Maria Helena Semedo
Maria Helena Semedo (29 de Maio de 1959) é uma economista e política Cabo-verdiana que é atualmente Diretora Adjunta da Organização de alimentação e Agricultura (FAO).
Biografia
editarSemedo nasceu a 29 de Maio de 1959, em Cabo Verde. Tem um mestrado em economia, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa, Portugal.[1]
Carreira
editarSemedo trabalhou como economista no Banco de Cabo Verde de 1986 até 1991 e no Ministério de Planeamento e Cooperação de 1991 a 1993.[1]
Semedo foi nomeada Ministra da Pesca, Agricultura e do Desenvolvimento Rural, em 1993, fazendo dela a primeira mulher a ser ministra de estado em Cabo Verde. Em 1995, ela se tornou Ministra dos Assuntos Marítimos e, em seguida, em 1998, Ministra do Turismo. Foi eleita para a Assembleia Nacional em 2001, servindo até 2003. Durante este período, ela foi vice-presidente da Comissão Económica das Nações Unidas para a África.[1]
Semedo juntou-se à FAO em 2003, como representante no Níger. Ela foi nomeada Vice-Representante Regional para a África em 2008. Em 2009, foi nomeada Assistente do Diretor-Geral, no escritório regional para a África, em Acra, Gana. Em junho de 2013, José Graziano da Silva, Diretor-Geral da FAO, nomeou-a sua Directora-Geral Adjunta e Coordenadora de Recursos Naturais.[2]
Durante uma palestra em Roma, em 2014, Semedo afirmou que, se as actuais taxas de degradação se mantiverem, o solo superficial pode desaparecer no prazo de 60 anos.[3][4] Em 2015, ela constatou que a agricultura é muitas vezes vista como uma ameaça na luta contra a mudança climática, mas que o sector precisa "ser integrado em políticas climáticas."[5] Durante a assinatura do Acordo de Paris , em 2016, ela falou sobre o papel crucial que a agricultura pode desempenhar em resposta às alterações climáticas, bem como à pobreza e à fome.[6] Em janeiro de 2017, ela apelou a uma resposta imediata para a seca no Chifre da África, enquanto discursava num painel da 28ª Cúpula da União Africana em Adis Abeba, "A magnitude da situação apela ao reforço de ação e de coordenação nos níveis nacional e regional."[7]
Vida pessoal
editarSemedo é casada. Ela fala português, francês, inglês e espanhol.[1] Em dezembro de 2015, enquanto estava no Quênia, ela contraiu o vírus Zika , mas recuperou bem.[8]
Prémios e distinções
editar- Ordem do Níger pelo "serviço distinto na área da agricultura", de Maio de 2008[1]
- Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Aberta, Dezembro de 2018
Publicações
editar- «Human catastrophe looming». Mail and Guardian
- «Message to Readers» (PDF). Nature and Faune. 26
- «Global Bioeconomy Summit Statement» (PDF)
Referências
- ↑ a b c d e «Nomination du Directeur général adjoint (Connaissances)» (PDF) (em francês)
- ↑ «Measuring success from COP21: Agriculture, food security and climate adaptation»
- ↑ «Only 60 Years of Farming Left If Soil Degradation Continues». Scientific American
- ↑ «Is modern farming destroying soil?». Rothamsted Research
- ↑ «EL PAÍS, Maria Helena Semedo: "Agriculture should be integrated in climate change policies"»
- ↑ «To fight climate change, invest in agriculture»
- ↑ «Warning of dire food shortages in Horn of Africa, UN agriculture agency calls for urgent action». UN News Centre
- ↑ «FAO: Against Zika virus, no one can fight alone». devex