no artigo bibliográfico de Luis Fernando Bernabé Pons (pp. 13–20).[1]
Muslims In Spain, 1500–1614
editarHarvey publicou o livro Muslims In Spain, 1500–1614 em 2006, examinando muçulmanos da Espanha no período entre a Rebelião das Alpujarras (1499–1501) e a expulsão dos Mouriscos. Segundo o historiador Tamar Herzog, escrevendo na The International History Review, o livro foi escrito em "linguagem clara e precisa", endereçada a não especialistas e "responde a muitas perguntas importantes".[2] Herzog também comparou o livro ao de Benzion Netanyahu, The Origins of Spanish Inquisition (1995), que analisou a história dos judeus e conversos da Espanha na mesma época, da mesma forma que Harvey fez com os muçulmanos.[2]
O historiador Trevor Dadson, escrevendo no The Times Literary Supplement, disse que o livro sintetizou uma "massa de informação" principalmente em espanhol e a disponibilizou ao leitor de língua inglesa.[3] No entanto, criticou as "poucas fraquezas" do livro, incluindo a resposta inadequada à questão de quão difundida era a prática do cripto-islã durante o período, a dependência excessiva de fontes secundárias incorretas e a "patinação" sobre o fato de muitos mouriscos terem sido assimilados.[3] O Times Literary Supplement posteriormente publicou a resposta de Harvey a Dadson, na qual defendeu o livro dizendo que fala sobre os mouriscos assimilados e que trouxe evidências "abundantes e avassaladoras" da literatura muçulmana e dos registros do julgamento da Inquisição, indicando que a maioria dos convertidos nominais apegaram-se à fé islâmica em segredo.[4]
Referências
- ↑ Fernando, Bernabé Pons, Luis (1 de janeiro de 2002). «Bibliografía de L.P. Harvey». cervantesvirtual.com
- ↑ a b Herzog 2006, p. 384.
- ↑ a b Dadson 2006.
- ↑ Harvey 2006.
Bibliografia
editar- Harvey, L. P. (2014). «Algiers, 1956» (PDF). Santa Barbara, CA: University of California. eHumanista/IVITRA. 6. ISSN 1540-5877 Incluí uma introdução a Harvey por Francisco Franco-Sánchez
- «Homenaje a Leonard P. Harvey». University of Alicante. Sharq Al-Andalus (16–17). 1999–2002
- Dadson, Trevor (2016). «Moors of La Mancha». The Times Literary Supplement
- Harvey, L. P. (2016). «Fatwas in early modern Spain». The Times Literary Supplement
- Menocal, María Rosa (1993). «Review: Islamic Spain. 1250 To 1500 By L. P. Harvey». Hispanic Review. 61 (1): 91–93. JSTOR 473291. doi:10.2307/473291
- Herzog, Tamar (2006). «Review: Muslims In Spain, 1500-1614 By L. P. Harvey». The International History Review. 28 (2): 383-385. JSTOR 40109760