Maurício Gugelmin

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Maurício Gugelmin (Joinville, 20 de abril de 1963) é um ex-automobilista brasileiro notório por seus anos de competição na Fórmula 1 e nas divisões da Fórmula Indy: CART e Champ Car, sendo cinco temporadas na F1 e nove na Indy. Seu resultado de maior destaque a terceira colocação no GP do Brasil de 1989.

Maurício Gugelmin
Maurício Gugelmin
Informações pessoais
Nacionalidade brasileira
Nascimento 20 de abril de 1963 (61 anos)
Joinville,  Santa Catarina
Registros na Fórmula 1
Temporadas 19881992
Equipes 3 (March, Leyton House e Jordan)
GPs disputados 80 (74 largadas)
Títulos 0 (13º em 1988)
Vitórias 0
Pódios 1
Pontos 10
Pole positions 0
Voltas mais rápidas 1
Primeiro GP GP do Brasil de 1988
Último GP GP da Austrália de 1992
Registros na Champ Car
Temporadas 1993-2001
Equipes 3 (Dick Simon, Chip Ganassi e PacWest)
Corridas 147
Títulos 0 (4º em 1997)
Vitórias 1
Pódios 9
Pontos 453
Pole positions 4

Abandonou a carreira em 2003 e, desde então, se dedica à função de empresário na área de florestas plantadas.

Carreira

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Antes da Fórmula 1

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Aos sete anos de idade, era a grande estrela da categoria "mini-fórmula", pilotando um carrinho vermelho, uma autêntica imitação da Ferrari. Começou a correr de kart aos oito anos de idade, sendo campeão citadino durante nove anos consecutivos. Em 1980 conquistou o título nacional de kart.

Em 1981 iniciou na Fórmula Fiat e logo no início, foi campeão brasileiro. Logo após o título da Fórmula Fiat, Maurício embarcou para a Europa, onde em 1982, conquistou o título da Fórmula Ford 1600 Britânica, com treze vitórias e onze poles. Superou vários desafios e, em 1983, foi o segundo colocado no campeonato da Fórmula Ford 2000 Britânica.

Em 1984 conquistou mais um título, agora, o de campeão da Fórmula Ford 2000 Européia. No ano seguinte, obteve sua maior glória ao vencer o campeonato da Fórmula 3 Britânica. Em 1985 venceu também o Grande Prêmio de Macau da Fórmula Três.

Chegou a ser cotado para ser piloto da Lotus em 1986, por sugestão de Ayrton Senna, que era amigo pessoal de Maurício, mas esse fato não foi consumado.

 
Gugelmin no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1991.

Fórmula 1

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Começou sua odisseia na categoria-mor do automobilismo em 1988, como futura revelação da March. Em 1989, conseguiu sua consagração, o 3º lugar no Grande Prêmio do Brasil daquele ano, onde chegou a disputar a 2ª posição com Alain Prost, além de muitos outros resultados que valeram para ele.

O acidente em Paul Ricard
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Gugelmin sofreu um acidente memorável no Grande Prêmio da França de 1989. Na largada, o March de Maurício, que andava muito rápido no warm-up e que pretendia ganhar o máximo de posições, perde o ponto de freada antes da primeira curva e bate fortemente na traseira da Williams, de Thierry Boutsen, e da Ferrari de Nigel Mansell; por um instante, o March ficou completamente de ponta-cabeça no meio de um monte de carros. Após a aterrissagem, Gugelmin sai ileso e sem nenhum arranhão, tendo apenas o capacete arranhado. Porém, o acidente causou uma confusão geral que envolveu mais de vinte carros.

Na segunda largada, Gugelmin largou com o carro reserva, fazendo a volta mais rápida da prova, o que era praticamente uma vitória para Gugelmin após aquele enorme susto na largada.

Leyton House

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No ano de 1990, o carro da March (agora rebatizada de Leyton House) não estava bem. Os motores da Judd estavam muito ruins e o brasileiro terminou com um ponto marcado. Não conseguiu vaga para o grid de largada em dois GPs: Canadá e México. Seu companheiro de equipe, o italiano Ivan Capelli, também não conseguiu se classificar para a corrida mexicana, apesar de ser superior ao brasileiro em quase todas as corridas.

Em 1991, seu último ano pela Leyton House (que voltaria a utilizar a alcunha March no fim do ano), não teve também muita sorte, mesmo com os motores da Ilmor. Gugelmin não marcou nenhum ponto.

Jordan

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Transferiu-se para a Jordan em 1992. A equipe, sensação no ano anterior, agora com o motor Yamaha de doze cilindros. Era o ano em que a Jordan se afirmaria de vez na categoria.

Inicia-se a migração para a nova fábrica e tanto Gugelmin quanto o seu companheiro de equipe, o italiano Stefano Modena, estavam esperançosos com o campeonato. Mas, foi uma desilusão para ambos. Os dois pilotos só conseguiram se alinhar no final do grid em grande parte do campeonato (Modena não se classificou em quatro corridas). O carro não era nem sombra do ano anterior.

A equipe fechou o ano com um ponto, conquistado por Modena. Pelo segundo ano consecutivo, Maurício não marcou nenhum ponto também. Desiludido e sem perspectivas para o próximo campeonato, Gugelmin abandona a Fórmula 1. Seu nome chegou a ser cogitado para correr na Forti em 1995, mas outro brasileiro, Roberto Pupo Moreno, ganhou a vaga.

Champ Car

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Depois de deixar a Fórmula 1, na Europa, Maurício foi tentar a sorte na extinta Champ Car, nos Estados Unidos. De 1993 a 2001 foram temporadas de altos e baixos, época em que nunca teve um carro competitivo para a disputa do campeonato. Quase venceu a Indianapolis 500 de 1995. Somente em 1997, na etapa de Vancouver, conseguiu sua tão sonhada vitória em categorias "top" do automobilismo.

