Vidigal
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Vidigal é um bairro da Zona Sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil.[4] Sua favela é o Morro do Vidigal, que deu origem ao bairro do Vidigal. O bairro e a comunidade do Vidigal, embora pobres, como toda favela, situam-se entre alguns dos bairros mais nobres do Rio, como Leblon e São Conrado, sobre o Morro Dois Irmãos. É reduto de diversos animais e plantas da Mata Atlântica. Seu IDH, no ano 2000, era de 0,873, o 38º melhor do município do Rio de Janeiro (resultado obtido devido ao fato de o cálculo de seu IDH ter sido feito junto com São Conrado).[3] Até os anos 2000, era apenas uma favela, porém, com a expulsão do tráfico de drogas, o bairro começa a ter um lento e gradual processo de urbanização, tendo em vista seu potencial imobiliário e turístico. Possui, atualmente, o 21º metro quadrado mais valorizado da cidade, custando em média R$ 6.706,[5] estando cerca de R$ 2.800 acima da média da cidade, R$ 3.853.
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Bairro do Brasil | ||
Vista aérea da favela do Vidigal. | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Distrito | Zona Sul[1] | |
História | ||
Criado em | 18 de junho de 1993 Lei 1995 | |
Características geográficas | ||
Área total | 162,14 ha (em 2003) | |
População total | 12 797 (em 2 010)[2] hab. | |
• IDH | 0,873[3](em 2000) | |
Outras informações | ||
Domicílios | 4 585 (em 2010) | |
Limites | Leblon, São Conrado, Gávea e Rocinha[4] | |
Subprefeitura | Zona Sul[1] |
Considerado por muitos um cartão-postal da cidade do Rio e local favorável à pesca, ganhou fama rapidamente por ser um ótimo lugar para se contemplar a vista para o mar. Numa perspectiva romântica, algumas pessoas costumam afirmar que a vista do mar a partir do Vidigal é a mais bela da cidade do Rio de Janeiro.
Topônimo
editarO Vidigal ganhou esse nome em referência ao ex-comandante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro no século XIX, o major Miguel Nunes Vidigal, que, devido aos seus serviços, recebeu de presente dos monges beneditinos, em 1820, um terreno ao pé do Morro Dois Irmãos, o qual foi ocupado por barracos a partir de 1940, dando origem à atual favela.[6]
Transportes
editarDesde o dia 9 de outubro de 2017, existe uma integração tarifária entre vans legalizadas e o Metrô do Rio de Janeiro, originalmente no valor de R$ 5,00, possibilitando que moradores do Vidigal e da Rocinha paguem um preço mais baixo para utilizar os dois modais de transporte. A integração é feita nas estações Jardim de Alah e São Conrado, enquanto que pelo menos 66 vans, identificadas com uma faixa amarela na lateral, estão autorizadas a fazer a integração com o metrô.[7] O benefício é concedido ao passageiro que possui um cartão RioCard, devendo a integração ser realizada em um intervalo máximo de duas horas e meia.[8]
Segurança
editarPor muitas décadas, junto com outras favelas, o Vidigal foi considerado um dos locais de maior perigo no Rio, devido à guerra do tráfico, mas, em 18 de Janeiro de 2012, a comunidade passou a ser atendida pela 19° UPP.
Na cultura popular
editarNo cinema
editar- No filme Rio, eu te amo (vários cineastas), a história Vidigal, do Coreano Im Sang-Soo, está ambientado em Vidigal. [9]
- A Frente Fria que a Chuva Traz, de Neville D'Almeida (2015), foi gravado em Vidigal. [10]
- O filme Bandeira de Retalhos (2018), do cineasta Sergio Ricardo, tem como pano de fundo a remoção de parte da favela no ano de 1977. [11]
- O filme Mundo Novo, de Álvaro Campos (2021), foi gravado em Vidigal. [12]
- O filme A Festa de Léo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo (2024), foi gravado em Vidigal. [13]
Na literatura
editar- As quatro histórias da coletânea Histórias do Vidigal por Olavo Wyszomirski (2015) estão ambientadas na comunidade.
- Várias cenas do romance O Grande Dia, de Pierre Cormon, se passam em uma favela imaginária chamada Dois Irmãos, que evoca a do Vidigal.
Ver também
editarReferências
- ↑ http://www.rio.rj.gov.br/web/szs/exibeconteudo?article-id=95180
- ↑ «Dados». Consultado em 25 de março de 2012. Arquivado do original em 2 de setembro de 2013
- ↑ a b Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000
- ↑ a b «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 27 de setembro de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 27 de setembro de 2012
- ↑ www6.urbanizo.com http://www6.urbanizo.com/?template=simple2c&tdfs=1&s_token=1620954785.0019777006&uuid=1620954785.0019777006&showDomain=1. Consultado em 14 de maio de 2021 Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ GOMES, Laurentino. 1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo : Editora Planeta do Brasil, 2007, p.224.
- ↑ «Integração de vans com metrô na Rocinha e Vidigal começa com tarifa de R$ 5 na segunda-feira». Extra. 6 de outubro de 2017. Consultado em 4 de novembro de 2017
- ↑ «Integração de vans e metrô começa neste segunda, na Rocinha». G1. 9 de outubro de 2017. Consultado em 4 de novembro de 2017
- ↑ Lauro Jardim; Gabriel Mascarenhas e Thiago Prado (24 de janeiro de 2014). «Rio eu te amo». Veja On Line. Consultado em 25 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014
- ↑ Kuperman, Karina (7 de outubro de 2015). «"A FRENTE FRIA QUE A CHUVA TRAZ" LEVA JOVENS RICOS À FAVELA E LEVANTA QUESTÕES SOBRE O DISTANCIAMENTO ENTRE OS DOIS MUNDOS». Heloisa Tolipan. Consultado em 17 de junho de 2022
- ↑ «Bandeira de Retalhos (2018)». sergioricardo.com (em inglês). Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ «Filmado no Morro do Vidigal, o longa 'Mundo novo' estreia dia 29». O Globo. 26 de fevereiro de 2021. Consultado em 20 de julho de 2024
- ↑ «A Festa de Léo». 47 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Consultado em 20 de julho de 2024