Metrófanes II de Constantinopla
Metrófanes II de Constantinopla (em grego: Μητροφάνης Β΄), dito Mitrófono ("matricida" - por sua submissão ao papa), foi o patriarca grego ortodoxo de Constantinopla entre 1440 e 1443[1].
Metrófanes II de Constantinopla | |
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Nascimento | século XIV |
Morte | 1 de agosto de 1443 Constantinopla |
Cidadania | Império Bizantino |
Ocupação | sacerdote |
Religião | Igreja Ortodoxa, Igreja Católica |
Vida e obras
editarMetropolita de Cízico, Metrófanes se tornou patriarca em 4 ou 5 de maio de 1440 por causa de suas convicções e o seu compromisso com a chamada União de Florença. Sua eleição foi considerada uma vitória pelos unionistas[2]. Logo após a sua posse, em 15 de maio de 1440, dia da Ascensão, o povo e o clero de Constantinopla, liderados por Marcos de Éfeso (o único bispo a votar contra a União no Concílio de Florença), se recusaram a participar da comunhão enquanto Metrófanes II realizava a liturgia solene na qual o nome do papa era mencionado. Marcos fugiu da capital imperial com Antônio de Heracleia e se refugiou em Éfeso[3].
Metrófanes enfrentou então uma virulenta oposição e dispensou diversos bispos que ele considerava como "cismáticos" e os substituiu pelos prelados que haviam sido favoráveis à União em Florença. Em 1443, o imperador João VIII Paleólogo organizou um debate teológico entre os bispos latinos e Marcos de Éfeso, mas ambos os lados reivindicaram a vitória. No mesmo ano, os outros três patriarcas do oriente, o de Antioquia, de Jerusalém e de Alexandria lançaram um anátema conjunto contra Metrófanes II, ignorando que seus delegados haviam aprovado a União das Igrejas em Florença. O patriarca de Constantinopla se sentiu pouco apoiado pelo imperador João VIII, defensor da União, e, durante o julgamento, adoeceu, renunciou e morreu - diz-se de tristeza - em 1 de agosto de 1444[4]. Sem um patriarca até 1445, a causa da União ficou à deriva[5].
Ver também
editarMetrófanes II de Constantinopla (abdicou) (1440 - 1443)
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Referências
- ↑ Venance Grumel, Traité d'études byzantines, vol. I : La chronologie, Presses universitaires de France, Paris, 1958 p. 438.
- ↑ Ivan Djuric, Le crépuscule de Byzance, Maisonneuve & Larose, Paris, 1996 ISBN 2-7068-1097-1, p. 329.
- ↑ Ivan Djuric, op. cit., p. 331.
- ↑ Louis Bréhier, Vie et mort de Byzance, réédition Albin Michel, Paris, 1969, p. 407.
- ↑ Donald MacGillivray Nicol, Les derniers siècles de Byzance, 1261-1453, Texto Les Belles Lettres, Paris, 2005 ISBN 978-2-84734-527-8, p. 383.
Bibliografia
editar- Louis Bréhier, Vie et mort de Byzance, réédition Abin Michel, Paris, 1969.
- Ivan Djuric, Le crépuscule de Byzance, Maisonneuve & Larose, Paris, 1996 ISBN 2-7068-1097-1.
- Venance Grumel, Traité d'études byzantines, vol. I : La chronologie, Presses universitaires de France, Paris, 1958.
- Donald MacGillivray Nicol, Les derniers siècles de Byzance, 1261-1453, Texto réédition Les Belles Lettres, 2005 ISBN 978-2-84734-527-8.
- Nicolas Viton de Saint-Allais, L'art de vérifier les dates, tome I, Paris, 1818, p. 493.