Monte Thielsen
O Monte Thielsen, também conhecido como Cowhorn (klamath: hisc’akwaleeʔas),[3]) é um vulcão em escudo, já extinto, localizado na Cordilheira das Cascatas, perto do Monte Bailey, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. Tem 2799 m de altitude[4] e 1019 m de proeminência topográfica[5]. Como a atividade vulcânica terminou há cerca de 250 000 anos, os glaciares erodiram a estrutura do vulcão, criando declives íngremes e um pico piramidal. A sua forma pontiaguda atrai raios, por isso cria fulgurito, um mineral raro. O notório topo montanhoso é um ponto de atração da reserva do Monte Thielsen, um local de ambiente protegido para atividades recreativas, como esqui e caminhadas.
Monte Thielsen Cowhorn | |
---|---|
Vertente erodida do monte Thielsen vista do Pacific Crest Trail | |
Localização no Oregon | |
Coordenadas | |
Altitude | 2 799 m (9 184 pés) |
Proeminência | 1 019 m |
Isolamento | 81,14 km |
Tipo | vulcão em escudo |
Localização | Florestas nacionais de Umpqua/Fremont-Winema, Oregon, E.U.A.[1] |
País | ![]() |
Estado | Oregon |
Condados | Condados de Douglas e Klamath |
Cordilheira | Cordilheira das Cascatas |
Primeira ascensão | 1883 por E. E. Hayden[2] |
Rota mais fácil | Escalada simples |
O vulcão foi produzido por subducção da placa Juan de Fuca sob a placa norte-americana.[6] O vulcanismo na região remonta há cerca de 55 milhões de anos e estende-se da Colúmbia Britânica até à Califórnia. As quedas de água mais altas são formadas por vulcões inferiores a 3,5 milhões de anos, mas o Thielsen é um dos poucos vulcões extintos caracterizados por um ápice pontiagudo.
A área circundante foi inicialmente habitada por nativos da tribo Chinook e mais tarde foi descoberto por colonos polacos.[7] Um dos visitantes foi Jon Hurlburt, um explorador incicial que designou a montanha em homenagem ao engenheiro Hans Thielsen. Mais tarde, outros exploradores encontraram o Lago Crater perto desta região.[8] O vulcão não foi analisado senão em 1884, quando uma equipa do Serviço Geológico dos Estados Unidos recolheu amostras dos seus depósitos de fulgurito.[9]
História
editarOriginalmente, a região onde se situa este vulcão era habitada pelos ameríndis Chinook, que denominaram a montanha como «Hischokwolas», que em klamath-modoc se chamava «hisc'akwaleeas».[7][10]
Em 1884, uma equipa do Serviço Geológico dos Estados Unidos dirigido por J.S. Diller começou a estudar as montanhas da Cordilheira das Cascatas. Entre os destinos que planeava visitar estava o Thielsen, que foi escalado e onde se obtiveram amostras das variantes de fulgurito. A forma pontiaguda do cume, que costuma ser atingida por relâmpagos que desfazem algumas rochas, deu lugar a um mineraloide conhecido como lechatelierito, variedade do fulgurito. Desta forma, o monte ganhou o epíteto de «para-raios das Cascatas».[7][11]
Deixando este estudo de parte, o Thielsen e a área do lago Crater destacaram-se pela sua exploração nos séculos XIX e inícios do XX. Em 1853, mineiros de Yreka descreveram o lago: um afirmou ter «a água mais azul que tinha visto» e outro como «o profundo lago azul». A primeira frase foi dita Chauncy Nye para o Jacksonville Sentinel em 1862. Este recorda uma exploração de mineiros em busca de ouro que passou por um lago azul profundo. Os nativos americanos viveram na região e eram muito pouco tolerantes com os novos povoadores. Em 1865, Fort Klamath foi construído como santuário protetor. Um trilho foi construído para ligar o vale Rogue. Em finais desse ano, dois caçadores atreveram-se a ir ao lago; depois, outros exploradores os seguiram. Nessa altura, o lago ficou famoso pela cor distinta e pelas multidões que iam vê-lo. O primeiro não ameríndio que esteve na margem do lago foi o sargento Orsen Stearns, que desceu à caldeira. Um seu amigo, o capitão Franklin B. Sprague, deu-lhe o nome de «lago Majestade». O turismo continuou até 22 de maio de 1902, quando Theodore Roosevelt o declarou parque nacional.[9]
Referências
- ↑ Serviço Florestal dos Estados Unidos. «Mount Thielsen Quadrangle, Oregon» (PDF) (em inglês). Consultado em 21 de julho de 2015
- ↑ Andalkar, Amar. «Mount Thielsen» (em inglês). SkiMountaineer.com. Consultado em 21 de julho de 2015
- ↑ The Klamath Tribes (2012). «Klamath Tribes Language Project». Consultado em 21 de março de 2016
- ↑ «Mt Thielsen». NGS data sheet. National Geodetic Survey (Estados Unidos). Consultado em 17 de novembro de 2008
- ↑ «Mount Thielsen, Oregon» (em inglês). Peakbagger.com. Consultado em 2 de abril de 2008
- ↑ United States Geological Survey (15 de dezembro de 2004). «Description: Cascade Range Volcanoes and Volcanics»
- ↑ a b c Topinka, Lyn. «Description: Mount Thielsen Volcano, Oregon» (em inglês). Serviço Geológico dos Estados Unidos. Consultado em 22 de julho de 2015
- ↑ McArthur 1982
- ↑ a b Topinka, Lyn. «Description: Mount Mazama Volcano and Crater Lake Caldera, Oregon» (em inglês). Serviço Geológico dos Estados Unidos. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Klamath Tribes Language Project: Vocabulary» (em inglês). The Klamath Tribes. Consultado em 22 de julho de 2015
- ↑ Purdom, William B. (dezembro de 1966). «Fulgurites from Mount Thielsen, Oregon» (PDF). The Ore-Bin (em inglês). Oregon Department of Geology and Mineral Industries. Consultado em 20 de novembro de 2015
Bibliografia
editar- Ellen Morris Bishop, John Elliot Allen (2004). Hiking Oregon's Geology (em inglês). [S.l.]: The Mountaineers Books. ISBN 0898868475
- Frank Wigglesworth Clarke (1910). Analysis of rocks and minerals from the laboratory of the United States Geological survey, 1880 to 1908 (em inglês). [S.l.]: United States Geological Survey
- Joseph Silas Diller, Horace Bushnell Partton (1902). The geology and petrography of Crater lake national park (em inglês). [S.l.]: United States Geological Survey
- Bruce Grubbs (1999). Hiking Oregon's Central Cascades (em inglês). [S.l.]: Globe Pequot. ISBN 1560448733
- Stephen L. Harris (1988). Fire Mountains of the West: The Cascade and Mono Lake Volcanoes (em inglês). Missoula: Mountain Press Publishing Company. ISBN 0-87842-220-X
- F.J. Heer, W.F. Heer (1914). Hunter-trader-trapper (em inglês). 28. [S.l.: s.n.]
- Lewis A. McArthur (1982). Oregon Geographic Names (em inglês). [S.l.]: Western Imprints. ISBN 9780875951140
- Robert H. Mohlenbrock (2006). This land: a guide to western national forests (em inglês). [S.l.]: University of California Press. ISBN 0520930517
- George Wuerthner (2003). Oregon's Wilderness Areas: The Complete Guide (em inglês). [S.l.]: Big Earth Publishing. ISBN 9781565794344