Nervo musculocutâneo

nervo musculocutâneo surge do fascículo lateral do plexo braquial.[1] Suas fibras derivam do quinto, sexto e sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7).

Nervo: Nervo musculocutâneo
Nervos da extremidade superior esquerda. (O musculocutâneo está indicado na parte superior direita)
Latim nervus musculocutaneus
Gray's pág.935
Inerva    compartimento anterior do braço
Ramo do fascículo lateral (C5-C7)
Ramos para nervo cutâneo lateral do antebraço

Este nervo inerva o compartimento anterior do braço e continua seu trajeto quando torna-se o nervo cutâneo lateral do antebraço, agora com funções sensitivas, passando pela face anterior do cotovelo e inerva uma boa parte da pele do antebraço.[2]

Estrutura

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Nervo musculocutâneo
 
Nervo musculocutâneo

Se origina no fascículo lateral do plexo braquial, por trás do peitoral menor e por fora do nervo mediano e da arteria axilar; cruza o tendão da subescapular e alcança a face interna do coracobraquial, onde o perfura (nervo perfurante de Casserius). Ao sair deste músculo, passa obliquamente entre o músculo braquial e o bíceps braquial, e chega logo em seguida ao canal formado pelo supinador e o bíceps. Já na dobradura do cotovelo, perfura a aponeurose superficial tornando-se subcutâneo e se distribui pela pele da face externa do antebraço até o pulso.

No seu percurso pelo braço, ele inerva o coracobraquial, o bíceps braquial e grande parte do braquial.

  • O ramo até o coracobraquial nasce do nervo perto de sua origem e, em alguns casos, como um filamento separado desde o fascículo lateral do plexo; ele deriva do sétimo nervo cervical.
  • Os ramos até o bíceps braquial e o braquial nascem depois que o musculocutâneo perfura o coracobraquial; do abastecimento ao braquial surge um filamento até o cotovelo.
  • O nervo também envia um pequeno ramo até o osso, que entra o forame com uma artéria acompanhante.

Ramos colaterais

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Emite ramos sensitivos e motores; um ramo ósseo, que com a artéria nutrícia penetra o úmero; ramos vasculares destinados às artérias axilar e umeral, e um pequeno ramo articular, para a articulação do cotovelo.

Ramos motores: São destinados à três músculos anteriores do braço. O no coracobraquial, antes de o perfurar, abastece dois ramos , um para a parte superior e outro para a parte inferior do músculo. O nervo do bíceps se desprende do tronco quando este sai do coracobraquial e se divide em dois ramos, uma para a porção larga e outra para a porção curta do bíceps. O nervo do braquial anterior nasce por debaixo do precedente e origina vários ramos, dos quais um descende até a dobradura do cotovelo; todos eles terminam no músculo braquial anterior.

Ramos terminais

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Quando se torna cutâneo, a nível do canal externo da dobradura do cotovelo, se coloca por dentro da veia cefálica mediana e se divide em dois ramos, um anterior e outro posterior.

O ramo anterior descende pela parte de trás da veia cefálica mediana, percorre a parte anterior do antebraço até o punho e emite pequenos ramos cutâneo que vão à pele da parte antera-externa do antebraço; se liga na linha media com os ramos externos do braquial cutâneo interno. Ao nível do pulso, origina o ramo articular de Cruveilhier,que depois de atravessar a aponeurose, alcança a articulação por sua face externa.

O ramo posterior desce pela frente da veia cefálica mediana,percorre pela cara postera-externa do antebraço até a munheca, e acaba na pele correspondente.

Variações

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O nervo musculocutâneo frequentemente apresenta variações.

  1. Ele pode se aderir ao mediano por alguma distancia e então passar ao externo, por baixo do bíceps braquial, ao invés de atravessar o coracobraquial.
  2. Algumas das fibras do mediano podem percorrer alguma distância no musculocutâneo para só então se juntar a sua própria parte; menos frequentemente ocorre o inverso, o mediano envia um ramo para que se una ao musculocutâneo[3].
  3. O nevo pode passar por baixo do coracobraquial ou através do bíceps braquial.
  4. Ocasionalmente ele doa um filamento para o pronador redondo e abastece a superfície dorsal do dedão quando o ramo superficial do nervo radial está ausente.
 Dorsal scapular nerve (rhomboids, levator scapulae)Suprascapular nerve (supraspinatus, infraspinatus)Nervo do músculo subclávio (subclavius)Lateral pectoral nerve (pectoralis major)Musculocutaneous nerve (coracobrachialis, brachialis, biceps brachii)Axillary nerve (deltoid, teres minor)Median nerve (forearm flexors except FCU and ulnar part of FDP, thenar muscles)Ulnar nerve (FCU and ulnar part of FDP, most intrinsic hand musclesNervo cutâneo medial do antebraçoNervo cutâneo medial do braçoRadial nerve (triceps brachii, supinator, anconeus, forearm extensors, brachioradialis)Lower subscapular nerve (lower part of subscapularis, teres major)Thoracodorsal nerve (latissimus dorsi)Medial pectoral nerve (pectoralis major, pectoralis minor)Nervo subscapular superior (upper part of subscapularis)Nervo torácico longo (serratus anterior)Nervo espinhal da coluna cervical 5Nervo espinhal da coluna cervical 6Nervo espinhal da coluna cervical 7Nervo espinhal da coluna cervical 8Primeiro nervo torácico
Ilustração anatômica do plexo braquial identificando as áreas das raízes, troncos, divisões e os cordões. Clique sobre os nomes para acessar os respectivos artigos. Outra imagem de referência aqui.


Relevância clínica

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Apesar de ser raro, o nervo musculocutâneo pode ser afetado pela compressão devida à hipertrofia ou aprisionamento entre a aponeurose do bíceps e a fáscia braquial. Pode também ocorrer lesão por distensão como ocorre em deslocamentos e, às vezes, em cirurgias.

Lesões isoladas causam dificuldade de flexão no cotovelo e supinação do antebraço.

Um distúrbio sensorial discreto está presente no lado radial do antebraço. O reflexo do bíceps também é afetado.

Normalmente o nervo está envolvido na paralisia do plexo braquial superior.

Lesões podem ocorrem na parte anterior ao coracobraquial devido à deslocação ou, aparentemente, à distensão causada por lesões de arremesso.

Mochilas pesadas podem causar dano à parte superior do plexo braquial, essa disfunção pode vir a ser severa ou prolongada com lesões similares às que ocorrem na paralisia de Erb devida a um parto pélvico. Detecção precoce é importante: a combinação de tempo, preocupação em evitar o uso de mochilas e fortalecimento dos músculos dos ombros provavelmente será efetiva.

Do distal ao coracobraquial, a causa mais comum de lesão parece ser levantamento de peso, ou pela compressão devida a hipertrofia ou pelo aprisionamento entre o bíceps e o braquial, o nervo pode ter uma perda indolor de força muscular de flexão e supinação do antebraço. O tratamento inicial deve incluir a preocupação em evitar exercícios como os de rosca bíceps ou outros exercícios de bíceps.

Ligações externas

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Referências

  1. JUNIOR, Remo Farina. EDIPUCRS, ed. Anatomia dos membros. 2003. Porto Alegre: [s.n.] 
  2. MOORE, Keith. Anatomia orientada para clínica. 4ª ed. 2001. Editora Guanabara Koogan. Pg.650.
  3. Guerri-Guttenberg, Roberto A.; Mariana (1 de setembro de 2009). «Classifying musculocutaneous nerve variations». Clinical Anatomy (em inglês). 22 (6): 671–683. ISSN 1098-2353. doi:10.1002/ca.20828