Maria Belo
Maria de Jesus de Andrade Belo (Lisboa, 27 de abril de 1938) é uma psicóloga, psicanalista e política portuguesa.[1] Foi eurodeputada pelo Partido Socialista. Foi responsável pela moção de despenalização do aborto em Portugal.[2]
Maria Belo | |
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Nascimento | 27 de abril de 1938 Lisboa |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | política, psicanalista |
Percurso
editarVeio de uma família salazarista e católica praticante. Também numerosa, sendo uma de nove irmãos. Fez o curso de educadora de infância e ponderou ser freira.[3] Belo saiu de Portugal em 1959, com 21 anos, com uma bolsa de estudo da Universidade Católica de Lovaina (Bélgica).[3][4] Durante a sua tese, decidiu ir para Angola. Inicialmente, o seu plano era investigar crianças tribalizadas durante o Verão, mas acabou por ficar lá um ano. Nessa altura, com cerca de 24 ou 25 anos, começou a interessar-se por política. Quando regressou à Bélgica, serviu como assistente de psicologia na Universidade Católica de Lovaina durante três anos.[3] Em 1968, foi para Paris estudar Psicanálise, onde ficou até 1974, altura em que regressou a Portugal.[4]
Na sua tese de doutoramento defendeu o conceito do síndroma do “pai ausente” que aplicou à sociedade portuguesa. Desenvolveu a mesma teoria na obra ‘Filhos da Mãe’.[5]
Tornou-se maçona em 1982, como parte de um grupo da Grande Loja Feminina de França. Em Setembro de 2004 foi eleita Grã-Mestra da Grande Loja Feminina de Portugal.[6]
Percurso Político
editarMilitante do Partido Socialista desde 1979, foi eurodeputada entre 1989 e 1994 e membro da maçonaria.[7] Em 1983, a sua proposta para a elaboração de um projeto de despenalização do aborto foi aprovada no congresso do PS. O projeto foi aprovado em janeiro do ano seguinte na Assembleia da República.[7]
Em Maio de 2014, Belo manifestou o seu empenho na eleição do candidato do Livre, Rui Tavares.[7]
Foi pioneira das quotas em Portugal mas reconheceu o que apelida de efeitos adversos da medida. Apesar disso, admitiu a necessidade de uma voz forte feminina no parlamento que identifique as mulheres como verdadeiramente politicas.[8] Belo admitiu igualmente a necessidade de uma voz forte feminina no parlamento que cumpra o desígnio das mulheres verdadeiramente politicas.[8]
Bibliografia
editar- Esteves, João; Osório de Castro, Zília (dir.) e Soares de Abreu, Ilda; Stone, Maria Emília (coord.). Feminae: dicionário contemporâneo. Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, 2013.ISBN 978-972-597-372-1
Referências
- ↑ «3rd parliamentary term | Maria BELO | MEPs | European Parliament». www.europarl.europa.eu (em inglês). Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ «Feminae - Dicionário Contemporâneo». COMISSÃO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE DE GÉNERO. 2013
- ↑ a b c «Maria Belo». anabelamotaribeiro.pt. Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ a b «A Maçonaria não é um lugar de morte, é um lugar de vida». www.cmjornal.pt. Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ «Em Portugal, a mãe é mãe e pai». www.cmjornal.pt. Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ «A Maçonaria não é um lugar de morte, é um lugar de vida». www.cmjornal.pt. Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ a b c «É preciso puxar pela paixão das pessoas para que o país exista». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 7 de novembro de 2020
- ↑ a b «Maria Belo | Psicanalista; doutorada na área de Cultura Portuguesa». PÚBLICO. Consultado em 7 de novembro de 2020