Cuíca-cinza
Cuíca-cinza[2] (Marmosops incanus) é uma espécie de marsupial da família dos didelfiídeos (Didelphidae).[3] Endêmica do Brasil, pode ser encontrada na Mata Atlântica, nas ilhas continentais dos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, nas florestas secas e semidecíduas de Minas Gerais e áreas florestais do cerrado e regiões de caatinga adjacentes à Mata Atlântica em Minas Gerais e Bahia.[2][1] É semiarbóreo, movendo-se em média 67,38% no solo.[4] São solitários, noturnos e escansoriais (escaladores de árvores).[5] Vivem de uma dieta composta principalmente de insetos (sobretudo Hemiptera, Coleoptera, Lepidoptera e Hymenoptera[6]) e frutas.[2][7] Atualmente seu estatuto de conservação, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), é de "pouco preocupante".[8]
Cuíca-cinza | |||||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Marmosops incanus (Lund, 1841) | |||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
A cuíca-cinza tem expectativa de vida baixa, com os machos vivendo cerca de um ano, e as fêmeas um ano e meio. Seus pelos são escuros no dorso e de coloração marrom-acinzentada. Possuem anéis negros ao redor dos olhos e entre eles sua face é pálida, mas suas bochechas são creme. Seu ventre é creme ou rosado, com a lateral acinzentada. Os jovens possuem pelos mais longos e macios do que os adultos. As fêmeas não possuem marsúpio. Suas orelhas são grandes e despeladas, tal como sua cauda, que é preênsil e possui colocação mais clara na parte inferior, tendendo ao branco na ponta. Os machos são bem maiores do que as fêmeas. Os espécimes de cuíca-cinza medem, em média, de 91 a 194 milímetros da cabeça e corpo, enquanto a cauda mede de 110 a 237 milímetros. Pesam entre 13 e 140 gramas.[2]
Referências
- ↑ a b Brito, D.; Astúa, D.; Soriano, P.; Emmons, L. (2021). «Tate's Woolly Mouse Opossum - Marmosa paraguayana». Lista Vermelha da IUCN. União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). p. e.T12822A197313574. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-1.RLTS.T12822A197313574.en. Consultado em 17 de julho de 2021
- ↑ a b c d «Cuíca-cinza - Marmosops incanus». Mamíferos do Espírito Santo - Universidade Federal do Espírito Santo. Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ Gardner, A.L. (2005). «Marmosops incanus». In: Wilson, D.E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference 3.ª ed. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 11. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ Loretto, Diogo; Vieira, Marcus Vinícius (julho de 2008). «Use of space by the marsupial Marmosops incanus (Didelphimorphia, Didelphidae) in the Atlantic Forest, Brazil». Mammalian Biology. 73 (4): 255–261. ISSN 1616-5047. doi:10.1016/j.mambio.2007.11.015
- ↑ Semedo, Thiago Borges Fernandes; Rossi, Rogério Vieira; Júnior, Tarcísio S. Santos (1 de janeiro de 2013). «New records of the Spectacled Slender Opossum Marmosops ocellatus (Didelphimorphia, Didelphidae) with comments on its geographic distribution limits». Mammalia. 77 (2). ISSN 1864-1547. doi:10.1515/mammalia-2012-0072
- ↑ Conceição, Anderson Mendonça Conceição; Bocchiglieri, Adriana (2017). «Seleção de invertebrados na dieta de marsupiais (Mammalia: Didelphimorphia) em fragmento de Mata Atlântica no nordeste do Brasil» (PDF). Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão. 39 (2): 117
- ↑ da Fonseca, Gustavo A.B. (1985). «The vanishing Brazilian Atlantic forest». Biological Conservation. 34 (1): 17–34. ISSN 0006-3207. doi:10.1016/0006-3207(85)90055-2
- ↑ Bezerra, Ana Carolina; Geise, Lena (2015). «O estado da arte de Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae): uma síntese». Boletim da Sociedade Brasileira de Mastozoologia. 73: 65-86. Consultado em 15 de janeiro de 2021