Marisa Berenson

atriz e modelo norte-americana

Marisa Berenson (Nova Iorque, 15 de fevereiro de 1947) é uma atriz e modelo norte-americana.

Marisa Berenson
Marisa Berenson
Na cerimônia do prêmio César 2020
Nascimento 15 de fevereiro de 1947 (77 anos)
Nova York
Nacionalidade Estados Unidos Americana
Ocupação Atriz e modelo
Prémios National Board of Review
Melhor Atriz Coadjuvante
1972 - Cabaret

Família

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Marisa é a filha mais velha de Robert L. Berenson, diplomata de origem judaico-lituana (seu sobrenome de família é Valvrojenski)[1][2] e da condessa Maria Luisa Yvonne Radha de Wendt de Kerlor, mais conhecida como a socialite Gogo Schiaparelli, de origem ítalo-suíço-franco-egípcia.[3][4]

Sua avó materna era a estilista Elsa Schiaparelli[5], e seu avô, o teósofo conde Wilhelm de Wendt de Kerlor[3][6][7]. Sua irmã caçula, Berinthia, tornou-se a modelo, atriz e fotógrafa Berry Berenson. Marisa também é sobrinha-neta de Giovanni Schiaparelliastrônomo italiano que acreditava haver descoberto canais em Marte — e do crítico de arte Bernard Berenson (1865 – 1959) e sua irmã, Senda Berenson (1868 – 1954), atleta e educadora, a primeira mulher no Hall da Fama do Basquetebol[8].

Educação

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Marisa estudou na Escola Santa Maria de Heathfield, Inglaterra.[carece de fontes?]

Carreira

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Marisa foi uma modelo famosa já no início da década de 1960Era uma das mais bem pagas do mundo, confessou ao The New York Times. Foi capa da Vogue em julho de 1970 e da Time em dezembro de 1975. Na juventude, era conhecida como "Rainha da Noite", por sua constante presença em boates e eventos[9], e Yves Saint-Laurent a chamava de "a Garota dos Anos 70"[10].

Em 1971, estreou no cinema em Death in Venice, de Luchino Visconti, como a mulher de Gustav von Aschenbach. No ano seguinte veio Cabaret, cujo papel (a judia Natalia Landauer) lhe rendeu duas indicações para o Golden Globe, uma para o BAFTA e o prêmio do National Board of Review. Em 1975, foi dirigida por Stanley Kubrick em Barry Lyndon, talvez seu papel mais famoso, porém menos aclamado pela crítica. Vincent Canby, do The New York Times, simplesmente afirmou que "Marisa Berenson estava esplêndida em suas roupas e perucas."[11].

Marisa fez vários outros filmes, a maioria na Europa. Nos Estados Unidos, participou de trabalhos para a televisão, como o filme dramático Playing for Time (1980), sobre o Holocausto. Foi convidada especial da terceira temporada (1978) do Muppet Show.

Vida pessoal

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No início dos anos 1970, Marisa foi companheira do barão David René de Rothschild, herdeiro e filho mais jovem do barão Guy de Rothschild[12].

Seu primeiro casamento, porém, foi em 1976, em Beverly Hills, com o industrial de rebites James Randall, em Beverly Hills[13], de quem se divorciou em 1978. Tiveram uma filha, Starlite Melody Randall (1977)[14].

Seu segundo casamento foi em 1982, com o advogado Aaron Richard Golub, e durou cinco anos. No processo de divórcio, o juiz determinou que a carreira de Marisa, por ter sido "valorizada" durante o casamento, pertencia ao ex-marido e, portanto, estaria sujeita também a acordo entre as partes[15][16][17][18].

Berinthia, a irmã caçula de Marisa e viúva do ator Anthony Perkins, morreu em 11 de setembro de 2001, quando o primeiro avião chocou-se contra as torres do World Trade Center. Coincidentemente, Marisa voava naquele momento de Paris a Nova York. Numa entrevista à CBS, ela narrou a experiência e como só ficou sabendo da morte da irmã horas mais tarde, quando seu voo pousou em Newfoundland, por meio de um telefonema de sua filha: Eu tenho esperança, tenho muita fé. Acredito que as tragédias acontecem para testar nossa fé.[19]

Referências

  1. (em inglês) (em inglês) Bernard Berenson, "Sketch for a Self-Portrait", NY: Pantheon, 1949
  2. (em inglês) "Robert L. Berenson, Ex-Envoy and Head of Shipping Line, Dies", The New York Times, 3 fevereiro 1965, page 35
  3. a b Elsa Schiaparelli, "Shocking Life", NY: Dutton, 1954
  4. (em inglês) She married, as her second husband, Gino, Marchese Cacciapuoti di Giugliano, an actor and director.
  5. (em inglês) Linda Greenhouse, "Schiaparelli Dies in Paris; Brought Color to Fashion", The New York Times, 15 novembro 1973
  6. (em inglês) New Yorker article about Elsa Schiaparelli
  7. (em inglês) Bibliotheca Philosophica Hermetica entry Arquivado em 24 de maio de 2011, no Wayback Machine.
  8. (em inglês) "Encyclopaedia Britannica Online entry"
  9. (em inglês) John Corry, "About New York", The New York Times, 4 February 1974
  10. (em inglês) Judy Klemesrud, "And Now, Make Room for the Berenson Sisters", The New York Times, 19 April 1973, page 54
  11. (em inglês) Vincent Canby, "Barry Lyndon", The New York Times, 19 de dezembro de 1975
  12. (em inglês) Judy Klemesrud "And Now, Make Room for the Berenson Sisters", The New York Times, 19 de abril 1973, page 54
  13. (em inglês) "People", TIME, 22 de novembro de 1976
  14. (em inglês) "People", TIME, 21 de novembro de 1977
  15. (em inglês) David Margolick, "Divorce Quandary: Is Fame Property?", New York Times, 26 de setembro de 1990
  16. (em inglês) Ronald Sullivan, "Her Fame Is Ruled His Too: Soprano Must Share Income", New York Times, 3 de julho de 1991
  17. (em inglês) Joyce Wadler, "Public Lives: Still a Bad Boy, as a Lawyer and a Novelist", New York Times, 7 de abril de 2000, B2:4
  18. (em inglês) Claude Solnik, "Breaking up is even harder to do for celebrities", Long Island Business News, 20 de janeiro de 2006
  19. (em inglês) «48 Hours: And Then There Were 2». CBS. 12 de outubro de 2001 

Ligações externas

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