Quantas pedras forem colocadas tantas arrancaremos
Quantas pedras forem colocadas tantas arrancaremos é uma placa de mármore localizada no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A peça integra o conjunto de obras do patrimônio histórico e cultural de São Paulo,[1] listado como um monumento da cidade.[2] Foi inaugurada em 1973 -- na própria placa, consta a data "30-X-1973" --, com criação atribuída a José Renato Teixeira de Campos Carvalho.[1] As medidas da placa são: 0,38m x 0,24m.[2]
| Tipo | |
|---|---|
| Criador |
José Renato Teixeira de Campos Carvalho (d) |
| Material | |
| Abertura | |
| Dimensões (A × L) |
0,38 × 0,24 m |
| Estatuto patrimonial |
patrimônio público listado pelo projeto Monumentos de São Paulo (d) |
| Localização |
|---|
| Coordenadas |
|---|
A placa marca a oposição da transferência da Faculdade de Direito para a Cidade Universitária da Universidade de São Paulo, no contexto da ditadura militar no Brasil. Os estudantes da faculdade retiraram a pedra fundamental do edifício no novo campus para o qual a faculdade seria transferida e a usaram para realizar a placa, instalada em frente ao prédio histórico da faculdade, e a transferência foi cancelada.[3][4][5]
A resistência dos estudantes, com o furto da pedra fundamental, foi chamado de "um dos símbolos mais fortes de apropriação e demarcação de território cultural na sua relação com a cidade".[6]
Referências
- ↑ a b «Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo | Secretaria Municipal de Cultura | Prefeitura da Cidade de São Paulo». www.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 15 de outubro de 2018
- ↑ a b «Monumentos de São Paulo». www.monumentos.art.br. Consultado em 15 de outubro de 2018
- ↑ «Programa Lugares de Memória» (PDF)
- ↑ Prado, Maria Lígia Coelho (2005). Cidades universitárias: patrimônio urbanístico e arquitetônico da USP. [S.l.]: EdUSP. ISBN 9788531408649
- ↑ «Roubo da pedra fundamental : mais uma estudantada nas Arcadas». Migalhas. 16 de julho de 2009
- ↑ «Entrelaçadas pela história». Jornal da USP. 2004