Museu da Imagem e do Som de Campinas
O Museu da Imagem e do Som (MIS) é um museu público focado em difundir e preservar o acervo da memória audiovisual da cidade de Campinas. Está localizado no Centro, na Rua Regente Feijó, 859 - Palácio dos Azulejos.
Museu da Imagem e do Som de Campinas | |
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Tipo | museu |
Administração | |
Diretor(a) | Alexandre Sonego de Carvalho |
Página oficial (Website) | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Campinas - Brasil |
Patrimônio | bem tombado em nível municipal |
A fundação abrange setores de áudio e vídeo, além de fotografia, música, equipamentos e educação patrimonial. Frequentemente ocorrem cursos gratuitos, palestras, exposições fixas e itinerantes[1] e ciclos gratuitos de cinema, atuando assim, como um importante e democratizado ponto cultural e educativo da cidade.
História
editarO Museu da Imagem e do Som de Campinas foi idealizado a partir de um grupo de fotógrafos, cineastas e cineclubistas da região, liderados por Henrique de Oliveira Júnior e Dayz Peixoto Fonseca. O espaço, através da Lei Municipal 4.576/1975 de 30 de dezembro de 1975, que dentre outras iniciativas criou a Secretaria Municipal de Cultura,[2] foi oficialmente viabilizado pelo poder público na difusão, preservação e produção audiovisual da cidade. Do ponto de vista legal, o MIS é regido especificamente pelo Decreto Municipal 14.844, de 3 de agosto de 2004.[3]
O objetivo era preservar e reunir, sistematicamente, a memória audiovisual de Campinas e região, cujas peças vinham sendo guardadas de maneira isolada, em outros museus da cidade, e em outras instituições públicas municipais ou mesmo integrando coleções particulares.
Hoje o Museu da Imagem e do Som de Campinas agrega funções educativas (com cursos gratuitos), e de lazer cultural, sendo um valioso ponto de debates e palestras, além de ser o último cineclube no centro da cidade de Campinas depois do fechamento do Cine Paradiso, que funcionou entre 1983 e 2009,[4] famoso na região por exibir filmes do circuito alternativo.
Atualmente, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas tem sua sede no Palácio dos Azulejos, patrimônio nacional, estadual e municipal, foi tombado pelo IPHAN (1967), CONDEPHAAT (1981)[5] e Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (CONDEPACC) (1988).[6]
Diretores do MIS
editar- 1975 – 1979: Henrique de Oliveira Jr.
- 1979 – 1987: Days Peixoto Fonseca
- 1987 – 1989: Carlos Rafael Vasconcellos
- 1989 – 1990: Suzana Barretto Ribeiro
- 1991 – 1993: Orestes Augusto Toledo
- 1994 – 2001: Sônia Aparecida Fardin
- 2001 – 2002: Maria do Carmo Cassaniga
- 2002 – 2015: Adriana Verri Maciel
- 2015 - presente: Alexandre Sônego de Carvalho
Endereços do MIS
editar- 1975 – 1976: Subsolo do Palácio dos Jequitibás - Avenida Anchieta, 200, Centro
- 1976 – 1987: “Cinema de Arte” no Cine Teatro Castro Mendes, Rua Conselheiro Gomide, 62, Industrial
- 1976 – 1991: Centro de Convivência Cultural de Campinas - Praça Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí
- 1991 – 1992: Rua Regente Feijó, 824, Centro
- 1993 – 1994: Rua Doutor César Bierrenbach, 201, Centro
- 1993 – 1996: Casarão do Lago do Café - Avenida Doutor Heitor Penteado, 2145, Parque Taquaral
- 1996 - presente: Palácio dos Azulejos – Rua Regente Feijó, 859, Centro
Acervo
editarO acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas constitui-se de fotos, filmes, negativos, vídeos, slides, discos, fitas e objetos sobre a história social e cultural da cidade de Campinas e região, e se apresenta em cinco diferentes linguagens: Audiovisual (cinema e vídeo), Fotografia, Música, Tecnologia e Biblioteca, disponível para pesquisadores de todo o país.
Setor de acervo fotográfico
editarComposto 75 coleções e aproximadamente 35.000 imagens, retratando Campinas e região desde o final do século XIX até os dias atuais.
