Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul

Museu em Taquara, Brasil

O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) é um museu brasileiro, localizado na cidade de Taquara, no Rio Grande do Sul, dedicado à arqueologia.

Fotografia do prédio da reserva técnica do Marsul (2024).
Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul
Marsul
Informações gerais
Tipo Arqueologia
Inauguração 12 de agosto de 1966 (58 anos)
Proprietário atual Secretaria da Cultura - Estado do Rio Grande do Sul
Website https://marsul.rs.gov.br/
Geografia
País  Brasil
Cidade Taquara
Coordenadas 29° 39′ 03″ S, 50° 46′ 33″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Histórico

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Seu idealizador foi o professor do ensino básico Eurico Miller, que realizava pesquisas arqueológicas desde a década de 1950. Para poder participar do Programa Nacional de Pesquisa Arqueológicas (PRONAPA), ele necessitava estar ligado a uma instituição. Assim, em acordo com o governo do estado do Rio Grande do Sul, Miller doou seu acervo arqueológico resultante de pesquisas anteriores em troca da criação de uma instituição voltada à arqueologia.

O Marsul foi fundado oficialmente no dia 12 de agosto de 1966.[1][2] A partir de 2022, o museu conta com três arqueólogos em seu quadro de servidores permanentes, além de estagiários.

A partir de 2024, o museu atende pesquisadores (sob agendamento) e está aberto para o público em geral.[3]

Inicialmente, o Marsul teve como sede a própria residência de Miller. Somente em 1977, o Marsul inaugurou sua sede própria, construído em um terreno doado pela prefeitura de Taquara.

A deterioração da sede levou ao seu fechamento em 2010, por recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[4][5]

A sede do museu foi reformada entre 2022 e 2024, a um custo total de R$ 1,5 milhão, recursos provenientes do programa Avançar na Cultura.[6] As obras de requalificação incluíram a revitalização das estruturas prediais, instalações elétricas e hidrossanitárias, e ainda, a aquisição de bens e materiais para a instituição.

Acervo

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O acervo do Marsul é composto por uma variedade de artefatos e materiais arqueológicos provenientes de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás, abrangendo artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial. Além disso, o museu abriga vestígios materiais das ocupações do período colonial, oriundos de pesquisas como o Projeto Arqueológico de Santo Antônio da Patrulha (Pasap).

O acervo inclui uma variedade de materiais, tais como vasilhas cerâmicas da Tradição Guarani, evidências de ocupações lusitanas na região, entre outros artefatos que fornecem insights valiosos sobre a história e a evolução das populações pré-coloniais e coloniais na região do Rio Grande do Sul.

Atualmente, o acervo do museu é formado por:

O acervo ainda está sendo catalogado e organizado.[7]

Musealização

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As perspectivas museológicas do Marsul incluem a preservação e divulgação do patrimônio cultural e histórico, permitindo que os objetos e as informações sejam apresentados de forma significativa e acessível ao público. A musealização desempenha um papel importante na construção de narrativas e na transmissão de conhecimento sobre a história, a cultura e a sociedade. As exposições são uma forma de musealização que permite que os museus mostrem ao público o resultado de todo o trabalho que ocorre em seu interior. Elas são uma maneira de conectar as coisas criadas pela natureza e pelo homem e de interpretar essas coisas para o público. Em outras palavras, as exposições são uma forma de musealização que permite que os museus compartilhem com o público o conhecimento e a história que eles preservam.

Referências

Bibliografia

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