Maria do Carmo (política)
Maria do Carmo Martins Lima (Santarém, 6 de janeiro de 1961) é uma jurista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT)[1] e atualmente deputada estadual do Pará. Foi promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará e prefeita do município de Santarém.
Maria do Carmo | |
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Deputada estadual do Pará | |
No cargo | |
Período | 1º de janeiro de 2023 até a atualidade 1 de janeiro de 1999 |
Prefeita de Santarém | |
Período | 1º de janeiro de 2005 até 31 de dezembro de 2012 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de janeiro de 1961 (63 anos) Santarém, PA |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade Federal do Pará |
Partido | PT (1994–2013; 2020–atualmente) |
Profissão | promotora de justiça (1990-2020) |
Carreira
editarMaria do Carmo foi promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará de 1990 até sua aposentadoria em 2020.[2]
Iniciou sua carreira política em 1996 concorrendo pelo Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Santarém, ficando em segundo lugar com 23,54% dos votos, derrotada por seu principal adversário político Lira Maia, que foi eleito com 26,65% dos votos válidos.
Ocupou seu primeiro cargo político quando se elegeu Deputada estadual pelo PT do Pará nas eleições de 1998.
Em 2000 concorreu novamente para a prefeitura de Santarém, obtendo 27,46% dos votos e sendo derrotada outra vez por Lira Maia, que foi reeleito prefeito de Santarém pelo PFL com 50,78% dos votos.
Em 2002 concorreu ao governo do Pará pelo PT juntamente com os candidatos: Ademir Andrade (PSB), Rubens Brito (PMDB), Hildegardo Nunes (PTB), Cleiton Coffy (PSTU) e Simão Jatene (PSDB). No primeiro turno começou a disputa atrás dos principais candidatos, mas cresceu e chegou ao segundo turno com 28,97% contra Simão Jatene, que obteve 34,49%. No segundo turno, Jatene foi eleito com 51,72% dos votos válidos, contra 48,28% de Maria que chegou a liderar todas as pesquisas de intenção de votos, mas a maquina do Estado conseguiu levar Simão Jatene ao Governo com grande ajuda do então Governador Almir Gabriel. Maria do Carmo obteve 1.205.229 votos, sendo a maior votação política de alguém do oeste do Pará.
Elegeu-se prefeita de Santarém em 2004, com 45,16% dos votos sobre os candidatos Alexandre Von (PL) que ficou com 37,15% dos votos e Antônio Rocha (PMDB) com 17,68%, tornando-se a primeira mulher a governar a cidade. Foi reeleita em 2008 com 52,81% dos votos válidos, derrotando o ex-prefeito e então Deputado Federal Lira Maia.
O segundo mandato foi questionado pelo candidato derrotado, que alegou Maria do Carmo, por ser promotora pública, estava impedida pela Emenda Constitucional 45/2004 de disputar cargos eletivos. O caso foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal, que, por maioria de votos (6 a 4), decidiu que a promotora de justiça licenciada poderia exercer o cargo de prefeita de Santarém, mesmo diante de determinação constitucional que veda o exercício de atividade político-partidária por integrante do Ministério Público. Votaram assim os ministros Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
No seu governo, iniciou obras do PAC nos bairros Mapiri, Uruará,[3] Caranazal, Liberdade e Jardim Santarém,[4] além do conjunto residencial Salvação, integrante do programa Minha Casa, Minha Vida.[5] Inaugurou obras como o Parque da Cidade, a UPA 24H, o Viaduto da Rod. Fernando Guilhon, Maria do Carmo encerrou seu mandato em 31 de dezembro de 2012 com 82% de aprovação.
Atualmente Maria do Carmo é deputada estadual do Pará
Referências
- ↑ Maria (2008). Políticos do Brasil
- ↑ «Sai a aposentadoria da ex-prefeita Maria do Carmo pelo Ministério Público». Jeso Carneiro. 27 de março de 2020. Consultado em 29 de abril de 2021
- ↑ As 39 primeiras casas já estão sendo levantadas no bairro do Mapiri. O Impacto, 19 de janeiro de 2012
- ↑ PA: Prefeitura de Santarém garante que obras do PAC mudarão vida do povo. Portal do saneamento Básico
- ↑ Dilma veta deputado pró-impeachment em entrega de casas populares em Santarém-PA. Jornal de Brasília, 5 de maio de 2016