Macuru-de-testa-branca
O macuru-de-testa-branca (nome científico: Notharchus hyperrhynchus) é uma espécie de ave da família Bucconidae.[2] É encontrado em florestas e bosques do sul do México, passando pela América Central até o Chocó, norte da Colômbia (incluindo o Vale de Magdalena), norte da Venezuela, e o oeste e o sul da Bacia Amazônica. No Brasil, é encontrado especialmente na Amazônia Centro-Ocidental. Seus hábitats naturais são florestas subtropicais ou tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
Macuru-de-testa-branca | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Notharchus macrorhynchos hyperrhynchus |
Anteriormente, era considerado coespecífico com o macuru-de-pescoço-branco (Notharchus macrorhynchos) e com o macuru-de-barriga-castanha (Notharchus swainsoni).
Descrição
editarMede cerca de 25 cm,[3] pesando aproximadamente 81–106 g. Sua plumagem é fortemente marcada. Comparado com N. macrorhynchos, com o qual era anteriormente considerado coespecífico, N. hyperrhynchus difere mais obviamente por ter testa branca muito mais larga, bico maior, colas posteriores brancas mais largas, manchas pretas nas laterais muito menos extensas.
Taxonomia
editarSubespécies
editar- N. h. hyperrhynchus – encontrado do sul do México a noroeste da América do Sul
- N. h. cryptoleucus – encontrado nas planícies do Pacífico de El Salvador e noroeste da Nicarágua
- N. h. paraensis – encontrado no vale do Baixo Amazonas a leste do Rio Tapajós (estados do Pará e Maranhão)[4]
Hábitat
editarO macuru-de-testa-branca ocorre do nível do solo ao dossel e na borda de formações úmidas a semiáridas, principalmente em bosques de crescimento secundário e hábitats de borda, bosques abertos e savanas, bosques mistos de carvalho (Quercus) e pinheiros (Pinus), clareiras com árvores altas espalhadas, lotes abandonados e aberturas de floresta; também florestas tropicais primárias perenifólias e semiperenes, florestas de terra firme, florestas de transição, florestas inundadas e pantanosas com muitas árvores mortas, lado de terra de manguezais, margens de rios e plantações. A proximidade com água corrente pode ser importante. Geralmente encontrado desde o nível do mar até 1200 m.[5]
Reprodução
editarA época de reprodução desta ave ocorre de março a maio na Costa Rica, janeiro a julho no Panamá, em maio e setembro na Colômbia, março no extremo sudoeste da Venezuela[6] e de maio a junho no extremo sul da Venezuela. Para nidificar, cava uma galeria em solo acidentado ou barranco, usando seu bico, pernas e pés para isso. Também aproveita os cupinzeiros arborícolas ou buracos em árvores para fazer seu ninho. Ele é totalmente nu ou forrado de capim e folhas secas. A fêmea põe de dois a três ovos de branco puro e brilhante.[7]
Referências
- ↑ BirdLife International (2016). «Notharchus hyperrhynchus». Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas da UICN 2024 (em inglês). ISSN 2307-8235
- ↑ «Os Nomes Portugueses das Aves do Mundo» (PDF). europa.eu. 20 de junho de 2021. Consultado em 12 de julho de 2023
- ↑ Garrigues, Richard; Dean, Robert (2007). The Birds of Costa Rica. Ithaca: Zona Tropical/Comstock/Cornell University Press. p. 150. ISBN 978-0-8014-7373-9
- ↑ van Perlo, B. (2009). A Field Guide to the Birds of Brazil. New York, NY: Oxford University Press. ISBN 9780199745654
- ↑ del Hoyo, J., N. Collar, and G. M. Kirwan. «White-necked Puffbird (Notharchus hyperrhynchus)». In: del Hoyo, A. Elliott, J. Sargatal, D. A. Christie, and E. de Juana. Birds of the World. Ithaca, NY: Cornell Lab of Ornithology. doi:10.2173/bow.whnpuf2.01
- ↑ Willard, D.E.; Foster, M.S.; Barrowclough, G.F.; Dickerman, R.W.; Cannell, P.F.; Coats, S.L.; Cracraft, J.L.; O’Neill, J.P. (1991). «The birds of Cerro de la Neblina, Territorio Federal Amazonas, Venezuela». Fieldiana Zoology. 65: 1–80.
- ↑ «Macuru-de-pescoço-branco». Terra da Gente | G1. 21 de fevereiro de 2015. Consultado em 6 de dezembro de 2020