Mães de Bragança
Mães de Bragança foi um movimento de mulheres portuguesas da cidade de Bragança, norte de Portugal, em 2003, com a finalidade de expulsar cerca de 300 prostitutas brasileiras que repentinamente se instalaram na cidade — cuja população era, na época, inferior a 28 000 habitantes.
O movimento surgiu em reação à chegada das brasileiras a Bragança, que se prostituíam ou faziam companhia aos homens, nos bares locais. Sendo muitos desses homens casados e com filhos, as suas esposas organizaram-se num movimento com o fim de expulsar as recém-chegadas que, segundo as portuguesas, ameaçavam acima de tudo o sustento dos seus filhos. O caso ficou conhecido nos média à época, tendo sido matéria de capa da Time — com o título 'O novo bairro da prostituição europeu' — o que gerou, na população, o temor de que o nome da cidade ficasse para sempre associado à prostituição.[1][2][3][4][5]
A mediação do caso levou a polícia a realizar dezenas de rusgas, resultando em 4 casas de alterne encerradas, 6 pessoas condenadas a penas de prisão e dezenas de brasileiras repatriadas por se encontrarem em situação ilegal em Portugal.
Referências
- ↑ MOVIMENTO MÃES DE BRAGANÇA AGITOU O NORTE. Prostituição brasileira em Bragança faz capa da "Time". publico.pt, 14 de outubro de 2003.
- ↑ Prostituição em Bragança faz capa da revista Time. guiadacidade.pt
- ↑ Quando as 'meninas' chegaram à cidade Por Ana Borges Pinto e Marta Martins Silva. cmjornal.pt, 26 de junho de 2016
- ↑ Shocked town fights back after being dubbed red light hotspot. Por Dianne Ferreira e Giles Tremlett. The Guardian, 18 de outubro de 2003.
- ↑ Portuguesas dizem que prostitutas brasileiras destroem seus lares. France Press/Folha de S.Paulo, 9 de maio de 2003.
Ligações externas
editar- «Meninas do Brasil», Observatório da Imprensa, ed. 247 (matéria originalmente publicada em Veja, 22 de outubro de 2003)