Maria Sapatão é uma famosa marchinha de Carnaval de autoria de João Roberto Kelly que se popularizou na voz de Chacrinha, que também ajudou na composição da canção.[1] Foi uma das músicas mais executadas do Carnaval de 1981.[2]

Com sua letra polêmica, já que foi ela que ajudou o termo "Sapatão" a tornar-se popular,[3] ela frequentemente é alvo de crítica nas redes sociais.[4] Em resposta, o autor rejeitou o rótulo de homofóbico[5] e lançou "Eu sou gay".[6] Ao mesmo tempo, a letra da canção é citada nos campos da teoria queer,[7][8] para discutir sobre representação transmasculina na comunidade LGBT.[9][10] A marchinha é recebida positivamente por algumas lésbicas.[11][12]

Mesmo com essa controvérsia, em 2011 ela foi eleita a 9ª melhor Marchinha de Carnaval de todos os tempos pela revista veja.[13]

A Valesca Popozuda também interpretou versão cover da marchinha,[14][15] em ritmo de funk carioca.[16]

Referências

  1. opiniaoenoticia.com.br/ Conheça a origem das marchinhas de Carnaval
  2. saraivaconteudo.com.br/ A história das marchinhas de Carnaval
  3. muitointeressante.com.br/ Qual é a origem dos termos sapatão e "viado"?
  4. bbc.com/ Carnaval politicamente correto? 5 temas que já despertaram polêmica em 2015
  5. redacaoterra. «'Rei das Marchinhas' rejeita título de homofóbico: "Se quero dar um beijo na boca de um gay, dou"». Terra. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  6. «Autor de 'Cabeleira do Zezé' e 'Maria Sapatão' lança marchinha em exaltação a gays: 'Sem piada'». O Globo. 30 de janeiro de 2023. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  7. Junior, Nestor Varela; Pazetto, Debora (7 de novembro de 2024). «os dezenove milhões de nomes de maria camaleão : pedro lemebel no brasil colonial-técno-digital-ficcional do século vintchy-um». Art&Sensorium: 1–17. ISSN 2358-0437. doi:10.33871/sensorium.2024.11.9871. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  8. de Lima, Suome Matheus Vilela (2022). «Amargas aspas e outros afetos». UNEB. Abatirá-Revista de Ciências Humanas e Linguagens. 3.5. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2025 
  9. Cardoso, Thomas Victor Barreto (22 de fevereiro de 2022). «Construção das transmasculinidades: memórias e narrativas». Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  10. Lopes, Bernardo Mota (8 de setembro de 2022). «Arquivo transmasculino : uma autoetnografia sobre transmasculinidade no Brasil». Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  11. Rubbo, Daniella. «De sapatão a sapa: uma busca por identidade». Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  12. Cittadin, Laura; Lino, Zaqueu José (13 de setembro de 2018). «Análise etimológica de palavras com sentido pejorativo em relação a membros da comunidade LGBTTQI+». Revista Linguagem, Ensino e Educação - Lendu (1). ISSN 2526-7671. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  13. veja.abril.com.br/ Arquivado em 14 de fevereiro de 2015, no Wayback Machine. As 10 melhores marchinhas de Carnaval de todos os tempos
  14. Josephson, Joana Ziller de Araujo; Barretos, Dayane do Carmo; Hoki, Leíner; Xavier, Kellen (2022). «É a mesma menina? Homonormatividade nos vídeos de lésbicas futch no TikTok». ISSN 2358-6311. doi:10.25113/farol.v9i26.6769. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  15. Garcia, Silvio Marques (2015). «A PORNOGRAFIA ALÉM DO DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO SEXUAL: PRODUTO DE CONSUMO E INSTRUMENTO DE ALIENAÇÃO A SERVIÇO DA TÉCNICA». Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Franca (2). ISSN 1983-4225. doi:10.21207/1983.4225.281. Consultado em 7 de janeiro de 2025 
  16. Lamblet, Lívia (3 de fevereiro de 2014). «Marchinhas de Carnaval no ritmo do funk - Diário do Rio de Janeiro». Consultado em 7 de janeiro de 2025