Laureano Correia e Castro
Laureano Correa e Castro,[nota 1] primeiro e único barão de Campo Belo (Paraíba do Sul, 1790 — Vassouras, 9 de janeiro de 1861) foi um fazendeiro e político brasileiro do século XIX, cuja família teve importante participação na criação e primórdios das cidades de Vassouras e Paty do Alferes.
Laureano Corrêa e Castro | |
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Conhecido(a) por | Primeiro presidente da Câmara Municipal de Paty do Alferes |
Nascimento | 1790[1] Paraíba do Sul, Rio de Janeiro |
Morte | 9 de janeiro de 1861[2] Vassouras, Rio de Janeiro |
Parentesco | Meio-irmão da mãe do barão do Piabanha. Irmão do primeiro barão do Tinguá.[1] |
Cônjuge | Eufrásia Joaquina do Sacramento Andrade |
Ocupação | Fazendeiro e político |
Serviço militar | |
Patente | Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional de Vassouras e Iguaçú |
Título | Barão de Campo Belo , recebido em 2 de dezembro de 1854 |
Biografia
editarEra filho de Pedro Correa e Castro e de Mariana das Neves Correia, que era viúva de José de Pontes França.[1]
Casou-se aos aos trinta anos com sua sobrinha, Eufrásia Joaquina do Sacramento Andrade, filha de sua meia-irmã Ana Esméria de Pontes França, casada com o Capitão Cristovão Rodrigues de Andrade. Também é bisavô de Mary Pessoa, 12° Primeira-dama do Brasil.
Foi o primeiro presidente da Câmara Municipal da vila de Paty do Alferes criada em 1820.[1] Depois mudou-se para a vila de Vassouras, onde tinha adquirido em 1821 as fazendas do Secretário e São Francisco do Tinguá.
Em 1833, foi eleito para a Câmara Municipal da recém-criada vila de Vassouras, para onde tinha sido transferida a sede municipal que havia em Paty do Alferes.
Foi coronel Comandante Superior da Guarda Nacional de Vassouras e Iguaçú. Lutou contra os escravos fugitivos na revolta de Manuel Congo em 1839.
Contratou o engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, que projetaria a vila e o palácio imperial de Petrópolis em 1843, para reformar a casa da sua fazenda do Secretário. Júlio Frederico Koeler construiu uma suntuosa casa de fazenda em estilo neoclássico cujas obras terminaram a em 1844. Os salões da casa foram decorados com afrescos do arquiteto e pintor catalão José Maria Villaronga.[1] O jornalista e escritor francês Charles Ribeyrolles hospedou-se na casa da fazenda do Secretário em 1859 e descreveu o seu dono de forma muito simpática.[3] Nesta ocasião, o fotógrafo Victor Frond tirou duas fotografias da casa da fazenda, que posteriormente foram transformadas em litografias coloridas. A fazenda do Secretário possuia nesta época 365 escravos, fora as crianças, que viviam em 25 lanços de senzalas.[1] A casa da fazenda do Secretário está hoje em boas condições de conservação e com poucas alterações depois de uma reforma que restaurou os afrescos pintados por José Maria Villaronga.
O título de barão de Campo Belo lhe foi concedido em 2 de dezembro de 1854 pelo imperador Pedro II. Tentou influenciar o imperador Pedro II para obter uma concessão de construção de ramal ferroviário entre o Rio de Janeiro e Vassouras.[1]
Foi cavaleiro da Ordem de Cristo e comendador da Ordem da Rosa.
Ver também
editarNotas
- ↑ Algumas obras grafam o sobrenome como Correia de Castro, entretanto a família sempre foi fiel a ortografia antiga, Corrêa e Castro
Referências
- ↑ a b c d e f g TEIXEIRA, Milton. Fazendas de Café: Vassouras. Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do Rio de Janeiro; 2006. pp.2,14-15 Arquivado em 11 de julho de 2009, no Wayback Machine.. Visitado em 5 de novembro de 2008
- ↑ Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Vassouras, Livro de Óbitos 1822-1869, p. 261
- ↑ Ribeyrolles, Charles; Brazil Pittoresco: Historia - Descripções - Viagens - Instituições - Colonisação. Rio de Janeiro: Typographia Nacional; 1ª ed: 1859; pp. 98-99. Visitado em 5 de novembro de 2008