Maria da Gótia foi uma imperatriz-consorte de Trebizonda, primeira esposa de David de Trebizonda, em meados do século XV.

Maria da Gótia
Imperatriz-consorte de Trebizonda
Reinado 1438–antes de 1447/1459
Consorte David de Trebizonda
Antecessor(a) Filha de Dawlat Berdi
Sucessor(a) Helena Cantacuzena
Nascimento ?
Morte antes de 1447/1459
Dinastia Mega Comneno (matr.)
Pai Aleixo I de Teodoro
Mãe ?

Família

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Maria era filha de Aleixo I de Teodoro, governante do Principado de Teodoro na Crimeia.[1] Teodoro era conhecido como "Gótia" no Império Bizantino por que seu território antes pertencia aos godos da Crimeia, que foram helenizados pelos bizantinos. A família dela era a dos Gabras, de ascendência armênia.

Aleixo era filho de Estêvão de Teodoro, que emigrou para a Moscóvia em 1391 ou 1402 com seu filho Gregório. Seu patronímico sugere que ele pode ter sido filho de Basílio de Teodoro.[1]

Na obra, "The Goths in the Crimea" (1936), de Alexander Vasiliev, apresentou a teoria de que Demétrio e seus sucessores eram descendentes de Constantino Gabras, o duque (doux) de Trebizonda no início do século XII.[2] Segundo ele, Constantino seria um sobrinho de Teodoro Gabras, o duque de Trebizonda do século XI mencionado na "Alexíada" de Ana Comnena. Porém, a relação exata entre eles é incerta; Constantino pode ser um irmão mais novo ou mesmo um filho de Teodoro.[3]

Família

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Maria embarcou da Gótia e casou-se com David em setembro de 1426 em Trebizonda.[4] Um relato do historiador Teodoro Spandounes, de 1538, chamou a esposa de David de Helena Cantacuzena, esposa de Irene Cantacuzena. Spandounes acrescenta que Helena recebeu uma visita de seu irmão, Jorge, em Trebizonda, em algum momento depois de 1437, o que implica que Maria poderia já estar falecida na época.[5] Por outro lado, com base num epitáfio composto por João Eugênico para o sobrinho dela, Aleixo, que morrera em Trebizonda, pode-se inferir que o irmão de Maria e o sobrinho dela, Aleixo, ainda viviam em Trebizonda em 1447.[1] É improvável que eles tenham permanecido lá se ela já tivesse morrido e o genro, casado de novo.

Os filhos Davi tem sido atribuídos a Maria ou a Helena nas fontes. Entre eles estão Basílio, Manuel e Jorge Comneno, príncipes decapitados por ordem do sultão otomano Maomé II em 1463. A irmã deles, Ana, casou primeiro com Maomé Zagã Paxá, beilerbei da Macedônia, e, depois, com Sinã Begue, filho de Ilvã Begue. Outra suposta filha teria se casado com Mamia II, príncipe de Gúria. Cyril Toumanoff acredita numa terceira filha, esposa de Constantino Mourousis.[6][7]

Ver também

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Maria da Gótia
Nascimento:  ? Morte: antes de 1447 ou 1459
Títulos reais
Precedido por:
Filha de Dawlat Berdi
Imperatriz-consorte de Trebizonda
ca. 1438–antes de 1447 ou 1459
Sucedido por:
Helena Cantacuzena

Referências

  1. a b c Anthony Bryer, "A Byzantine Family: The Gabrades, c. 979 – c. 1653", University of Birmingham Historical Journal, 12 (1970), p. 184
  2. Alexander Alexandrovich Vasiliev, The Goths in the Crimea (Cambridge: Monographs of the Medieval Academy of America, XI, 1936)
  3. Bryer, "A Byzantine Family", p. 177
  4. Miguel Panareto, Crônica, 57. Texto original em Original-Fragmente, Chroniken, Inschiften und anderes Materiale zur Geschichte des Kaiserthums Trapezunt, pt.2; in Abhandlungen der historischen Classe der königlich bayerischen Akademie 4 (1844), abth. 1, p. 40; Tradução em alemão, p. 69
  5. Donald M. Nicol, The Byzantine Family of Kantakouzenos (Cantacuzenus) ca. 1100-1460: a Genealogical and Prosopographical Study (Washington, DC: Dumbarton Oaks, 1968), p. 177
  6. Cawley, Charles, Profile of David of Trebizond and his children, Medieval Lands database, Foundation for Medieval Genealogy , Predefinição:Self-published inline[carece de fonte melhor]
  7. Kelsey J. Williams, A Valid Seljukid Descent

Ligações externas

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