Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul
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O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) é um museu brasileiro, localizado na cidade de Taquara, no Rio Grande do Sul, dedicado à arqueologia.
Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul Marsul
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Informações gerais | |
Tipo | Arqueologia |
Inauguração | 12 de agosto de 1966 (58 anos) |
Proprietário atual | Secretaria da Cultura - Estado do Rio Grande do Sul |
Website | https://marsul.rs.gov.br/ |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Taquara |
Coordenadas | 29° 39′ 03″ S, 50° 46′ 33″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Histórico
editarSeu idealizador foi o professor do ensino básico Eurico Miller, que realizava pesquisas arqueológicas desde a década de 1950. Para poder participar do Programa Nacional de Pesquisa Arqueológicas (PRONAPA), ele necessitava estar ligado a uma instituição. Assim, em acordo com o governo do estado do Rio Grande do Sul, Miller doou seu acervo arqueológico resultante de pesquisas anteriores em troca da criação de uma instituição voltada à arqueologia.
O Marsul foi fundado oficialmente no dia 12 de agosto de 1966.[1][2] A partir de 2022, o museu conta com três arqueólogos em seu quadro de servidores permanentes, além de estagiários.
A partir de 2024, o museu atende pesquisadores (sob agendamento) e está aberto para o público em geral.[3]
Sede
editarInicialmente, o Marsul teve como sede a própria residência de Miller. Somente em 1977, o Marsul inaugurou sua sede própria, construído em um terreno doado pela prefeitura de Taquara.
A deterioração da sede levou ao seu fechamento em 2010, por recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[4][5]
A sede do museu foi reformada entre 2022 e 2024, a um custo total de R$ 1,5 milhão, recursos provenientes do programa Avançar na Cultura.[6] As obras de requalificação incluíram a revitalização das estruturas prediais, instalações elétricas e hidrossanitárias, e ainda, a aquisição de bens e materiais para a instituição.
Acervo
editarO acervo do Marsul é composto por uma variedade de artefatos e materiais arqueológicos provenientes de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás, abrangendo artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial. Além disso, o museu abriga vestígios materiais das ocupações do período colonial, oriundos de pesquisas como o Projeto Arqueológico de Santo Antônio da Patrulha (Pasap).
O acervo inclui uma variedade de materiais, tais como vasilhas cerâmicas da Tradição Guarani, evidências de ocupações lusitanas na região, entre outros artefatos que fornecem insights valiosos sobre a história e a evolução das populações pré-coloniais e coloniais na região do Rio Grande do Sul.
Atualmente, o acervo do museu é formado por:
- Material arqueológico proveniente dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas;
- Artefatos provenientes do Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegre;
- Coleção de fragmentos cerâmicos da ilha de Marajó e de Santarém, doados pelo Museu Paraense Emílio Goeldi;
- Coleções de material arqueológico do Peru e do México;
- Artefatos dos índios Nhambikuara, do Mato Grosso;
- Material arqueológico das Missões jesuíticas e da Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser, de Novo Hamburgo.
O acervo ainda está sendo catalogado e organizado.[7]
Musealização
editarAs perspectivas museológicas do Marsul incluem a preservação e divulgação do patrimônio cultural e histórico, permitindo que os objetos e as informações sejam apresentados de forma significativa e acessível ao público. A musealização desempenha um papel importante na construção de narrativas e na transmissão de conhecimento sobre a história, a cultura e a sociedade. As exposições são uma forma de musealização que permite que os museus mostrem ao público o resultado de todo o trabalho que ocorre em seu interior. Elas são uma maneira de conectar as coisas criadas pela natureza e pelo homem e de interpretar essas coisas para o público. Em outras palavras, as exposições são uma forma de musealização que permite que os museus compartilhem com o público o conhecimento e a história que eles preservam.
Referências
- ↑ Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul Secretaria da Cultura do RS - acessado em 11/12/2022
- ↑ Decreto Estadual 18.009/1966
- ↑ «Reaberto após 16 anos, Museu Arqueológico do RS tem 1 milhão de peças que contam sobre os primeiros habitantes do Estado». GZH. 17 de janeiro de 2025. Consultado em 21 de janeiro de 2025
- ↑ «Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul pede ajuda». GZH. 20 de abril de 2016. Consultado em 21 de janeiro de 2025
- ↑ «Fechado há 11 anos, Museu de Arqueologia do RS busca recursos para reabrir as portas em Taquara». GZH. 23 de julho de 2019. Consultado em 21 de janeiro de 2025
- ↑ [1]
- ↑ relatório técnico de 2015
Bibliografia
editar- Dias, J. L. Z. (2015). Relatório Técnico - MARSUL. https://arqueologiaeprehistoria.files.wordpress.com/2015/02/relatc3b3rio-tc3a9cnico-marsul.pdf
- De Paula, B. D., Saladino, A., & Soares, A. L. R. (2020). Revista de Arqueologia. Revista Saber, 33(3), 829. DOI: 10.24885/sab.v33i3.829. https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7996/5030
- CALDARELLI, Solange Bezerra. SANTOS, Maria do Carmo Mattos Monteiro. «Arqueologia de Contrato no Brasil». Revista USP. São Paulo, no44, p. 52-73. Dezembro/ fevereiro de 1999