Mugil curema
Mugil curema Valenciennes, 1836, popularmente conhecido como tainha, parati, parati-olho-de-fogo, pratiqueira, paratibu, pratibu, saúna, solé e mondego,[2] é um peixe marinho eurialino da família Mugilidae, com distribuição natural na costa leste do Atlântico desde o norte de Espanha até à costa da Namíbia, em toda a costa oeste do Atlântico, incluindo o mar das Caraíbas e o golfo do México, bem como na costa leste do oceano Pacífico desde o golfo da Califórnia até ao Chile.[3]
Mugil curema | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Não avaliada [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Mugil curema Valenciennes, 1836 | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Etimologia
editar"Parati" deriva do tupi antigo parati.[4]
Descrição
editarA espécie atinge um comprimento máximo padrão de 30 centímetros, embora tenham sido descritas capturas de espécimes com 90 centímetros.[5] Apresentam 4 ou 5 espinhas na barbatana dorsal e uns 8 a 9 raios brandos, com 3 espinhas e 9 ou 10 raios brandos na barbatana anal. As escamas dos flancos estão recobertas por escamas secundárias mais pequenas.[6] A coloração é branca. Diferencia-se das tainhas pela ausência de listras.[2]
A espécie ocorre em águas marinhas costeiras, com pouca profundidade e fundos arenosos ou associados a arrecifes, exibindo comportamento catádromo.[7] Os juvenis habitam nas águas costeiras, sobretudo próximo de estuários e lagunas costeiras, enquanto os adultos formam cardumes que, frequentemente, penetram nos rios.[5]
Os adultos alimentam-se de algas, tanto microscópicas como filamentosas, enquanto os juvenis se alimentam de organismos planctónicos.[8]
A reproducção ocorre entre Março e Agosto, consistindo, cada postura, em milhões de ovos providos de um considerável volume de vitelo.[9]
Utilização pelo homem
editarA espécie é objecto de importante pescaria comercial, inclusive com redes de arrasto,[2] sendo uma importante fonte de alimentação humana em algumas regiões costeiras.[5] Dada sua importância comercial, também é cultivada em aquicultura.[3]
Referências
- ↑ IUCN 2010. Lista Roja de Especies Amenazadas. Versión 2010.4. Consultada a 24 de novembro de 2010.
- ↑ a b c FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 268.
- ↑ a b Robins, C.R. y G.C. Ray, 1986. "A field guide to Atlantic coast fishes of North America". Houghton Mifflin Company, Boston, E.U.A., 354 p.
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 372.
- ↑ a b c Harrison, I.J., 1995. "Mugilidae. Lisas". p. 1293-1298. En W. Fischer, F. Krupp, W. Schneider, C. Sommer, K.E. Carpenter y V. Niem (eds.) Guia FAO para Identification de Especies para lo Fines de la Pesca. Pacifico Centro-Oriental. 3 Vols. FAO, Roma.
- ↑ Smith, C.L., 1997. "National Audubon Society field guide to tropical marine fishes of the Caribbean, the Gulf of Mexico, Florida, the Bahamas, and Bermuda". Alfred A. Knopf, Inc., New York. 720 p.
- ↑ Riede, K., 2004. "Global register of migratory species - from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081". Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Alemania. 329 p.
- ↑ Cervigón, F., 1993. "Los peces marinos de Venezuela. Volume 2". Fundación Científica Los Roques, Caracas,Venezuela. 497 p.
- ↑ Keith, P., P.-Y. Le Bail y P. Planquette, 2000. "Atlas des poissons d'eau douce de Guyane (tome 2, fascicule I)". Publications scientifiques du Muséum national d'Histoire naturelle, París: 286 p.
Ligações externas
editar- «Mugil curema» (em inglês). ITIS (www.itis.gov)
- Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel. «"{{{género}}} {{{espécie}}}"». www.fishbase.org (em inglês). FishBase
- Fotografías de «lisa blanca» en FishBase