M Parnaíba (U-17)
O M Parnaíba (U-17) é um monitor fluvial operado pela Marinha do Brasil, construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e incorporado à armada em Novembro de 1938, tendo participado da Segunda Guerra Mundial como navio de escolta. É o navio de guerra mais antigo do mundo cumprindo função militar.[2][3] Seu nome homenageia o Rio Parnaíba, importante rio perene entre os estados do Maranhão e Piauí.[4]
M Parnaíba | |
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Brasil | |
Operador | Marinha do Brasil |
Fabricante | Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Homônimo | Parnaíba e Rio Parnaíba |
Batimento de quilha | 11 de junho de 1936 |
Lançamento | 2 de setembro de 1937 |
Comissionamento | 9 de março de 1938 |
Porto de registro | Rio de Janeiro |
Número de registro | U-17 |
Estado | Em serviço |
Emblema do navio | |
Características gerais | |
Tipo de navio | Monitor |
Deslocamento | 620 t (padrão) 720 t (carregado) |
Maquinário | Motor a diesel |
Comprimento | 55 m |
Boca | 10,1 m |
Calado | 1,6 m |
Propulsão | 2 hélices |
Velocidade | 12 nós |
Autonomia | 1 350 milhas náuticas a 10 nós (2 170 km a 19 km/h) |
Armamento | 1 canhão de 76 mm 2 canhões de 40 mm 6 canhões de 20 mm 2 morteiros de 81 mm |
Tripulação | 74 tripulantes[1] |
Segunda Guerra Mundial
editarEntre 19 de abril de 1943 e 20 de dezembro de 1944, o Parnaíba ficou incorporado à Força Subordinada ao Comando Naval do Leste, sediado na cidade de Salvador na Bahia. Participou de comboios escoltando navios além de patrulhar o o porto, executou também operações antissubmarino com lançamento de bombas de profundidade. Em 1944 ficou subordinado ao Estado-Maior da Armada e em 25 de maio de 1945, com uma folha de serviços de 24 dias de mar após 3 570 milhas navegadas, o navio foi reincorporado à Flotilha de Mato Grosso, no porto de Ladário no Mato Grosso do Sul, onde permanece até os dias atuais.[5]
Modernização
editarFoi modernizado em 1998 na Base Fluvial de Ladário, recebeu na ocasião incrementos operacionais que lhe conferiram maior mobilidade e autonomia. Em sua modernização, o Parnaíba recebeu um convôo, sendo o único meio do 6º Distrito Naval (região do Pantanal) a possuir este recurso.[5][6] A partir de sua modernização, o 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4) recebeu helicópteros IH-6B Bell Jet Ranger III em substituição aos UH-12 Helibrás Esquilo Monoturbina, por serem mais adaptados as pequenas dimensões da plataforma, em 2010 os UH-12 Esquilo voltou a ser utilizado pelo 4º Esquadrão.[7]
Entre outras atualizações, recebeu uma nova propulsão, substituindo as caldeiras a vapor por motores a diesel. Isto aumentou consideravelmente seu raio de ação e autonomia. Nos sistemas de combate, os canhões de quarenta milímetros Bofors L/60 foram substituídos pelos L/70.[5]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Monitor Classe Parnaíba». Marinha do Brasil. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020
- ↑ «M Parnaíba U 17». Navio de Guerra Brasileiros. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020
- ↑ «One of the World's Oldest Military Ships Is Sailing Down a River in Brazil» (em inglês). War is Boring. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020
- ↑ Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959
- ↑ a b c Revista Maritima Brasileira. «Monitor "PARNAÍBA" volta ao mar após 62 anos». Base Militar Web Magazine. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 17 de setembro de 2011
- ↑ Diário Corumbaense (11 de novembro de 2017). «Monitor Parnaíba completa 80 anos como marco da construção naval do Brasil». Poder Naval. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020
- ↑ «HU-61 - Esquadrão Gavião». SPOTTER - Comando da Marinha. Consultado em 3 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2020
Bibliografia
editar- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.199-200.
- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 443, mai. 1980; n.º 454, abr. 1981; n.º 458, ago. 1981; n.º 459, set. 1981; n.º 497, nov. 1984; n.º 499, jan. 1985; n.º 507, nov. 1985; n.º 519, nov. 1986; n.º 527, jul. 1987; n.º 531, nov. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 686, jun. 1999; n.º 711, jul. 2001.
- Revista Tecnologia & Defesa, n.º 7, 1983.
- Wertheim, Eric (2007). Naval Institute Guide to Combat Fleets of the World: Their Ships, Aircraft, and Systems. Naval Institute Press. ISBN 1-59114-955-X. (em inglês)
Ligações externas
editar- Media relacionados com M Parnaíba (U-17) no Wikimedia Commons
- «Lançamento ao mar do Monitor Parnaíba no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras.»