A Morte da Virgem Maria, por vezes chamado de Trânsito da Virgem, é um tema comum na arte cristã ocidental, equivalente à Dormição da Teótoco na arte ortodoxa. Ele se tornou menos comum conforme a doutrina da Assunção começou a ganhar apoio na Igreja Católica a partir do final da Idade Média. Embora a doutrina não diga se Maria estava viva ou morta quando teve seu corpo "assumido" no Céu, ela é normalmente representada na arte como estando viva.

Morte da Virgem.
1470. Gravura de Martin Schongauer, atualmente no Museu Britânico, em Londres

História

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Nada se diz na Bíblia sobre o final da vida de Maria, mas uma tradição que remonta pelo menos o século V diz que os doze apóstolos foram milagrosamente transportados de onde estavam, espalhados pelo mundo, para estar com Maria em seu leito de morte e é esta a cena que normalmente aparece na arte.[1][2][3]

Uma virtuosa gravura de Martin Schongauer de c. 1470 (vide imagem) mostra a Virgem a partir dos pés de uma grande cama com os apóstolos espalhados à volta nos outros três lados e esta composição influenciou muitas outras representações posteriores.[4] Outras, mais antigas, geralmente seguem o padrão bizantino, com a Virgem deitada numa liteira simples, atravessando o espaço da pintura. Um famoso e tardio exemplo sobre o tema foi "Morte da Virgem", por Caravaggio (1606), a última grande pintura católica.

Outros exemplos:

Ver também

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Referências

  1. «The Assumption». Consultado em 1 de outubro de 2011 
  2. Jameson, Anna (22 de abril de 2010). Legends of the Madonna: As Represented in the Fine Arts. [S.l.]: Forgotten Books. pp. 450–480. ISBN 1-4400-8561-7 
  3. Pascale, Enrico De; J. Paul Getty Museum (março de 2009). Death and resurrection in art. [S.l.]: Getty Publications. pp. 363–364. ISBN 978-0-89236-947-8 
  4. «Réunion des musées nationaux». Consultado em 1 de outubro de 2011 
 
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