Martha (pombo-passageiro)
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Martha (Zoológico de Cincinnati, 1885 — 1 de setembro de 1914) foi o último pombo-passageiro conhecido, e foi chamada de "Martha" em homenagem a Martha Washington.
Em 1857 foi feita uma tentativa de colocar os pombos passageiros de Ohio sob proteção legal. O Senado estadual, porém, alegou que o pombo-passageiro não estava ameaçado de extinção. Sendo assim, o pombo-passageiro foi caçado até 1914.
Martha nasceu no Zoológico de Cincinnati, em 1885, e viveu entre outros pássaros. Em 1908, Martha e dois machos (da mesma espécie) foram considerados os últimos animais de sua espécie. Um dos machos morreu em 1909, seguido pelo outro, que morreu em 1910. Martha morreu em 1 de setembro de 1914.[1]
Martha morreu aos 29 anos de idade, quando foi congelada e enviada para o Instituto Smithsoniano, onde foi empalhada e exposta. A partir da década de 1920 até início dos anos 1950, ela foi exibida no Salão Bird. Ela participou como integrante dos pássaros da exposição Mundial de 1956 a 1999. Durante esse tempo ela deixou o Smithsonian duas vezes, em 1966 para ser apresentada na Conferência de San Diego, e em 1974 para o quando foi para o Zoológico de Cincinnati. Desde então, Martha não está mais em exibição pública no Smithsonian.[2][3][4]
A espécie
editarEm seu auge foi possivelmente a ave mais abundante do planeta, com uma população estimada em 3 a 5 bilhões de indivíduos. Seus bandos escureciam os céus durante as migrações. O naturalista John James Audubon relatou que um bando, de tão vasto, levou mais de três dias para passar sobre Louisville, voando a uma velocidade média de 60 km/h. Outro bando, avistado sobre Ontario, tinha uma extensão calculada em quase 500 km. Foi extinta pela caça descontrolada e pela degradação do seu habitat. O último bando em liberdade, com cerca de 250 mil aves, foi exterminado em um único dia de caçada em 1896, com poucos sobreviventes. Até a data de seu desaparecimento se julgava ser impossível extinguí-las, pois era enorme o tamanho de sua população, sendo este caso um exemplo dramático da influência destrutiva do homem sobre o meio ambiente.[5][6][7][8]
Referências
- ↑ «In 50 Years Passenger Pigeons Went From Billions To A Lone Bird, Martha». sportsillustrated.cnn.com. Sports Illustrated. Consultado em 28 de outubro de 2011
- ↑ «"Martha," The Last Passenger Pigeon». si.edu. Smithsonian Institution. Consultado em 28 de outubro de 2011
- ↑ «Passenger Pigeon». si.edu. Smithsonian Institution. Março de 2001. Consultado em 28 de outubro de 2011. Arquivado do original em 13 de março de 2012
- ↑ «Martha, the World's Last Passenger Pigeon». smithsonianmag.com. Smithsonian Magazine. 1 de setembro de 2011. Consultado em 28 de outubro de 2011
- ↑ The Writings of Audubon. Ulala.org
- ↑ Department of Vertebrate Zoology, National Museum of Natural History in cooperation with Public Inquiry Services. "The Passenger Pigeon" Arquivado março 13, 2012 no WebCite . In: Encyclopedia Smithsonian. Smithsonian Institution, março de 2001
- ↑ Sullivan, Jerry. "The Passenger Pigeon: Once There Were Billions". In: Hunting for Frogs on Elston, and Other Tales from Field & Street. University of Chicago Press, 2004, pp. 210-213
- ↑ Lee, Paul A. In Memoriam, The Passenger Pigeon. EcoTopia.org
Ligações externas
editar- Martha lembra-nos como uma espécie com milhões pode ser extinta - artigo no jornal público, 22 de novembro de 2017