Marco da Fundação da Cidade do Salvador
Marco da Fundação da Cidade do Salvador é o marco zero que marca a fundação do município fundando em 29 de março de 1952 e localizado no Porto da Barra da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia.[1][2]
Marco da Fundação da Cidade do Salvador | |
---|---|
Vista do conjunto do monumento (a coluna e o painel de azulejos). | |
Informações gerais | |
Arquiteto | João Fragoso, Joaquim Rebocho |
Construção | 29 de março de 1952 (72 anos) |
Património nacional | |
Classificação | Prefeitura Municipal de Salvador |
Data | 2020 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Salvador, Bahia |
Coordenadas | 13° 00′ 07″ S, 38° 31′ 59″ O |
Localização em mapa dinâmico |
É uma estrutura de pedra de seis metros esculpida com a ponta marcada pelo símbolo da Coroa Portuguesa e da Cruz de Cristo.[3][4] Ainda integra o monumento, um painel de azulejos ilustrando a chegada de Tomé de Sousa na Bahia.[5][6] O Marco foi esculpido pelo português João Fragoso.[7] Já os azulejos foram elaborados pelo artesão português Eduardo Gomes, no ano de 2003, sendo uma réplica da obra original elaborado pelo português Joaquim Rebocho, em Lisboa no ano de 1949.[8] O painel de azulejos possui 4,20 metros de comprimento por 1,97 metros de altura, sendo restaurado em três ocasiões.[3]
História
editarO Marco de Fundação da Cidade de Salvador está localizado na praia do Porto da Barra, no bairro da Barra.[9][10] O símbolo foi instalado no município em 29 de março de 1952[3] em coincidência com a data de aniversário de cidade de Salvador, por ter sido a chegada de Tomé de Sousa no então Porto da Barra no ano de 1549, fundando a primeira capital brasileira.[11][12]
Nos últimos anos, o marco de fundação passou por dois processos de restauração, a primeira no ano de 2013 e a mais recente no ano de 2017.[5][10] Ambos os processos buscaram restabelecer as melhores condições de conversação do marco, principalmente o painel de azulejos.[5][13]
Em outubro de 2017, segundo apurou reportagem do jornal baiano A Tarde, o jornalista Henrique de Almeida aferiu que a Associação de Moradores da Barra (Amabarra) reclamava do descaso com o patrimônio histórico.[14] Segundo os moradores e comerciantes da região, o monumento é usado como sanitário pelo transeuntes e banhistas que frequentam a praia, deixando sujeira e mau odor no local.[14]
No dia 27 de janeiro de 2019, o prefeito de Salvador Antônio Carlos Magalhães Neto (afiliado ao partido Democratas, DEM) assinou o processo de tombamento do Marco junto a Prefeitura da cidade, alegando que o Marco é uma obra singular na cidade e evoca a memória da cidade e de suas origens.[15][16][17]
Ver também
editarReferências
- ↑ «A fundação de Salvador». Brasiliana Fotográfica (Biblioteca Nacional do Brasil). 29 de março de 2016. Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ «Salvador». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ a b c «Marco de Fundação de Salvador». Guia geográfico - Salvador, Bahia. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ «Baianos desconhecem marco de fundação da cidade de Salvador». Tribuna da Bahia. 26 de fevereiro de 2018. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ a b c «Mais seis monumentos são restaurados e entregues à população». Fundação Gregório de Mattos. 18 de dezembro de 2017. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ Bom Dia Sábado - Rede Bahia | Conheça o único marco original da fundação da cidade de Salvador Assista online | Globoplay, consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ «Marco da Fundação da cidade». Mapa da Cultura - (Ministério da Cultura). 9 de maio de 2016. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ «Monumento à fundação da cidade da Bahia, 1949 e seguintes, Barra de Salvador da Bahia, BA, Brasil». Arquipélagos. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ «Marco [de Fundação da Cidade do Salvador] : Salvador, BA». Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ a b «Marco da fundação de Salvador está novo mais uma vez na praia da Barra». Bahia no ar. 10 de abril de 2013. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ Santos, Marília Nogueira dos (2009). «O império na ponta da pena: cartas e regimentos dos governadores-gerais do Brasil». Tempo (27): 101–117. ISSN 1413-7704. doi:10.1590/s1413-77042009000200008. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ Schamne, José (26 de setembro de 2019). «Histórias na História: contribuições de Frei Vicente do Salvador para a literatura brasileira». Universidade Estadual de Ponta Grossa. Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ Penića, Milja; Svetlana, Golovina; Murgul, Vera (2015). «Revitalization of Historic Buildings as an Approach to Preserve Cultural and Historical Heritage». Procedia Engineering: 883–890. ISSN 1877-7058. doi:10.1016/j.proeng.2015.08.165. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ a b Almeida, Henrique (30 de agosto de 2017). «Monumento Marco da Fundação de Salvador é usado como sanitário». A Tarde. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ Neto, Antonio (27 de janeiro de 2020). «Decreto Nº 32.111 de 27 de janeiro de 2020». Leis Municipais. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ «Marco da fundação de Salvador e obras de Carybé serão tombados». Jornal Correio. 23 de janeiro de 2020. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ Novaes, Raylane (24 de janeiro de 2020). «Tombamentos reconhecem importância de mais 20 peças artísticas e históricas». Agência de Notícias da Prefeitura Municipal de Salvador. Consultado em 17 de julho de 2021
Ligações externas
editar- SALVADOR, Decreto nº 32111, de 27 de janeiro de 2020. Aprova o Tombamento do Marco de Fundação da Cidade do Salvador, Sito no Porto da Barra..
- Ficha do monumento na Fundação Gregório de Mattos