Maromomins

povo indígena brasileiro

Os maromomins (também chamados de maramimis, maromumins, guaramemis, marumimis, miramomis, conforme as diversas grafias do nome encontradas em documentos antigos) foram uma nação indígena tapuia (isto é, não tupi-guarani) que habitava o interior do atual estado de São Paulo. Sua língua, diferente do tupi antigo da costa, foi aprendida pelos jesuítas, entre eles José de Anchieta, que deu início à escrita de um vocabulário dela, hoje perdido. Há notícias também de um catecismo em língua maromomim, de autoria do padre Manuel Viegas, também perdido.[1]

Sobre os costumes dos maromomins, escreveu o jesuíta Pero Rodrigues: "Vive essa gente em uma serra, que está sobre o Rio de Janeiro e S. Vicente, em espaço de obra de duzentas léguas. E tem diferença do gentio, que vive pela costa [isto é, os tupis]. Têm uma só mulher, não comem carne humana, dormem no chão, quando muito sobre folhas de árvores, e contentam-se com terem os pés para o fogo [texto com sentido confuso] e têm muita variedade de línguas [...] O Padre Viegas, com sua santa curiosidade, chegou a tanto, que fez catecismo naquela língua dos maromomins, de que se podem ajudar os que aprendem."

Referências

  1. LEITE, Serafim, História da Companhia de Jesus no Brasil Tomo II (Século XVI — A Obra), p. 545-568 Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
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