Meruzanes Arzerúnio (emissário)

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Meruzanes Arzerúnio.

Meruzanes Arzerúnio (em grego: Μερουζάνης; romaniz.: Merouzánēs; em armênio: Մերուժան; romaniz.: Meružan), ou Meruzanes II segundo Cyril Toumanoff, foi um nobre (nacarar) armênio do século V, membro da família Arzerúnio.

Meruzanes Arzerúnio
Etnia Armênio
Religião Catolicismo

Meruzanes (Μερουζάνης, Merouzánēs), Maruzas (Μαρουζᾶς, Marouzãs) são as formas gregas do armênio Meruzã (Մե(հ)րուժան / Մերհուժան, Me(h)ružan / Merhužan) e Meuzã (Մեհուժան, Mehužan), que originou-se no persa médio Mitruchã (Mitrūčan)[1] ou no parta Mirozã (Mihrozan). Todos esses nomes parecem ter se originado no iraniano antigo *Mitrabaujana (*MiΘra-bauǰ-ana-), "prazer, aproveitamento de Mitra", que por sua vez havia sido helenizado como Mitrobuzanes (Μιθροβουζάνης, Mitrobouzánēs).[2][3]

Meruzanes era irmão de Alano e talvez Zoique, a esposa de Maictes Mamicônio, e sobrinho de Meruzanes I. Cyril Toumanoff propôs que fosse filho de Vasaces. Na década de 410, sua família foi exilada ao Império Bizantino por se opor ao rei Sapor I (r. 415–420), mas retorna com seu irmão tempos depois.[4][5] Pouco antes de 450, participa na embaixada de Maictes à corte de Constantinopla para solicitar apoio militar do imperador Teodósio II (r. 408–450) contra o Isdigerdes II (r. 438–457).[6]

Referências

  1. Ačaṙyan 1942–1962, p. 326.
  2. Fausto, o Bizantino 1989, p. 391.
  3. Schmitt 2005.
  4. Toumanoff 1990, p. 99-101, 330 e 510.
  5. Settipani 2006, p. 313-316.
  6. Grousset 1973, p. 196-199.

Bibliografia

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  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Մերուժան». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot 
  • Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8 
  • Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila