Luís Ortigão Burnay
Luís Eduardo de Ortigão Burnay (Lisboa, 1884- Lisboa, 24 de Dezembro de 1951) foi um pintor português do século XX.
Considera-se que se notabilizou pelas suas expressivas águas-fortes mas, também são apreciados os seus desenhos à pena, a tinta-da-china e coloridos a aguarela. Foi ainda um retratista de reconhecido mérito que, na opinião crítica de Fernando de Pamplona, “interpretou tipos do povo e perfis de intelectuais com igual penetração e elegância”.
Por encomenda, executou para diversas instituições nacionais retratos de figuras marcantes da época, como é o caso de Salazar e do cardeal patriarca de Lisboa D. António Mendes Belo.
Participou em muitas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes onde foi premiado várias vezes e está representado com as suas obras em diversos museus nacionais e estrangeiros e em muitas coleções particulares de relevo.
Biografia
editarEstudou pintura em Lisboa com o Mestre Luciano Freire. Depois, em Paris desenvolveu os seus estudos com Marcel Baschet e Desiré Lucas e frequentou a Academie Julian.
Ocupou os cargos de conservador e restaurador do Museu Nacional de Arte Antiga onde fundou a secção de calcografia. Há igualmente indícios de que tenha trabalhado com Fernando Mardel até 1936[1].
Segundo a tradição familiar, quando estava na praia ou na vila da Ericeira e encontrava um qualquer veraneante com um tipo fisionómico interessante, imediatamente desenhava-o no momento a lápis.
Das várias dezenas de desenhos retratam inequivocamente figuras sobejamente conhecidas da Ericeira, como o Dr. Rivotti (grande amigo do artista) ou o pintor João Alves de Sá.
Dados familiares
editarEra o filho mais velho do médico Dr. Eduardo Burnay e neto de escritor Ramalho Ortigão.
Casou em 1923 com Maria José de Bastos Pisani da Cruz, a filha mais nova de José Pisani da Cruz, proprietário da Quinta dos Chãos em Santo Isidoro e, também, Presidente da Câmara de Mafra (1902-1904). Com geração.
Referências
- ↑ Critérios de Intervenção e Estratégias para a Avaliação da Qualidade da Reintegração Cromática em Pintura, Tese apresentada à Universidade Católica Portuguesa para obtenção do grau de Doutor em Conservação de Bens Culturais, especialidade de pintura, por Ana Maria dos Santos Bailão, Escola da Artes, Março 2015, pág. 91
Ligações externas
editarDesenho, Código de referência PT/AMM/LPB/01, Arquivo Municipal de Mafra (consulta em 10.04.2022