Marco Júnio Hômulo

Marco Júnio Hômulo (em latim: Marcus Junius Homullus) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de setembro a dezembro de 102 com Lúcio Antônio Albo.

Marco Júnio Hômulo
Cônsul do Império Romano
Consulado 102

Carreira

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Apenas um cargo foi atestado com segurança na carreira de Hômulo, o de governador da Capadócia, provavelmente entre 111 e 114[1]. Ele foi o primeiro governador da província depois de sua criação, quando a província anterior, que cobria quase toda a Ásia Menor, foi dividida entre a Capadócia e a Galácia[2]. Durante seu mandato, o imperador Trajano visitou no decorrer de sua campanha parta e, quando o rei da Armênia Partamásiris exigiu que Trajano lhe enviasse Hômulo, Trajano enviou-lhe o filho dele no lugar[3], provavelmente o cônsul sufecto em 128, Marco Júnio Hômulo.

É possível que Hômulo tenha sido o Marco Júnio que foi admitido no Colégio de Pontífices em 101-102 e cujo calator foi Marco Júnio Epafrodito[4].

William McDermott identificou Hômulo como o mesmo que foi citado na "História Augusta" dizendo a Trajano que "Domiciano era um mau imperador, mas tinha bons conselheiros"[5]. Ele acredita que esta história foi baseada numa fonte hipotética para a "História", a história de Mário Máximo. Na época, Trajano estava sob a influência de seus conselheiros militares e estava decidido a expandir as fronteiras do Império. "Uma campanha no oriente deve ter sido considerada uma empreitada duvidosa, ou mesmo duvidosa, por muitos membros do Senado, mesmo tendo ficado evidente, ainda que de forma gradual, até onde o imperador iria", escreve McDermott. "Certamente Adriano, se ele tivesse sido consultado, e seu grupo, certamente estavam chocados"[6]. McDermott especula ainda que Hômulo, ao fazer esta afirmação, acreditava na afabilidade do imperador para evitar uma acusação de lesa-majestade. Porém, Trajano o substituiu por Lúcio Catílio Severo. "Não se sabe se Hômulo assumiu algum outro cargo depois disto", afirma McDermott, "mas este confronto com Trajano estava tão em linha com as ações futuras de Adriano como imperador que ele provavelmente se deu bem depois da morte de Trajano"[7].

Correspondente de Plínio

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Plínio, o Jovem, menciona Hômulo em três de suas cartas. Na primeira, ele menciona que Hômulo e Tibério Cácio Césio Frontão defenderam Júlio Basso contra acusações de malversação de recursos durante seu mandato como governador da Bitínia e Ponto[8]. Na segunda, Plínio conta como ele e Hômulo defenderam Vareno Rufo contra acusações idênticas na mesma província[9]. Na terceira, Plínio conta que Hômulo e ele conversaram sobre reformar as regras para as eleições para o Senado[10].

Ver também

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Cônsul do Império Romano
 
Precedido por:
Trajano IV

com Quinto Articuleio Peto II
com Sexto Ácio Suburano Emiliano (suf.)
com Caio Sertório Broco Quinto Serveu Inocente (suf.)
com Marco Mécio Céler (suf.)
com Lúcio Arrúncio Estela (suf.)
com Lúcio Júlio Marino Cecílio Simplex (suf.)

Lúcio Júlio Urso Serviano II
102

com Lúcio Licínio Sura II
com Lúcio Fábio Justo (suf.)
com Tito Dídio Segundo (suf.)
com Lúcio Publílio Celso (suf.)
com Lúcio Antônio Albo (suf.)
com Marco Júnio Hômulo (suf.)

Sucedido por:
Trajano V

com Mânio Labério Máximo II
com Quinto Glício Atílio Agrícola II (suf.)
com Públio Metílio Nepos (suf.)
com Quinto Bébio Mácer (suf.)
com Caio Trebônio Próculo Mécio Modesto (suf.)
com Públio Calpúrnio Mácer Cáulio Rufo (suf.)


Referências

  1. Werner Eck, "Jahres- und Provinzialfasten der senatorischen Statthalter von 69/70 bis 138/139", Chiron, 12 (1982), pp. 351-355
  2. Bernard Remy, Les carrières sénatoriales dans les provinces romaines d'Anatolie au Haut-Empire (31 av. J.-C. - 284 ap. J.-C.) (Istanbul: Institut Français d'Études Anatoliennes-Georges Dumézil, 1989), p. 205
  3. Dião Cássio, História Romana LXVIII.19
  4. CIL VI, 31034, CIL VI, 32445
  5. "História Augusta", Septimus Alexander 65.6. Marco Valério Hômulo, cônsul ordinário em 152, também já foi identificado como sendo este Hômulo.
  6. McDermott, "Homullus and Trajan", Historia: Zeitschrift für Alte Geschichte, 29 (1980), p. 118
  7. McDermott, "Homullus and Trajan", p. 119
  8. Plínio, o Jovem, Epístolas IV.9.15
  9. Plínio, o Jovem, Epístolas V.20
  10. Plínio, o Jovem, Epístolas VI.19.3