Trichonephila clavipes
Trichonephila clavipes (anteriormente chamada Nephila clavipes), conhecido pelo nome comum de Aranha-de-teia-amarela é uma espécie comum de aranha. Vive nas regiões mais quentes das Américas, podendo ser encontrada da Argentina aos Estados Unidos, o que inclui também o Brasil. Suas grandes dimensões, seu formato exótico e sua bela coloração a tornam distinta entre as demais aranhas. Como é comum nas espécies dos gêneros Trichonephila e Nephila, a fêmea é muitas vezes maior do que o macho.[2]
Aranha-de-teia-amarela | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||
Trichonephila clavipes (Linnaeus, 1767) | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
|
Hábitos
editarAs fêmeas destas aranhas constroem teias enormes, muito bem elaboradas e simétricas, às vezes chegando a 1 metro de diâmetro. Elas as elaboram estrategicamente entre os galhos das árvores, numa altura em que costumam voar insetos, como borboletas, mariposas, gafanhotos, de que essas aranhas se alimentam.
A seda pegajosa de sua teia é conhecida por sua grande resistência[3]. Tamanha resistência faz com que até mesmo pequenos pássaros, em pleno voo, sejam capturados pela teia.[4][5]
No Brasil, estas aranhas são encontradas por toda a Mata Atlântica. Por serem animais peçonhentos, naturalmente, podem picar humanos. Entretanto, não são agressivas, dificilmente abandonam suas teias e a ação de seu veneno não tem importância médica, causando no ser humano apenas vermelhidão e leve dor no local da picada, exceto nos casos em que a vítima é alérgica a este tipo de picada, em que se deve procurar atendimento médico.
Reprodução
editarDurante a época de reprodução, os machos adultos procuram fêmeas e se reúnem em suas teias. Os machos competem pela posição mais próxima à fêmea, com o maior macho assumindo o status do marido. Os machos menores movem-se sobre a periferia da teia. Os machos ganham a vantagem de acasalamento quase exclusivo, e uma vantagem potencial de se alimentar de presas capturadas pela fêmea. Os machos periféricos buscam várias alternativas, mas raramente se acasalam. As fêmeas ocasionalmente alimentam-se dos machos.[6]
Etimologia
editarDo latim clava: cajado, bastão ou chave e Pees: relativo ou pertencente a pés.
A espécie foi batizada por Linnaeus quando este a descreveu em 1767, provavelmente em referência ao aspecto de suas pernas.[7]
Ver também
editarReferências
- ↑ Kuntner, M., Rudolf, E. & Cardoso, P. (2017). «Kuntner, M., Rudolf, E. & Cardoso'». The IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 24 de abril de 2018
- ↑ Página da "Sociedade de Ecologia do Brasil", no artigo: "FENOLOGIA DE NEPHILA CLAVIPES". Acessado em 17 de Agosto de 2011.
- ↑ Cunniff, Philip M.; Fossey, Stephen A.; Auerbach, Margaret A.; Song, John W.; Kaplan, David L.; Adams, W. Wade; Eby, Ronald K.; Mahoney, David; Vezie, Deborah L. (1 de agosto de 1994). «Mechanical and thermal properties of dragline silk from the spider Nephila clavipes». Polymers for Advanced Technologies (em inglês). 5 (8): 401–410. ISSN 1099-1581. doi:10.1002/pat.1994.220050801
- ↑ Revista "Superinteressante", no artigo: "As aranhas, sexo e violência" abaixo do sub-tópico: "A força da fiação". Acessado em 17 de Agosto de 2011.
- ↑ Página do portal de notícias "G1" das Organizações Globo, no artigo: "Aranha venenosa gigante ataca pássaro na Austrália". Acessado em 17 de Agosto de 2011.
- ↑ Christenson, Terry E.; Goist, Kenneth C. (1 de março de 1979). «Costs and benefits of male-male competition in the orb weaving spider, Nephila clavipes». Behavioral Ecology and Sociobiology (em inglês). 5 (1): 87–92. ISSN 0340-5443. doi:10.1007/BF00302697
- ↑ Jaeger, Emund Carroll (1959). A source-book of biological names and terms. [S.l.: s.n.] ISBN 0-398-06179-3