La Guardia Imperial
La Guardia Imperial (em portugués: A Guarda Imperial) é uma barra brava na Argentina composto por torcedores do Racing Club de Avellaneda.
Não é a única torcida organizada do clube, pois existem outras duas conhecidas como «La Barra del 95» e os «Racing Stones», que geralmente ocupam a mesma arquibancada do El Cilindro.[1]
A barra brava tem uma amizade com o Gimnasia La Plata, da Argentina,[2][3] e com a Geral do Grêmio, do Grêmio do Brasil.[4] Além disso, possui numerosos líderes, destacando-se Cacho de Ciudadela, que liderou durante os anos 1980.[5][6][7]
História
editarA origem do nome «La Guardia Imperial» remonta à década de 1940, quando o jornalista Luis María Albamonte, conhecido como Américo Barrios, o popularizou através de um poema que comparava a fidelidade dos seguidores do Racing Club com a lealdade da Guarda Imperial de Napoleão Bonaparte.[8]
Em momentos críticos para o clube, como a falência em 1999, La Guardia Imperial desempenhou um papel destacado nos protestos e na defesa da instituição.[9][10] No entanto, em 2002, a barra sofreu um revés com a condenação de vários de seus membros por um homicídio de um torcedor do Independiente. Isso desencadeou lutas internas pelo controle.[11][12][13][14][15][16]
Os torcedores do Racing Club, incluindo a barra brava conhecida como La Guardia Imperial, reivindicam o feito de ter lotado simultaneamente dois estádios em dois momentos distintos. O primeiro episódio ocorreu em 2001, quando o clube conquistou o título do Torneio Apertura no Estádio José Amalfitani, pertencente ao Vélez Sarsfield, enquanto uma grande parte de sua torcida também preenchia a capacidade total do Cilindro de Avellaneda.[17] O segundo evento deu-se em 2024, durante a final da Copa Sul-Americana, em que o Racing superou o Cruzeiro no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção. Nesse mesmo momento, milhares de torcedores se reuniram no Cilindro para acompanhar a transmissão ao vivo da partida por meio de um telão de grandes proporções.[18]
Na Copa Libertadores de 1997, a torcida do Racing estreou um enorme telão contra o River Plate.[19] Em 2010, exibiram outra bandeira de grande tamanho contra o All Boys na Primeira Divisão da Argentina.[20] Essas bandeiras foram chamadas de "as maiores do mundo".[21]
Barras Inimigas
editarLa Guardia Imperial é comumente mencionada na mídia nacional argentina por seus atos de vandalismo no futebol. Ela teve inúmeros confrontos com outras torcidas organizadas, sendo os principais rivais a La Barra del Rojo (Independiente),[22] Los Borrachos del Tablón (River Plate), La Butteler (San Lorenzo de Almagro)[23] e a La 12 (Boca Juniors).[24]
- 1967: A barra do Racing rouba guarda-sóis de torcedores do Huracán, desencadeando uma emboscada e um confronto violento no Estádio Tomás Adolfo Ducó.[25][26]
- 1967: Após uma partida da Copa Intercontinental, a torcida do Racing se defende dos simpatizantes do Club Nacional uruguaio.[27]
- 1983: Começa a rivalidade entre a Guardia Imperial do Racing e a La 12 do Boca Juniors, após o assassinato de um torcedor do Racing por membros da La 12 na Bombonera.[28]
- 1983 Ocorre um confronto violento entre a polícia e os torcedores no estádio Presidente Perón, após o rebaixamento do Racing para a segunda divisão.[29]
- 2002: La Guardia Imperial se atribui o crédito por ter "corrido" a La 12 em um posto de gasolina na Rota 2 do Buenos Aires, provocando confrontos e detenções.[30]
- 2002: Um torcedor do Independiente é morto a tiros durante uma emboscada da torcida do Racing na rua Cordero de Avellaneda.[31][32]
- 2006: Incidentes violentos no clássico de Avellaneda levam à suspensão da partida na Doble Visera.[33][34]
Referências
- ↑ «Estarían identificados los asesinos del hincha». LA NACION (em espanhol). 3 de junho de 1997. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «La fiesta fue de la gente». LA NACION (em espanhol). 18 de dezembro de 1999. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «En el Día del Amigo, cuatro hinchadas que hicieron amistades en el fútbol argentino | Deportes». Vía País (em espanhol). 20 de julho de 2023. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Hincha de Gremio, con la de Racing, se burló de Independiente». Bolavip (em espanhol). 24 de fevereiro de 2018. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «El día que el Turco García se agarró a piñas con un barra de Racing - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 16 de julho de 2021. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Documental - ASADO BARRA BRAVA, consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Clarín, Redacción (25 de março de 2000). «El club del miedo». Clarín (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Albamonte, Luis María (1948). «La Guardia Imperial». La Razón
