Linfoma cutâneo de células T

Linfomas cutâneos de células T (LCCT) ou Linfoma T cutâneo são um grupo de cânceres originados de linfócitos T que formam erupções ou placas vermelhas na pele, similares a uma dermatite crônica, antes de se espalhar pelos outros órgãos. São linfomas não Hodgkin, geralmente indolentes, difíceis de curar, mas geralmente pouco agressivos e tratáveis.[1]

Linfoma cutâneo de células T
Linfoma cutâneo de células T
Micose fungoide, um tipo de linfoma T cutâneo
Especialidade Hematologia e oncologia
Classificação e recursos externos
CID-10 C84.0, C84.1
CID-9 202.1, 202.2
CID-ICD-O M9700/3, M9701/3
CID-11 1733899071
DiseasesDB 8595
eMedicine med/3486
MeSH D016410
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Afetam duas vezes mais homens, tipicamente entre 40 e 60 anos, com incidência anual de 1 a cada 200.000 de habitantes e representam apenas 2% dos cânceres de células sanguíneas.[2]

Classificação

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Os linfomas cutâneos de células T podem ser divididos, segundo a OMS, nos seguintes tipos[3]:

Causas

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Na maioria dos casos a causa é desconhecida, não parece ser genético e não é contagioso, mas possui correlação positiva com oncovírus causadores de linfomas.

Sinais e sintomas

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Homem de 61 anos com maioria do corpo afetado. O linfócito T canceroso (célula de Sézary) no centro da imagem direita foi tingido com PAS.

O LCCT evolui em 4 estágios[4][5]:

  • Primeiro estágio: Manchas rosadas de até 15 cm de diâmetro, que podem ter escamas finas, indolores, podem ser únicas ou múltiplas e podem coçar. Em indivíduos de pele escura, podem ser mais claros ou mais escuros que o resto da pele. À medida que o linfoma infiltra a pele as manchas se tornam placas palpáveis. Afeta menos de 10% da pele.
  • Segundo estágio: As placas tendem a ser elevadas, com escamas finas, bem demarcadas, avermelhadas e com bordas irregulares. Forma anelar com centro claro e coceira são comuns.
  • Terceiro estágio: Maioria da pele vermelha e irritada. Pode haver células T cancerosas (células de Sézary).
  • Quarto estágio: Grande número de células T cancerosas no sangue. Pode haver envolvimento visceral, principalmente de fígado e baço. Infecção da pele se transforma em tumores ulcerados e necróticos.

Diagnóstico

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Após um exame clínico e análise do leucograma, o diagnóstico definitivo é feito com biópsia da pele afetada. Ao microscópio se podem ver os linfócitos T cancerosos.

Diagnósticos diferenciais

A irritação da pele é similar a causada por[5]:

Tratamento

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Cremes esteroides ajudam a aliviar a coceira e podem limpar rashes ou placas de CTCL por longos períodos de tempo. Se usados por muito tempo podem deixar a pele mais fina e sensível. Quimioterapia tópica, como carmustina, na forma de creme aplicado na área afetada diariamente ou a cada dois dias. Outra opção é um comprimido de Psoralen duas horas antes de exposição a luz ultravioleta, duas vezes por semana, por até 30 sessões. Tumores pequenos e localizados também podem ser tratados com radioterapia superficial em baixas doses.[4]

Referências

  1. Foss F; Overview of cutaneous T-cell lymphoma: prognostic factors and novel therapeutic approaches. Leuk Lymphoma. 2003;44 Suppl 3:S55-61.
  2. Bagherani N, Smoller BR; An overview of cutaneous T cell lymphomas. F1000Res. 2016 Jul 28;5. pii: F1000 Faculty Rev-1882. doi: 10.12688/f1000research.8829.1. eCollection 2016.
  3. WHO-EORTC classification for cutaneous lymphomas. American Society of Hematology 2005. http://www.bloodjournal.org/content/105/10/3768?sso-checked=true
  4. a b http://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/type/non-hodgkins-lymphoma/about/types/cutaneous-t-cell-lymphoma
  5. a b http://patient.info/doctor/mycosis-fungoides-and-cutaneous-t-cell-lymphomas#ref-3