Leôncia Porfirogênita
Leôncia (457 – 479 (22 anos)) foi filha do imperador romano do Oriente Leão I, o Trácio com sua esposa Élia Verina; ela era a irmã mais nova de Ariadne, contudo, diferente da irmã, poderia reivindicar o trono real pois havia nascido no primeiro ano de reinado de seu pai (457).
Leôncia Porfirogênita | |
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Nascimento | 457 Constantinopla |
Morte | século V |
Cidadania | Império Bizantino |
Progenitores | |
Cônjuge | Júlio Patrício, Marciano |
História
editarLeão, que ascendeu ao trono por méritos militares, não possuía laços familiares com a aristocracia romana, e por isso usou do casamento de suas filhas para reforçar sua posição: como Ariadne havia se casado com o general isauro Tarasicodissa (futuro Zenão), o casamento de Leôncia foi designado a outro componente do exército, o filho do mestre dos soldados (magister militum) alano Áspar. Aconteceu porém, que com o anúncio do casamento entre Leôncia e Júlio Patrício (filho de Áspar) motins populares eclodiram (470): para o clero e o povo de Constantinopla, era inaceitável a possibilidade de Patrício por ser ariano tornar-se imperador. Os motins só cessaram quando Áspar e Leão prometeram aos bispos da cidade que Patrício se converteria à ortodoxia antes de se tornar imperador, e que só após a conversão, ele se casaria com Leôncia.
Em 471, Julio Patrício desapareceu das crônicas: seu pai Áspar e seu irmão Ardabúrio foram assassinados neste ano a mando de Leão I. Leôncia estava então casada com Marciano, filho do imperador do ocidente Antêmio: o casamento ligava as duas casas reais, do Oriente e do Ocidente. Aconteceu porém, que Antêmio morreu em 472, sendo sucedido por Olíbrio, e com a morte de Leão I, o Trácio em 474, Zenão subiu ao trono do Oriente junto de seu filho e herdeiro legitimo Leão II. Expulsos ambos do trono, Marciano e Leôncia armaram uma revolta contra Zenão em 479; esta revolta foi fomentada a partir do direito de sucessão que Leôncia albergava sobre sua irmã Ariadne (ela seria uma porfirogênita, enquanto que a irmã teria nascido antes do pai ser imperador), contudo a revolta foi sufocada e Marciano e Leôncia foram exilados na Isáuria.[1]
Bibliografia
editar- Alemany, Agustí, Sources on the Alans: A Critical Compilation, Brill Academic Publishers, 2000, ISBN 9004114424, p. 114.
- Amory, Patrick, People and Identity in Ostrogothic Italy, 489-554, Cambridge University Press, 1997, ISBN 0521526353, p. 284, 288.
- Bury, John Bagnall, "X.1 Leo I (A.D. 457‑474)", History of the Later Roman Empire, 1958, Dover Books, pp. 389–395
- Thiele, Andreas, Erzählende genealogische Stammtafeln zur europäischen Geschichte Band III Europäische Kaiser-, Königs- und Fürstenhäuser Ergänzungsband, R.G. Fischer Verlag 1994 Tafel 490
- Williams, Stephen, The Rome That Did Not Fall: the survival of the East in the fifth century, Routledge, 1999, ISBN 0415154030, p. 180.