Minhota (António Carneiro)
Minhota é uma pintura a óleo sobre tela não datada de c. de 1920 do artista português António Carneiro (1872-1930), obra que pertence à Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro de Águeda.
Minhota | |
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Autor | António Carneiro |
Data | c. 1920 |
Técnica | Pintura a óleo sobre tela |
Dimensões | 82 cm × 62 cm |
Localização | Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, Águeda |
Num enquadramento intimista repetido em outras obras, em Minhota, António Carneiro, ao retratar a sua filha, quis propor uma metáfora da etnografia minhota, em cumplicidade com a modelo que assume a vivacidade colorida do tema.[1]
Descrição e apreciação
editarNum ambiente familiar, ao lado de uma janela de portada elevada entreaberta e tendo na parede um quadro emoldurado, comuns a outras suas obras, António Carneiro retrata a sua filha em traje do Minho.[1]
Em oposição às pinceladas longas do fundo, a figura e o seu traje garrido são definidos em pinceladas mais curtas, aplicadas em sobreposições. A luz que ilumina a figura entra pela janela batendo na portada refletindo-se de novo na figura. No traje típico dominam o vermelho, o amarelo e o branco, em contraste com a penumbra envolvente.[1]
Segundo Laura Castro, trata-se de obra isolada na produção de António Carneiro, e mais do que o pitoresco do traje, ao pintor interessa o prazer de o vestir, o prazer da intimidade doméstica, e onde a figura feminina não se apresenta etérea e sonhadora, como em Sinfonia Azul, mas divertida e até provocadora através da mão na cintura e do ondulado da pose.[1]
Referências
editar- ↑ a b c d Laura Castro (2004), António Carneiro, Coleção Pintores Portugueses, Edições Inapa, Lisboa, pag. 108-109, ISBN 972-8387-25-3
Ligação externa
editar- Página da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, [1]