O acervo mostra a intensa e gradual transformação urbana na cidade, os movimentos culturais, os atos administrativos de vários prefeitos e obras públicas, solenidades políticas e principalmente o povo.
Música
editarO acervo de música é denominado "Discoteca Rynaldo Ciasca". Tem a função de preservação, catalogação e é constituído por 60 CDs, 900 gravações em fitas de rolo e aproximadamente 20.000 discos, dentre os quais, discos antigos de 78 rotações, LPs de vinil em 33 1/3 rotações, compactos, discos gigantes, discos curiosos, com vários furos, de diversos materiais, etc.
Seus conteúdos se enquadram em diversos segmentos:
- MPB
- Óperas, árias e canções
- Grandes intérpretes
- Discos infantis
- Cursos de idiomas, propagandas e programas de rádio
- Discos humorísticos
- Música de vários países
- Jazz, música instrumental, trilhas de filmes e de novelas
- Documentos sonoros de comunidades indígenas, religiosas, teses
- Música sinfônica e camerística
- Compositores e grupos de Campinas
- Orquestras populares
- Edições especiais de interesse cultural (Tacape, Série Florilegium, Marcus Pereira e outros)
- Catálogos, revistas e fascículos para uso didático e paradidático
Acervo tecnológico
editarPossui um significativo acervo com aproximadamente 400 peças, correspondentes a objetos tecnológicos de imagem e som. Formado através de doações ou obsolescência de seus materiais de uso, tornou-se um acervo histórico de tecnologia. A maioria está na exposição de longa duração, possibilitando o conhecimento da evolução de câmeras e materiais fotográficos, projetores cinematográficos, gramofones, aparelhos de TV, entre outros.
Programas educativos/atividades
editarO Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas realiza diversas atividades, como exposições, cursos gratuitos, palestras, debates e exibições de filmes. Há eventos são voltados tanto para educadores como para o público comum.
Pedagogia da Imagem
editarAtravés do programa Pedagogia da Imagem o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas realiza diversas atividades educativas, com o objetivo de discutir e promover a democratização do uso dos meios de comunicação e informação e incentivar a apropriação das linguagens audiovisuais pelos setores populares.
Circuito MIS de Cinema
editarHá mais de 20 anos, o MIS promove, gratuitamente, exibições e debates de filmes. A programação, feita com a participação do público, busca trazer aos espectadores diferentes linguagens e olhares cinematográficos.
As exibições dos filmes são seguidas de debates preservando assim, o espírito cineclubista. A programação pode ser conferida neste link: Circuito MIS de Cinema
Exposições
editarAs exposições no espaço se dividem em "exposições de longa duração": no piso térreo, a exposição "Memorial do Prédio" que traz a trajetória de um dos mais importantes monumentos arquitetônicos da cidade, o Palácio dos Azulejos. No piso superior, a exposição "MIS – um museu brasileiro, um museu campineiro, um museu plural" que apresenta parte do acervo do museu e a história de sua produção cultural.
- Exposições temporárias: o museu dispõe de salas para receber projetos expográficos da comunidade.
- Exposições itinerantes: diversas exposições, produzidas pelo MIS, podem ser levadas para instituições culturais e educativas da cidade.
- Ação educativa: visitas monitoradas para grupos e escolas.
Referências
- ↑ «MIS de Campinas apresenta exposição fotográfica sobre fauna e flora». G1 Campinas e região. 14 de janeiro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ CAMPINAS, SP (legislação) (30 de dezembro de 1975). «Lei 4.576 de 30 de dezembro de 1975». 31 de dezembro de 1975. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ CAMPINAS, SP (legislação) (3 de agosto de 2004). «Decreto 14.844 de 3 de agosto de 2004». Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ COLETTI, Caio; GABRIEL, Alef (18 de setembro de 2014). «Cine Paradiso – o último cinema de rua de Campinas». Digitais - PUC-Campinas. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ «Palácio dos Azulejos». Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ «Processo 04/88». Prefeitura de Campinas - Patrimônio Histórico e Cultural. Consultado em 13 de abril de 2020
Ligações externas
editar- [conheca.campinas.sp.gov.br/pois/298 «Sítio oficial»] Verifique valor
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