Luís I, Duque de Anjou

Luís I de Anjou (Castelo de Vincennes, 23 de julho de 1339Bisceglie, 20 de setembro de 1384) foi conde (1351) e duque de Anjou e Touraine (1360), rei titular de Nápoles e conde da Provença (1382). Luís era o segundo filho do rei João II de França e de Bona de Luxemburgo e foi o fundador do ramo Valois no ducado angevino.[1]

Luís I
Luís I, Duque de Anjou
Retrato de Luís datado do século XV
Conde de Anjou
1356–1360
Duque de Anjou
1360–1384
Sucessor(a) Luís II de Anjou
Conde do Maine
1356–1384
Sucessor(a) Luís II de Anjou
Regente de França
16 de setembro de 1380 –
2 de outubro de 1381
Predecessor(a) Filipe VI
Sucessora Ana de França
Rei titular de Nápoles
1382–1384
Predecessora Joana I de Nápoles
Sucessor(a) Luís II de Anjou
Nascimento 23 de julho de 1339
  Castelo de Vincennes
Morte 20 de setembro de 1384 (45 anos)
  Bisceglie, Reino de Nápoles
Sepultado em Bisceglie
Cônjuge Maria de Blois
Descendência
  • Luís II de Anjou
  • Carlos, príncipe de Tarento
  • Maria de Anjou
Casa Valois-Anjou
Pai João, o Bom
Mãe Bona de Luxemburgo
Irmãos(ãs)

Desde cedo que Luís mostrou um carácter intempestivo semelhante ao do seu pai que o criou Condado de Anjou em 1356. No mesmo ano, participou ao lado dos irmãos Carlos, o Delfim e João de Berry na desastrosa batalha de Poitiers, integrado num batalhão de cavaleiros que mal entrou no confronto armado. João II e o seu filho mais novo, Filipe, foram aprisionados na batalha e levados para Inglaterra por Eduardo, o Príncipe Negro. As negociações de paz incluíram o resgate de ambos e foram concluídas no Tratado de Brétigny de 1360. De acordo com os termos deste tratado, João II era libertado em troca de uma avultada soma, para a qual se deveria entregar como garantia alguns nobres importantes. Entre eles estava Luís, recentemente elevado ao título de duque de Anjou, que partiu para Londres a 30 de outubro de 1360. Poucos meses antes casara com Maria de Blois, filha de Carlos de Blois, , por quem segundo as fontes estava perdidamente apaixonado. No cativeiro que deveria durar seis meses até ao pagamento da segunda prestação, Luís prosseguiu com o estilo de vida luxuoso dos nobres da sua condição, mas em breve percebeu que em França nada se fazia para apressar a sua libertação. Frustrado com a inacção dos parentes, Luís tentou negociar a sua liberdade com Eduardo III de Inglaterra e dado o falhanço desta iniciativa pessoal, resolveu fugir para França em 1362 e reunir-se à mulher. A sua atitude chocou os seus contemporâneos, uma vez que era suposto um cavaleiro honrar os seus compromissos. João II em particular ficou desolado com a fuga do filho, que considerou um ataque à honra da família. Para emendar esta falta, tomou a decisão de voltar a entregar-se aos ingleses, numa atitude que ao mesmo tempo, arruinava o seu próprios pais.

Luís tornou-se rei de Nápoles ao ser adoptado pela rainha Joana I de Nápoles, mas a sua posição foi sempre contestada por uma casa rival.

Precedido por:
João II
Duque de Anjou
1360 - 1384
Sucedido por:
Luís II
Precedido por:
Joana I
Rei titular de Nápoles
1382 - 1384

Referências

  1. Keane, Marguerite (2016). Material Culture and Queenship in 14th-century France: The Testament of Blanche of Navarre (1331-1398). [S.l.]: Brill. p. 17 
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