Manuel da Silva Greaves
Manuel da Silva Greaves (Horta, 8 de Janeiro de 1878 — Horta, 1 de Fevereiro de 1956) foi um escritor e jornalista açoriano, autor de uma vasta obra de temática açoriana.[1]
Manuel da Silva Greaves | |
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Nascimento | 8 de janeiro de 1878 Horta |
Morte | 1 de fevereiro de 1956 (78 anos) Horta |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Ocupação | jornalista, escritor, servidor público |
Biografia
editarIniciou-se no jornalismo enquanto ainda estudante no Liceu da Horta, publicando colaboração nos jornais estudantis A Primavera, A Estudantina e Sal e Pimenta, que então se publicaram na cidade da Horta.
Terminados os estudos liceais empregou-se como funcionário alfandegário, tendo atingido o posto de «verificador». Manteve contudo actividade como jornalista e publicista, tendo sido redactor dos periódicos O Ocidente dos Açores, O Atlântico e Jornal Açoreano. Manteve colaboração assídua com outros periódicos açorianos e com jornais de Lisboa, Porto, dos Estados Unidos da América e do Brasil. Os seus artigos de política partidária ficaram conhecidos pelo seu carácter satírico e pela ironia com que visava os adversários.[1]
NA escrita seguiu a corrente regionalista muito em voga ao tempo entre os escritores açorianos, destacando-se entre a sua obra de temática açoriana as obras dedicadas ao mar e aos baleeiros. As obras Histórias que me contaram e Aventuras de baleeiros são as suas produções mais conseguidas e com as quais contribuiu significativamente para a divulgação da etnografia açoriana. Publicados em períodos diferentes, estas obras marcam duas épocas da vida do autor: a mocidade e a maturidade, nelas estando bem marcada a personalidade do escritor, pela forma como foram concebidos, e vincada a maneira de ser do prosador pelo estilo pessoal e característico.[2]
Na sua escrita lírica aproximou-se do simbolismo e do parnasianismo, deixando obra dispersos pelos jornais, na maioria publicadas sob o pseudónimo Narciso Rosado.
Após o seu falecimento, a família reuniu textos e poemas dispersos da sua autoria, bem como depoimentos sobre a sua obra publicados nos jornais a propósito da sua morte. Daí resultou a colectânea póstuma editada em 1958 com o título de Outras Histórias que ouvi.
Manuel Greaves é lembrado no toponímia da cidade da Horta, com um arruamento na freguesia de Angústias.
Obras
editarPara além de um vasto conjunto de colaborações dispersas por diversos periódicos açorianos, com destaque para os da ilha do Faial, é autor das seguintes obras:[1]
- Notas de Arte. Horta, O Atlântico, 1900;
- Vigílias. Horta, O Atlântico, 1900;
- De Bond, Horta, Almanach Açoreano, 1901;
- O Meu Tempo. Horta, Almanach Açoreano, 1901;
- Histórias que me contaram. Horta, ed. do autor, 1948;
- Aventuras de Baleeiros. Horta, ed. do autor, 1950;
- Outras Histórias que ouvi. Horta, 1958.
Notas
- ↑ a b c "Greaves, Manuel da Silva" in Enciclopédia Açoriana.
- ↑ Casimiro, M. P. (1957), "Manuel Greaves, prosador faialense". O Telégrafo, 1 de Fevereiro.
Referências
editar- Carvalho, R. G. (1956), "Manuel Greaves, poeta". Correio da Horta, 4 de Dezembro.
- Casimiro, M. P. (1957), "Manuel Greaves, prosador faialense". O Telégrafo, 1 de Fevereiro.
- In memoriam (1956). O Telégrafo, 1 de Março [vários autores].
- In memoriam (1957). O Telégrafo, 1 de Fevereiro [vários autores].