Gugelmin entrou para a história como um piloto e homem tranquilo, ético e, acima de tudo, um bom amigo e desapegado das coisas materiais, com bem diz uma frase sua:

Isto resume "Big Mo", como era carinhosamente chamado no automobilismo.

Ano Final Equipe Chassis Motor Pneus
1995 PacWest Reynard Ford G
1994 11º Chip Ganassi Reynard Ford G

Resultados na CART

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Ano Equipe Chassis Motor Pneus 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Pontos Posição
2001 PacWest Reynard Toyota F MON
15
LBH
Ret
FTW
Canc
NZR
DNP
MOT
12
MIL
10
DET
10
POR
Ret
CLE
10
TOR
7
MIC
15
CHI
22
MID
14
ROA
Ret
VAN
15
LAU
16
ROC
20
HOU
Ret
LAG
Ret
SRF
Ret
FON
Ret
17 24º
2000 PacWest Reynard Mercedes F MIA
16
LBH
10
RIO
Ret
MOT
Ret
NZR
2
MIL
11
DET
16
POR
Ret
CLE
10
TOR
Ret
MIC
Ret
CHI
7
MID
Ret
ROA
Ret
VAN
Ret
LAG
7
GAT
Ret
HOU
Ret
SRF
10
FON
Ret
39 17º
1999 PacWest Reynard Mercedes F MIA
11
MOT
7
LBH
14
NZR
18
RIO
Ret
GAT
Ret
MIL
8
POR
Ret
CLE
Ret
ROA
12
TOR
14
MIC
Ret
DET
Ret
MID
Ret
CHI
Ret
VAN
4
LAG
11
HOU
6
SRF
Ret
FON
6
44 16º
1998 PacWest Reynard Mercedes F MIA
10
MOT
Ret
LBH
10
NZR
Ret
RIO
9
GAT
16
MIL
Ret
DET
19
POR
7
CLE
Ret
TOR
12
MIC
13
MID
4
ROA
Ret
VAN
6
LAG
Ret
HOU
Ret
SRF
12
FON
5
  49 15º
1997 PacWest Reynard Mercedes F MIA
6
SRF
17
LBH
2
NZR
9
RIO
Ret
GAT
6
MIL
5
DET
Ret
POR
6
CLE
15
TOR
6
MIC
6
MID
7
ROA
2
VAN
1
LAG
9
FON
4
      132
1996 PacWest Reynard Ford G MIA
Ret
RIO
7
SRF
4
LBH
15
NZR
15
MIC
2
MIL
15
DET
16
POR
16
CLE
Ret
TOR
12
MIC
3
ROA
Ret
MID
Ret
VAN
Ret
LAG
5
        53 14º
1995 PacWest Reynard Ford G MIA
2
SRF
4
PHX
13
LBH
5
NZR
17
IND
6
MIL
14
DET
15
POR
7
ROA
Ret
TOR
12
CLE
Ret
MIC
11
MID
6
NHS
11
VAN
Ret
LAG
3
      80 10º
1994 Chip Ganassi Reynard Ford G SRF
6
PHX
15
LBH
7
IND
11
MIL
15
DET
8
POR
Ret
CLE
8
TOR
Ret
MIC
Ret
MID
Ret
NHS
14
VAN
5
ROA
Ret
NZR
10
LAG
Ret
        39 16º
1993 Dick Simon Lola Ford G SRF PHX LBH IND MIL DET POR CLE TOR MIC NHM ROA VAN MID
Ret
NZR
Ret
LAG
13
        0 NC
(37º)

Fórmula 1

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(Legenda: Corridas em itálico indica volta mais rápida)

Ano Equipe Chassis Motor Pneus 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Pontos Posição
1992 Sasol Jordan Yamaha Jordan 192 Yamaha OX99 V12 G AFS
11º
MEX
Ret
BRA
Ret
ESP
Ret
SMR
MON
Ret
CAN
Ret
FRA
Ret
GBR
Ret
ALE
15º
HUN
10º
BEL
14º
ITA
Ret
POR
Ret
JAP
Ret
AUS
Ret
0 NC
(23º)
1991 Leyton House Racing Leyton House CG911 Ilmor LH10 V10 G EUA
Ret
BRA
Ret
SMR
12º
MON
Ret
CAN
Ret
MEX
Ret
FRA
GBR
Ret
ALE
Ret
HUN
11º
BEL
Ret
ITA
15º
POR
ESP
JAP
AUS
14º
0 NC
(25º)
1990 Leyton House Racing Leyton House CG901 Judd EV V8 G EUA
14
BRA
DNQ
SMR
Ret
MON
DNQ
CAN
DNQ
MEX
DNQ
FRA
Ret
GBR
DNS
ALE
Ret
HUN
BEL
ITA
Ret
POR
12º
ESP
JAP
Ret
AUS
Ret
1 18º
1989 Leyton House Racing March 881 Judd EV V8 G BRA
SMR
Ret
4 16º
March CG891 MON
Ret
MEX
DNQ
EUA
Ret
CAN
Ret
FRA
NC
GBR
Ret
ALE
Ret
HUN
Ret
BEL
ITA
Ret
POR
10º
ESP
Ret
JAP
AUS
1988 Leyton House March Racing Team March 881 Judd CV V8 G BRA
Ret
SMR
15º
MON
Ret
MEX
Ret
CAN
Ret
DET
Ret
FRA
GBR
ALE
HUN
BEL
Ret
ITA
POR
Ret
ESP
JAP
10º
AUS
Ret
5 13º


Referências

Ligações externas

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