- ↑ «A 23 años del día que los hinchas de Racing impidieron el remate de la sede de Villa del Parque». www.tycsports.com (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Día del hincha de Racing: la muestra de amor de la gente que salvó al club - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 8 de março de 2023. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Clarín, Redacción (25 de outubro de 2010). «El barrabrava que echaron de Racing y buscó refugio en la patota sindical». Clarín (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Página/12 :: Deportes :: Con algunos barras menos en las tribunas, Racing recibe a Banfield». www.pagina12.com.ar (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «En Rafaela, otro capítulo en la pelea de la barra brava». LA NACION (em espanhol). 25 de abril de 2004. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «La lucha por el poder dejó un hincha herido». LA NACION (em espanhol). 19 de fevereiro de 2005. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Otra triste historia». LA NACION (em espanhol). 4 de abril de 2005. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Clarín, Redacción (24 de agosto de 2021). «Los Pibes de Racing, la facción que ganó la guerra interna de la barra y se aseguró un botín millonario por partido». Clarín (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Por qué se dice que Racing llenó dos canchas el mismo día - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 27 de dezembro de 2021. Consultado em 21 de dezembro de 2024
- ↑ «Como en el 2001: Racing volvió a llenar dos canchas el mismo día - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 23 de novembro de 2024. Consultado em 21 de dezembro de 2024
- ↑ «La impresionante bandera de Racing que volvió a utilizarse después de 18 años - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 21 de novembro de 2021. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Canal 26. «Monstruoso: Racing estrenó la bandera más grande del mundo». Canal26 (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «El día que Racing presentó la "bandera más grande del mundo" - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 23 de abril de 2023. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Página/12 :: Deportes :: El fútbol se va a dormir con el enemigo». www.pagina12.com.ar (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ 1987, Racing 3 - San Lorenzo 1, incidentes en la tribuna, consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Sardi, Publicadas por Pablo. «Escribir, escribir, escribir...» (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Morir por ser hincha, el génesis del mal». El Gráfico (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «El primer muerto por barras en el fútbol argentino: tenía 15 años y lo asesinaron a sangre fría - TyC Sports». www.tycsports.com (em espanhol). 27 de abril de 2022. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Lawrence, Jeff (11 de fevereiro de 2015). «The decline, fall and rebirth of the Intercontinental Cup». These Football Times (em inglês). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Bombonera: estádio de alegria e horror já foi palco da morte de torcedor do Racing pela 'La Doce'». O Globo. 15 de maio de 2015. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Bauso, Por Matías (18 de dezembro de 2023). «A 40 años del descenso de Racing: crónica en primera persona de un año futbolístico trágico». infobae (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Mar del Plata: tiroteo entre hinchas de Boca y Racing en la ruta 2». LA NACION (em espanhol). 19 de janeiro de 2002. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Olé, Diario Deportivo (10 de junho de 2011). «Es un fallo Imperial». Olé (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Clarín, Redacción (17 de fevereiro de 2003). «A un año de una tragedia». Clarín (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Barra Bravas: Clásico caliente en Avellaneda» (em espanhol). Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ «Se dio por terminado el clásico de Avellaneda». Adn Mundo. 7 de julho de 2011. Consultado em 17 de março de 2024. Arquivado do original em 21 de setembro de 2016