Lourenço Peixoto Cirne
Lourenço Peixoto Cirne, nascido em Viana do Castelo e morador em Lisboa, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, familiar do Santo Ofício (1622),[1] capitão-mor do "cavo do navios" da Armada da Índia (1626-1629), governador de Rio Grande {patente real de 21.08.1609},[2] morgado da Caparica e da Costa do Castelo, instituído pelo seu irmão deputado da Mesa da Consciência e Ordens e designado por "Morgado dos Peixotos Cirnes",[3] cuja sede era o Palácio da Costa, em Lisboa.[4]
Lourenço Peixoto Cirne | |
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Cidadania | Portugal |
Distinções |
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" ... serviu em muitas armadas e foi coronel de um terço de Lisboa, e foi capitão-mor do Rio Grande e sua conquista, passou à Índia em 1626 nomeado almirante daquela viagem e logo feito capitão-mor".[5]
Ao ser nomeado Capitão-mor da Capitania do Rio Grande e com ela a direcção do Forte dos Reis Magos, foi substituir Jerónimo de Albuquerque Maranhão e depois passou o governo a Francisco Caldeira Castelo Branco no começo de outubro de 1613.[6]
Dados genealógicos
editarEra filho de Gaspar da Rocha Peixoto, escrivão da alfandega de Viana,[8] agente de D. João III de Portugal a Roma ao Papa Paulo III, que jaz na Colegiada de Viana do Castelo e de D. Maria Ribeiro Cirne,[9] filha de João Álvares Ribeiro, o Velho, e de Elena[10] ou Helena Cirne.[1][11]
Casou com: D. Maria Sequeiros e Vasconcelos, filha herdeira de Cristóvão Sequeiros e Alvarenga ou Cristóvão de Sequeira de Alvarenga, natural de Lamego, que tinha o hábito da Ordem de Cristo,[12] que também serviu na Índia como capitão de navios no ano de 1612[13] e que jaz em São Francisco de Lamego[5] e de Brites Pais Maciel, natural de Viana, filha de João Pais Maciel, mestre da Carreira da Índia,[14] e de Leonor da Guarda Maciel,[1] ambos naturais de Viana.[14]
Teve:
- Cristóvão Peixoto, sem geração
- Domingos Ribeiro Cirne Peixoto, chantre na Sé de Coimbra.
- Manuel Peixoto Cirne da Silva, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo.
- Pedro Peixoto (n. Lisboa - m. 8 de outubro de 1686), padre jesuíta e genealogista.[15][13]
Referências
- ↑ a b c Diligências de habilitação para o cargo de familiar do Santo Ofício de Lourenço Peixoto Cirne casado com Maria de Sequeira, data 1622, Código de referência: PT/TT/TSO-CG/A/008-001/16905, Arquivo Nacional da Torre do Tombo
- ↑ Lourenço Peixoto Cirne, Base de Datos BRASILHIS, Identificador: P-3433, Referencias Documentales: ANTT, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 1609 - Agosto-21. Carta de Capitania do forte do Rio Grande a Lourenço Peixoto Cirne, Chancelaria de D. Filipe II, Doações, L. 26, fl. 82 v.
- ↑ in Ação cível de libelo em que é autor Sebastião Pereira Cirne de Castro e ré Ana Joaquina de Abreu, O autor era "administrador do Morgado dos Peixotos Cirnes", instituído por Domingos Ribeiro Cirne, deputado da Mesa da Consciência e Ordens. - Cota: Feitos Findos, Correição Cível da Corte, mç. 11, n.º 2, cx. 11, ano 1800, Código de ref.: PT/TT/CCVC/C/0011/00002, Arquivo Nacional da Torre do Tombo
- ↑ As Antigas Portas de S. Lourenço, da Alfofa e de S.to André, por Ferreira de Andrade, boletim Olisipo, ano III, n.º 89, Janeiro de 1960, Lisboa, pág. 33
- ↑ a b Felgueiras Gayo, «Nobiliário das Famílias de Portugal», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. X, pg. 280 (Vilarinhos & 5 N 6)
- ↑ Lourenço Peixoto Cirne, 3º Mandatário do Rio Grande do Norte 3º (terceiro) governante da Capitania do Rio Grande do Norte 1603 -1610, Fundação José Augusto
- ↑ Historia Genealogica Da Casa Real Portugueza, Desde A Sua Origem Ate' O Presente, com as Familias illustres, que procedem dos Reys, e dos Serenissimos Duques de Bragança ...: 2 Capa Na Officina de Joseph Antonio Da Sylva, Impressor da Academia Real, 1735, pág. CXXXV, ref: 155
- ↑ Limpeza de Sangue, por José Alberto Veiga Meira Torres, Gráfica Casa dos Rapazes, Camara Municipal de Viana do Castelo, 2008, pág. 138
- ↑ Felgueiras Gayo, «Nobiliário das Famílias de Portugal», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. X, pg. 280 (Vilarinhos & 4 N 5)
- ↑ João Ribeiro, foi um dos principais padroeiros do Mosteiro de S. Bento de Viana onde viveu (segundo a Benedita Luzitana, tt. 20, fl 30 cap. 3 p.te 2 e p.te 6). Era filho maior de Gonçalo Ribeiro, o Velho, de Viana. Fidalgo honrado do tempo de D. João II e muito estimado a quem chamaram o Sábio (era dos dos bons Ribeiros como se mostra no escudo d´armas que mandou pôr na sua quinta de Serreleis). - Felgueiras Gayo, «Nobiliário das Famílias de Portugal», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IV, pg. 100 (Cirnes & 9 N 4)
- ↑ Cirne. Família que vivia em Viana no principio do séc. XVI. Helena Cirne, viúva de João Ribeiro, trespassou, com seu filho António Ribeiro, a 7ª cova da 7^ andaina do cemitério da Misericórdia de Viana Congresso Internacional Bartolomeu Dias e a sua Epoca: Navegações na segunda metade do século XV, Universidade do Porto, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Universidade do Porto, 1989, página 423
- ↑ Limpeza de Sangue, por José Alberto Veiga Meira Torres, Gráfica Casa dos Rapazes, Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2008, pág. 136
- ↑ a b Historia genealogica da casa real Portugueza, ...., por D. Antonio Caetano de Sousa, Volume 1. na officina de Joseph Antonio da Sylva, 1735
- ↑ a b Limpeza de Sangue, por José Alberto Veiga Meira Torres, Gráfica Casa dos Rapazes, Camara Municipal de Viana do Castelo, 2008, pág. 137
- ↑ Bibliotheca Lusitana historica, critica, e cronologica ... dos Authores Portuguezes, e das obras que compuserão, por Diogo Barbosa Machado, Volume 3, 1752, pág. 609
Precedido por Jerônimo de Albuquerque Maranhão |
Capitães-mores da Capitania do Rio Grande (1598 – 1633) 1610 — 1613 |
Sucedido por Francisco Caldeira Castelo Branco |