Laura (1943) é um livro de Vera Caspary. É um dos maiores trabalhos da autora, chegando a ser adaptado como um filme popular em 1944, com Gene Tierney como a personagem-título.

Laura
Autor(es) Vera Caspary
Idioma Inglês
País Estados Unidos
Gênero Ficção
Investigação
Editora
Lançamento 1943
Páginas 237 (livro)

História da publicação

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Originalmente, Laura foi lançado na revista Collier's, entre Outubro e Novembro de 1942, sendo a sétima parte da série "Ring Twice for Laura". A Houghton Mifflin republicou Laura como livro no ano seguinte; posteriormente, Caspary vendeu os direitos cinematográficos para a 20th Century Fox, que resultou em 1944, no filme homônimo estrelado por Gene Tierney e Dana Andrews.[1] Em 1946, Caspary vendeu a história pela quarta vez, agora, co-escrevendo a versão teatral junto a George Sklar.

Laura alcançou leitores mundialmente e foi traduzido para Alemão, Italiano, Japonês e Holandês, e foi liberado pela Armed Services Edition para os militares americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Desde a publicação original, o livro foi relançado diversas vezes. A editora "I Books" lançou uma edição nos anos 2000, classificando-a como um "clássico perdido", todavia, a mesma não é mais impressa. Já a edição da Feminist Press foi disponibilizada em 2006. No Brasil, em 1969 foi o volume que inaugurou a Série Alvi-Negra [2].

Em 2015, foi incluído como parte da coleção "Escritores de crimes femininos" da "Library of America's".[3][4]

Enredo

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Como no romance de Wilkie Collins The Woman in White (1859), Laura é narrada na primeira pessoa por várias personagens alternadas. [5] Todas essas histórias individuais giram em torno do aparente assassinato da personagem-título, uma anunciante de sucesso de Nova Iorque morta na porta de seu apartamento com um tiro de espingarda que destruiu seu rosto.

O detetive Mark McPherson, é designado para o caso e começa a investigar os dois homens mais próximos de Laura: Waldo Lydecker, um escritor narcisista de meia-idade que era ex-amante dela, e Shelby Carpenter, um mulherengo que era noivo de Laura. À medida que aprende mais sobre ela, Mark – que não é o mais sentimental dos homens – começa a se apaixonar por sua memória. Quando Laura se mostra muito viva, no entanto, ela se torna a principal suspeita.

O romance tem alguns elementos autobiográficos; Caspary, como Laura, era uma mulher independente que ganhava a vida como anunciante e lutava para equilibrar carreira e romance.[6]

Principais personagens

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  • Laura Hunt, uma inteligente e bela anunciante de Nova York cuja carreira está prosperando;
  • Mark McPherson, o jovem detetive de homicídios designado para o caso de assassinato de Laura Hunt (mais tarde o de Diane Redfern);
  • Waldo Lydecker, um escritor de meia-idade obeso com gostos caros e ex-amante de Laura;
  • Shelby Carpenter, o noivo de Laura, um namorador indistinto;
  • Diane Redfern, uma jovem modelo em dificuldades e a verdadeira vítima do assassinato.

Discussão

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Laura muitas vezes é identificada, erroneamente, como um romance noir, e a personagem principal como uma femme fatale. Na verdade, ela é uma mulher inteligente, independente, bonita e desejável que dispensou o estéril Waldo Lydecker para se casar com Shelby Carpenter. Todavia o corpo da amante de Shelby é encontrado em seu apartamento, vestindo suas roupas; e, quando questionada, responde evasivamente.

Todas esses fatos acabam por lançar suspeitas sobre ela; no entanto, a principal tendência do enredo é mostrar que, embora as circunstâncias tenham a empurrado perigosamente para perto do caos emocional, ela tem mais integridade inata do que qualquer outra personagem do romance, homem ou mulher: o noivo de Laura, por exemplo, é infiel a ela mesmo na véspera de seu casamento, enquanto seu "melhor amigo" Waldo usa métodos insidiosos para afastar seus amantes. Moralmente, o único igual de Laura é Mark McPherson, o detetive durão que começa investigando o assassinato de Laura; então investiga Laura por assassinato; e finalmente se torna seu verdadeiro amor e salvador.

A heroína falsamente impugnada, seu resgate pelo amante e o final feliz colocam Laura solidamente no gênero de suspense romântico. O que a diferencia é que Laura não é uma virgem indefesa: ela tem uma carreira de sucesso e um histórico sexual considerável, mas ainda surge como sincera e amável, com desejos domésticos tão fortes que ela está disposta a se casar com um homem indigno para satisfazê-los. [7]

Referências

  1. «Laura — the 1944 Film Based on the Novel by Vera Caspary». Literary Ladies Guide (em inglês). 7 de novembro de 2021. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  2. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/entre-aspas/o_estado_de_s_paulo__33479/
  3. Nast, Condé (21 de setembro de 2015). «The Secrets of Vera Caspary, the Woman Who Wrote "Laura"». The New Yorker (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  4. «Laura by Vera Caspary | Women Crime Writers of the 1940s and 50s». womencrime.loa.org. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  5. Hamache, ibid.
  6. «Vera Caspary - Biography». The New York Times. 8 de setembro de 2009. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2009 
  7. Ng, Laura Ellen. "Feminist hardboiled detective fiction as a political protest in the tradition of women proletarian writers of the 1930s" (Dissertation). Morehead State University, January 31, 2005, pp. 112-114. (full text)

Leitura adicional

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  • McNamara, Eugene. "Laura" as novel, film and myth. Nova Iorque: Edwin Mellen Press, 1992. ISBN 978-0773408388

Ligações externas

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