Leda Tenório da Motta
Leda Tenório da Motta é tradutora, crítica literária e professora universitária.
Leda Tenório da Motta | |
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Residência | São Paulo |
Ocupação | Tradutora, crítica literária, professora universitária |
Prémios | 64.º Prêmio Jabuti (2008) |
Website | https://www.pucsp.br/~ltmotta |
Além de uma respeitável produção como tradutora literária, em que se destacam obras de La Rochefoucauld, Stéphane Mallarmé, Charles Baudelaire e Francis Ponge[1], mas também de Nina Berberova[2], sua atividade tradutória abarca teóricos do porte de Éric Rohmer, Julia Kristeva e Jacques Derrida.
Como crítica, tem passagem pelos mais importantes cadernos de cultura brasileiros, como a Folha de S.Paulo[3][4] e o O Estado de São Paulo.[5]
Depois de passar pela UNESP como professora de literatura francesa, Tenório da Motta é, desde 1996, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo[6] e, desde sua criação, integra o Réseau International de Recherche Roland Barthes.[7]
Biografia e percurso intelectual
editarTendo vivido em Paris nos anos 1970 e 1980, estudou com Roland Barthes, Gérard Genette e Julia Kristeva. Fez mestrado sobre Mallarmé, sob a orientação de Genette, e doutorado sobre Proust, sob a orientação de Kristeva. Nos anos que se seguiram, fez pós-doutorados sobre Ponge e Céline.
Traduziu, entre outros, as Máximas e Reflexões Morais de La Rochefoucauld, os Pequenos Poemas em Prosa de Baudelaire e Métodos de Francis Ponge.
Desde o fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, refletindo sua formação e engajamento estético, Tenório da Motta trabalha com os objetos das comunicações não apenas como fatos de linguagem mas realizando uma virada metacrítica[8] voltada aos embates entre leitores textuais e contextuais da literatura e ao reconhecimento da pressão das ideias feitas sociológicas sobre as teorias formalistas. Nessa linha, lançou o volume Sobre crítica literária brasileira no último meio século (Imago, 1999)[9] e Cem anos da Semana de Arte Moderna: O gabinete paulista e a conjuração das vanguardas[10], que, nas palavras de Augusto de Campos, é “pequeno grande livro” e "o único que interpreta o modernismo e suas consequências sob um viés prospectivo e não retroativo e retrocessivo".[11]
Anos recentes
editarOrganizou a homenagem internacional Céu Acima. Para um tombeau de Haroldo de Campos (Perspectiva/FAPEPSP, 2005)[12], por ocasião da morte do poeta, e escreveu o primeiro livro de fôlego inteiramente dedicado a Barthes, no Brasil, Roland Barthes. Uma biografia intelectual (Iluminuras/FAPESP, 2017).[13] Recebeu o Prêmio Jabuti por Proust: a violência sutil do riso (Perspectiva/FAPESP, 2007).[14] Trabalhando ainda com a revolução crítica dos Cahiers du Cinéma, dedica-se também à recensão das novas iconologias, de Godard a Didi-Huberman, passando por Barthes[15], e ao comentário das prevenções iconoclastas dos assim chamados estudos da catástrofe e representação.
Artigos relacionados
editarReferências
- ↑ «Folha de S.Paulo: Notícias, Imagens, Vídeos e Entrevistas». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - A língua dos exilados - 28/09/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Leda Tenório da Motta: Idealismo - 01/08/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Leda Tenório da Motta: Céline volta a incomodar - 11/03/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «A bíblia aberta do decadentismo - Cultura». Estadão. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Comunicação e Semiótica - Programa de Pós-Graduação | PUC-SP». Comunicação e Semiótica - Programa de Pós-Graduação | PUC-SP. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «roland-barthes.org/accueil». www.roland-barthes.org. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Leda Tenório da Motta: Literatura e gosto médio - 11/05/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Ensaios inteligentes». revistapesquisa.fapesp.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Musa Rara » Cem anos da Semana de Arte Moderna». Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ Folha de S.Paulo, 4 de maio de 2022
- ↑ «Leda Tenório». Artepensamento. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Roland Barthes ganha 'biografia intelectual' - Cultura». Estadão. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ «Premiados do Ano | 64º Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 29 de agosto de 2022
- ↑ disse, Leda Tenório da Motta (22 de junho de 2015). «A noção de autor em Barthes e no Cahiers du Cinema». Revista Cult. Consultado em 29 de agosto de 2022