Miguel Spina
Miguel Spina (São Paulo, 12 de Fevereiro de 1910 - São Paulo, 22 de maio de 1993) foi um gráfico e ancião [2] da Congregação Cristã no Brasil na cidade de São Paulo de 1938 até sua morte, em 1993. Foi também presidente do Conselho de Anciães entre 1960 e 1991, quando deixou o cargo por problemas de saúde. Em todos os seus anos de ministério, ordenou 375 Diáconos e 257 Anciães. Foi também um missionário responsável por levar a Congregação Cristã para diversos países e inclusive reunir algumas congregações americanas, formando a Congregação Cristã nos Estados Unidos.[3]
Miguel Spina | |
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Foto de Miguel Spina | |
4.º Presidente do Conselho de Anciães da Congregação Cristã no Brasil | |
Período | 27 de janeiro de 1960 a 17 de junho de 1991 |
Vice-presidente | Rizzieri Fortunato Lavander (1960 a 1982) e Victorio Angare (1982 a 1991) |
Antecessor(a) | João Finotti |
Sucessor(a) | Victorio Angare |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de fevereiro de 1910 São Paulo, Brasil, Brasil |
Morte | 22 de maio de 1993 (83 anos) [1] São Paulo, Brasil |
Cônjuge | Joana Maia Spina (1934 a 1968)
Edela Catelani Spina (1969 a 1993) |
Profissão | Gráfico Missionário |
Biografia
editarMiguel era filho de Gregório Spina e Anna Bizarro, oriundos de Campobasso comuna italiana da região do Molise, província de Campobasso, Itália. Ele tinha seis irmãos: Nicolino Spina[4], Francisco Spina, Paschoal Spina, Isaías Spina, Noemia Spina Marques e Rosa Spina Oliva. Ambos moravam no Bom Retiro (na Rua da Graça). Sua residência foi a primeira sala de oração na capital de São Paulo.
Teve dois casamentos, sendo sua primeira esposa Joanna de Maio Spina a qual casou-se em abril de 1934 e tiveram seis filhos: Carlos Silas Spina (1942-), Miguel Lysias Spina (1947-2022), Miriam Damaris Spina Carbone (1945-2006), Gregorio Spina (1958-2003) e Luiza Rosina Spina Lombardi (1952-). Residiram na mansão na Avenida Pais de Barros, até que ela foi derrubada e virou um imenso prédio residencial, no qual ele morou até falecer. Após o falecimento da sua primeira esposa, em 1968, casou-se com Edera Catelani Spina.
No dia 17 de julho de 1938, Miguel Spina foi ordenado para Ancião na Casa de Oração do Brás, por Luiz Pedroso, o ancião mais antigo do Brasil na época.
Congregação Cristã no Brasil
editarConselho de Anciães
editarSpina foi o ancião que presidiu o Conselho de Anciães da Congregação Cristã no Brasil por mais tempos. Durante os mais de 30 anos a frente do conselho, foi responsável pela padronização liturgica dos cultos, pela padronização dos templos em todas as congregações e também por definir hábitos de como se portar nas igrejas.
Viagem e missões pelo mundo (1962 e 1963)
editarSpina e sua esposa Joana fizeram diversas viagens pelo mundo a fim de unificar as igrejas e manter relacionamento amigável entre a Congregação Cristã no Brasil e outras igrejas irmãs fora do país. Eles visitaram países como:[3] Portugal, Suíça, Itália, Grécia, Egito, Líbano, Síria, Chipre, Turquia, Israel, Jordânia, Índia, Tailândia, Hong Kong, Taiwan, Japão, Havaí e Estados Unidos
Após sua longa viagem, Miguel escreveu uma carta[5] contando como foi sua viagem e depois a enviou para São Paulo.
Congregação Cristã nos Estados Unidos
editarNo final da década de 1970, por iniciativa de seu sobrinho Joel Spina[6], então residente nos EUA, Miguel Spina e outro ancião brasileiro, Victorio Angare, convidaram algumas igrejas pentecostais ítalo-americanas independentes a formar a Christian Congregation in the United States.[3] O grupo cresceu com a migração de brasileiros na década de 1990 e hoje agrupa membros americanos de origem diversa como brasileiros, portugueses, hispânicos e alguns oriundos de antigas congregações italianas[7]. Hoje a igreja conta com cerca de 70 congregações.
A Gráfica
editarMiguel era um dos donos da Indústria Reunidas Irmãos Spina S.A (IRIS), que ficava na Rua do Hipódromo, nº. 720, no distrito Brás.[8] A história do grupo Spina começa em fevereiro de 1924, quando os irmãos Nicolino, Francisco, Paschoal, Isaías e Miguel fundaram o Estabelecimento Graphico Irmãos Spina, numa modesta instalação na Rua da Graça, 159, no bairro Bom Retiro, em São Paulo. Depois, expandiram para a Rua do Hipódromo, 720, no bairro do Brás e na Casa Verde.
O produto inicial era o caderno do tipo brochura, além da confecção de impressos em geral. Em 1933, a gráfica participou do lançamento, no Brasil, do primeiro caderno com espiral, conhecido por várias gerações de estudantes. O grupo cresceu, estabelecendo fábricas de papel em São Roque, Mogi das Cruzes e Petrópolis.[9]
Miguel transferiu suas habilidades de administrador adquirida na empresa da família para a gestão da igreja, a qual é utilizada até os dias de hoje. [10]
Morte
editarMiguel Spina faleceu no dia 22 de maio de 1993 aos 83 anos, seu funeral aconteceu no estacionamento da Casa de Oração da Congregação do Brás.
Referências
- ↑ Alberto Antoniazzi (1994). «Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo». Vozes. Consultado em 22 de janeiro de 2015
- ↑ LÉONARD, Émile G. O protestantismo brasileiro – estudo de eclesiologia e história social. São Paulo: ASTE, 1963
- ↑ a b c Marcelo Ferreira (2009). «Por trás do véu: a história da primeira denominação pentecostal brasileira». Baraúna. Consultado em 22 de janeiro de 2015
- ↑ [1] Arquivado em 20 de janeiro de 2015, no Wayback Machine.,Nicolino Spina
- ↑ [2], Carta de Miguel Spina
- ↑ VALENTE, Rubia. Institutional Explanations for the Decline of the Congregação Cristã no Brasil. In PentecoStudies: An Interdisciplinary Journal for Research on the Pentecostal and Charismatic Movements 02/2014; 14(1):72-96. DOI: 10.1558/ptcs.v14i1.72
- ↑ [3] História da Congregação Cristã nos Estados Unidos,
- ↑ LTDA, Vivaweb Internet. «Porque não me esquecerei do Bráz :: São Paulo - Minha Cidade». www.saopaulominhacidade.com.br. Consultado em 16 de abril de 2017
- ↑ http://www.multiverdepapeis.com/site/index.php?module=conteudo&page=index&menu=2&titulo=Multiverde
- ↑ "Suas qualidades de administrador que ele tem 'no mundo' devem aproveitar à obra religiosa, que é sua preocupação constante" (Leonard 1963:348)