Moeda fiduciária é qualquer título não-conversível, ou seja, não é lastreado a nenhum metal (ouro, prata) e não tem nenhum valor intrínseco.[1][2] Seu valor advém da confiança que as pessoas têm em quem emitiu o título ou da imposição realizada por regulamentação governamental, conhecido como moeda de curso forçado. A moeda fiduciária pode ser uma ordem de pagamento (cheques, por exemplo), títulos de crédito, dinheiro de papel, entre outros.

O economista desenvolvimentista John Maynard Keynes defende-a,[3] contrapondo tanto ao autor clássico Adam Smith, como o Austríaco Hans-Hermann Hoppe.[4]

O dinheiro Fiat pode ser:

  • Qualquer dinheiro que não seja garantido por uma mercadoria.
  • Dinheiro declarado por uma pessoa, instituição ou governo como curso forçado.[5]
  • Dinheiro emitido pelo Estado que não é conversível por meio de um banco central em qualquer outra coisa, nem fixado em valor em termos de qualquer padrão objetivo.[6]
  • Dinheiro usado por causa de decreto governamental.[7]
  • Um objeto de outro modo não valioso que serve como meio de troca[8] (também conhecido como moeda fiduciária.)[9]

O termo fiat deriva da palavra latim fiat, que significa "seja feito", usada no sentido de ordem, decreto[7] ou resolução.[10]

História

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A moeda fiduciária substituiu o padrão-ouro em todos os países do mundo, o resultado foi o sistema de câmbio flutuante.

Inflação

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O crescimento da oferta monetária nem sempre causa aumentos nominais dos valores dos produtos. Em alguns casos pode prevenir o aumento de preços, mantendo-os estáveis, impedindo que ocorra uma queda brusca na valorização dos mesmos.

A adoção de uma moeda fiduciária por muitos países, a partir do século XVIII, tornou a grande variação na oferta de dinheiro possível. Desde então, houve aumentos na oferta de papel-moeda, produzindo hiperinflações - episódios em que, as taxas de inflação foram muito mais altas do que as observadas anteriormente. A hiperinflação na República de Weimar, na Alemanha, é um exemplo clássico.

Os economistas geralmente acreditam que altas taxas de inflação e hiperinflação são causadas por um crescimento excessivo de dinheiro disponível. Hoje, a maioria dos economistas defende uma taxa baixa e constante de inflação.Inflação baixa (diferente de zero ou negativa) reduz a gravidade das recessões econômicas, permitindo que o mercado se ajuste mais rápido em uma recessão e reduz o risco de que uma armadilha de liquidez impeça a política monetária de estabilizar a economia.

A tarefa de manter a taxa de inflação baixa e estável é geralmente dada às autoridades monetárias. Normalmente, estas autoridades monetárias são os bancos centrais, que controlam a política monetária, através da fixação de taxas de juros, através de operações de mercado aberto e através da criação de reservas bancárias.

Referências

  1. «Mundo dos bancos». Consultado em 16 de outubro de 2013 
  2. «Instituto Camões». Consultado em 16 de outubro de 2013. Arquivado do original em 17 de outubro de 2013 
  3. «Keynes on the menace of printing money». news.goldseek.com. Consultado em 16 de março de 2018 
  4. HOPPE, Hans-Hermann (2016). DEMOCRACIA, O DEUS QUE FALHOU. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil. 376 páginas. ISBN 978-8581190792 
  5. Montgomery Rollins (1917). Money and Investments. [S.l.]: George Routledge & Sons. ISBN 9781358416323. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2016. Fiat Money. Money which a government declares shall be accepted as legal tender at its face value; 
  6. John Maynard Keynes (1965) [1930]. «1. The Classification of Money». A Treatise on Money. 1. [S.l.]: Macmillan & Co Ltd. p. 7. Fiat Money is Representative (or token) Money (i.e something the intrinsic value of the material substance of which is divorced from its monetary face value) – now generally made of paper except in the case of small denominations – which is created and issued by the State, but is not convertible by law into anything other than itself, and has no fixed value in terms of an objective standard. 
  7. a b N. Gregory Mankiw (2014). Principles of Economics. [S.l.: s.n.] p. 220. ISBN 978-1-285-16592-9. fiat money: money without intrinsic value that is used as money because of government decree 
  8. «The new Palgrave dictionary of economics». Consultado em 4 de outubro de 2019 
  9. «The Four Different Types of Money - Quickonomics». Quickonomics (em inglês). 17 de setembro de 2016. Consultado em 12 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 13 de fevereiro de 2018 
  10. Schueffel, Patrick (2017). The Concise Fintech Compendium. Fribourg: School of Management Fribourg/Switzerland. Consultado em 8 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2017 
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