Luís de Miranda Pereira de Meneses

nobre e pintor português

Luís de Miranda Pereira de Meneses CvTEComNSC (Porto, 4 de Abril de 1820 - Lisboa, 5 de Maio de 1878), 2.º Visconde de Meneses, foi um notável pintor português.

Luís de Miranda Pereira de Meneses
Luís de Miranda Pereira de Meneses
Nascimento 4 de abril de 1820
Porto
Morte 5 de maio de 1878
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação pintor
Distinções
  • Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
  • Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada

Família

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Filho primogénito de José António de Miranda Pereira de Meneses, 1.º Visconde de Meneses, e de sua mulher Elisa Eugenia (Elisa Eugénia) Edwards de Desanges.[1][2]

Biografia

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Artista plástico cheio de talento desde a sua juventude, começou em verdes anos a manifestar a sua vocação para o desenho, arte de que tomou lições com um mestre Francês, e depois praticou no atelier do consagrado Professor António Manuel da Fonseca. Foi durante essa estada no atelier do mestre que a atenção de D. Fernando II de Portugal foi chamada para os talentos do incipiente pintor que ali tinha um trabalho seu, A Morte de Abel. Os régios elogios tiveram eco na Imprensa. Animado por estes primeiros sucessos, partiu para Itália, onde estudou em Veneza e Roma, tendo por mestre nesta última cidade o pintor Alemão Johann Friedrich Overbeck, que então gozava de grande nomeada. De Roma mandou para Lisboa vários quadros notáveis, entre os quais um oferecido a D. Fernando II. Em 1851 realizou-se em Lisboa uma exposição para fins filantrópicos, na qual o 2.º Visconde de Meneses apresentou trabalhos seus de grande mérito, em geral de assuntos tirados da vida contemporânea: Mendigo à Porta de Um Casebre, Soldado Ferido em Batalha, Retrato de Mr. C. W. King, Vendedeira de Uvas, etc. Em 1861 expôs novamente, no Palácio de Cristal, no Porto, e foi galardoado com a Medalha de Prata. É notável entre os seus quadros o formoso e conhecidíssimo Retrato da Viscondessa de Meneses, senhora de grande beleza, pintado em 1862 pelo 2.º Visconde de Meneses, que hoje está no Museu Nacional de Arte Contemporânea.[3]

Na sua mocidade, o ilustre pintor[2] bateu-se pela Causa Constitucional e foi Alferes Honorário do Batalhão de Empregados Públicos do Porto e Capitão do 2.º Batalhão Nacional do Comércio. Presidiu à Junta do Crédito Público[2] e foi Adido Honorário à Legação de Portugal em Roma, nos Estados Pontifícios.[3]

 
D. Carlota, Viscondessa de Meneses (1862).

Era Fidalgo Cavaleiro da Casa Real,[2] Académico de mérito da Academia Real de Belas-Artes de Lisboa, Sócio da Real Associação dos Arquitetos e Arqueólogos Portugueses, Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Comendador da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro, da Sardenha, e da Ordem de São Carlos, do Mónaco, Grande-Oficial da Ordem da Glória ou do Nichan Iftikhar do Beyato de Tunes, Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, da Ordem de Leopoldo I da Bélgica e da Ordem de São Gregório Magno da Santa Sé, condecorado com a Medalha das Campanhas da Liberdade, Algarismo 2, e com a Medalha de Ouro de Sócio Fundador da Scuola Dantesca, de Nápoles, etc.[4]

O título de 2.º Visconde de Meneses[2] foi-lhe renovado, em verificação da segunda vida, por Decreto de D. Fernando II de Portugal, Regente na menoridade de D. Pedro V de Portugal, de 14 de Dezembro de 1853. Brasão de Armas: esquartelado, o 1.º e o 4.º partidos de Pereira e de Meneses moderno, o 2.º e o 3.º de Desanges: cortado, tendo no campo superior, de prata, duas cabeças de Anjo com asas de vermelho, e no inferior, de azul, um galgo passante de sua cor; timbre: Pereira; Coroa de Visconde. Desconhece-se a Carta de Concessão.[4]

Casamento e descendência

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Casou a 8 de Maio de 1858 com Carlota Emília MacMahon Pereira Guimarães (Lisboa, 19 de Setembro de 1841 - Lisboa, 2 de Maio de 1877), filha de Francisco Pereira Guimarães e de sua mulher Carlota Emília MacMahon, com geração, duas filhas, das quais foi primogénita Elisa Wilfride Carlota Desanges MacMahon de Miranda Pereira de Meneses (3 de Março de 1859 - ?).[5][6]

Bibliografia

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  • Diogo de Macedo, Visconde de Meneses, 1820-1878, Volume II da Coleção Hífen, Lisboa, 1946.
 
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Referências

  1. "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, pp. 733 e 734
  2. a b c d e "Livro de Família", Filipe de Lima Mayer, Edição do Autor, 1.ª Edição, Lisboa, 1969, Volume I, p. 139
  3. a b "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, p. 734
  4. a b "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, pp. 734 e 735
  5. "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, p. 735
  6. "Livro de Família", Filipe de Lima Mayer, Edição do Autor, 1.ª Edição, Lisboa, 1969, Volume I, p. 138