Não É Azul, mas É Mar

Não É Azul, Mas É Mar é o oitavo álbum de estúdio do músico, cantor e compositor brasileiro Djavan, lançado em 1987 pela Columbia.[1] Gravado em Los Angeles nos Estados Unidos, foi lançado no Brasil, Estados Unidos, Japão e em alguns países da Europa, sendo que nos três últimos países o álbum foi lançado na versão em inglês, intitulada Bird of Paradise.[2] Os principais hits do álbum são "Soweto", "Me Leve" e "Dou-Não-Dou" (um dos principais hits do álbum, selecionado para entrar na trilha sonora da telenovela brasileira Mandala, em 1987) e alguns outros de destaque entre público e crítica: "Florir", "Maçã", "Doidice" e "Carnaval do Rio".[3]

Não É Azul, Mas É Mar
Não É Azul, mas É Mar
Álbum de estúdio de Djavan
Lançamento 1987
Gravação Junho a Julho de 1987
Gênero(s) MPB
Duração 45:45
Idioma(s) Português
Formato(s)
  • Cassete
  • CD
  • LP
Gravadora(s) Columbia
Produção Djavan
Cronologia de Djavan
Meu Lado
(1986)
Djavan
(1989)

Sobre o álbum

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Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
Notas Musicais      [4]

Em "Não é Azul, Mas é Mar", Djavan retomou a parceira com o produtor Ronnie Foster, o mesmo produtor do álbum Luz (1982). Segundo o autor Hugo Sukman, o álbum trouxe também sua primeira "canção de protesto", a faixa "Soweto", onde ele reflete "a dolorosa resistência sul-africana contra o apartheid."[3] O título do álbum, "Não é Azul, mas é Mar", foi retirado de um trecho da canção "Bouquet", faixa número dois, que antecede "Me Leve". "Dou-Não-Dou" e "Florir" foram consideradas "misteriosas canções" pelo autor. "Carnaval no Rio" foi definida como um "samba estilizado sobre uma moça carioca de vida airosa que recusa o assédio do autor," já "Navio", primeira parceria com os filhos músicos Flavia Virginia e Max Frederico Viana, traz metáforas sobre imagens 'marítimas' e 'viajantes'," conclui o mesmo.[3]

Em "Maçã, outro samba, "o autor bate na Espanha, destrói Casablanca, se revolta contra Nicarágua, se atola no Irã, beija em Nova York, acorda no frio e resolve voltar para casa," define Hugo.[3] Em "Real", canção pop resultado da parceria com um compositor estrangeiro, o japonês Tetsuo Sakurai, do grupo Casiopea, Djavan aborda a globalização, e na faixa "Doidice", canção que possui "pegada caribenha," o cantor entoa os versos finais em espanhol, como explicitado por Sukman.[3]

O crítico Mauro Ferreira, escrevendo para o site Notas Musicais, atribuiu ao álbum 3 de 5 estrelas, afirmando que no álbum, Djavan "acenou com mais força para o pop globalizado."[4]

Faixas

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Todas as faixas produzidas por Djavan e Ronnie Foster.[5]

N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Soweto"  Djavan 6:09
2. "Bouquet"  Djavan 3:57
3. "Me Leve"  Djavan 4:41
4. "Dou-Não-Dou"  Djavan 4:27
5. "Florir"  Djavan 4:11
6. "Carnaval no Rio"  Djavan 4:16
7. "Navio"  
5:15
8. "Maçã"  Djavan 4:09
9. "Real"  
  • Tetsuo Sakurai
  • Djavan
3:54
10. "Doidice"  Djavan 4:45
Duração total:
45:45


Referências

  1. «Não É Azul Mas É Mar - Microsoft Store». Microsoft Store. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  2. «Bird of Paradise - Djavan - Luanda». Djavan.com.br. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  3. a b c d e «Não É Azul Mas É Mar - Djavan - Luanda». Djavan.com.br. Consultado em 1 de agosto de 2016 
  4. a b Mauro Ferreira (1 de dezembro de 2014). «Reedições de discos de Djavan ganham no som e perdem na arte gráfica». Notas Musicais. Consultado em 29 de julho de 2016 
  5. «Não É Azul Mas É Mar / Djavan TIDAL». Tidal. Consultado em 1 de agosto de 2016