Mafalda Mouzinho de Albuquerque
Mafalda de Miranda Mouzinho de Albuquerque Valejo, mais conhecida por Mafalda Mouzinho de Albuquerque (Lisboa, 9 de dezembro de 1874 - Lisboa, 5 de fevereiro de 1952) foi uma escritora, poetisa e romancista portuguesa.
Mafalda Mouzinho de Albuquerque | |
---|---|
Sociedade Futura: Revista de Ideias e Cultura, 15 de novembro de 1902 | |
Nome completo | Mafalda de Miranda Mouzinho de Albuquerque Valejo |
Pseudônimo(s) | Ruben de Lara, Modesta |
Nascimento | 9 de dezembro de 1874 Socorro, Lisboa, Portugal |
Morte | 5 de fevereiro de 1952 (77 anos) Santa Engrácia, Lisboa, Portugal |
Ocupação | Escritora, poetisa e romancista |
Biografia
editarNasceu a 9 de dezembro de 1874, na freguesia do Socorro, em Lisboa, filha legitimada de Fernando Luís Mouzinho de Albuquerque e de Mafalda Augusta Barbosa de Miranda de Seabra Jacques. Era irmã de Mécia Mouzinho de Albuquerque.[1]
Cedo mostrou dotes para a escrita, tendo o escritor Tomás Ribeiro, por esse motivo, apresentado-a à sociedade literária ainda muito jovem. Conhecida pelos pseudónimos Ruben de Lara e Modesta, teve a sua primeira obra publicada em 1906 e a última em 1917, valendo-lhe esta última, a criação de uma peça teatral que subiu à cena no Teatro Nacional D. Maria II, a 27 de março de 1918. Acolhida pela imprensa periódica da época, as suas obras fizeram sucesso junto da aristocracia.[2][3][4]
Casou duas vezes, primeiramente a 17 de março de 1892, na freguesia da Ajuda, em Lisboa, com Vítor Augusto Chaves Lemos e Melo e, após enviuvar em 1919, a 10 de junho de 1942, na freguesia de São Mamede, em Lisboa, com o Dr. Manuel Augusto Soares Valejo, de quem enviuvou em 1943. Não deixou descendência.[2][5][5]
Faleceu a 5 de fevereiro de 1952, aos 77 anos, no Convento de Santos-o-Novo, também conhecido por Recolhimento da Encarnação, à Calçada da Cruz da Pedra, n.º2, na freguesia de Santa Engrácia, em Lisboa, vítima de uremia. Encontra-se sepultada no Cemitério de Abrantes, em jazigo de família.[6]
Obra
editar- Contos (1906), com prefácio de D. João da Câmara;
- Versos (1907), com prefácio de Cândido de Figueiredo;
- O Coração de Um Sábio (1908), romance;
- Um Rembrandt (1910), romance;
- Nevadas Penas (1913), versos/poesia, com prefácio de Marcelino Mesquita;
- O Ciúme (1917), drama, que subiu à cena no Teatro Nacional D. Maria II, a 27 de março de 1918.
Referências
- ↑ "Escritoras Brasileiras, Galegas e Portuguesas", A. Lopes de Oliveira, Tip. Silva Pereira, 1.ª Edição, Braga, 1983, p. 134
- ↑ a b c "Mouzinho de Albuquerque - História e Genealogia", Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha, Edição do Autor, 1.ª Edição, Cascais, 1971, Volume I, p. 155
- ↑ a b "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, Volume 18 Moura - Nuck, p. 52
- ↑ «D. Mafalda Mousinho de Albuquerque» (PDF). Hemeroteca Digital. O Occidente: Revista Illustrada de Portugal e do Extrangeiro. 30 de outubro de 1907
- ↑ a b "Anuário da Nobreza de Portugal - 2006", António Luís Cansado de Carvalho de Matos e Silva, Dislivro Histórica, 1.ª Edição, Lisboa, 2006, Tomo III, p. 1273
- ↑ «Livro de registo de óbitos da 1ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (31-12-1951 a 11-07-1952)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 47 verso, assento 93