Niketche: Uma História de Poligamia

Niketche. Uma História de Poligamia é um romance publicado em 2002 de autoria da escritora moçambicana Paulina Chiziane.[1] Ganhou o primeiro Prémio José Craveirinha de Literatura instituído pelo AEMO (Associação Escritores Moçambicanos) em 2003, juntamente com Mia Couto.

Niketche: Uma História de Poligamia
Autor(es) Paulina Chiziane
Idioma português
País  Moçambique
Assunto Poligamia
Gênero Romance
Localização espacial Moçambique
Editora Caminho
Formato 21 cm
Lançamento 2002
Páginas 334
ISBN 972-21-1476-X
Edição brasileira
Editora Companhia das Letras
Lançamento 2004
Páginas 337
ISBN 8535904719

O título do livro refere-se a uma dança tradicional praticada no norte de Moçambique. Uma dança que a escritora própria define como a dança do sol e da lua, dança do vento e da chuva (...) que imobiliza o corpo e faz a alma voar (p. 160).

Sinopse

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Escrito depois de Balada de Amor Ao vento, o romance representa e situa-se numa sequência de romances sobre o tema da poligamia. As mulheres protagonistas representam a pluralidade cultural das identidades geográficas de Moçambique enquanto o único protagonista masculino representa a Nação na sua totalidade. Rami é o nome da primeira mulher de Tony. Depois das continuadas ausências do marido, Rami decide investigar a realidade do seu casamento. Começa assim um percurso de desvenda das máscaras que leva ao encontro com as plúrimas realidades regionais de signo feminino em Moçambique.

Perspectiva Feminista

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O romance tem uma clara mensagem para todas as mulheres serem "mais amigas , mais solidárias" para se unirem numa só força e lutar uma batalha comum de independência e de amor justo e leal. No entanto a autora que fala através da voz de Rami, declara abertamente ser contra a poligamia. As mulheres unidas nunca podem ser vencidas. A união que as mulheres representam no livro é a união nacional. Cada mulher tem a sua origem numa diferente área geográfica do pais. As diferenças entre norte e sul estão expressadas ao longo das páginas com um certo tom de rivalidade sobretudo em relação ao homem nação. A solução apresentada no final do livro é uma alternativa feminista ao sistema nacional de tipo patriarcal.

Personagens

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  • Rami (Rosa Maria) - personagem principal, primeira esposa de Tony e a única legalmente casada com ele. É de etnia ronga;
  • Tony (António Tomás) - oficial da Polícia (comandante), possui relações com 6 mulheres e 16 filhos de todas elas;
  • Julieta - segunda "esposa" de Tony;
  • Luísa - terceira "esposa" de Tony. É de etnia sena, possui uma loja de roupa;
  • Saly - quarta "esposa" de Tony. É de etnia maconde;
  • Mauá Salé - quinta "esposa". É de etnia macua, tem uma loja de produtos de higiene e perfumes;
  • Eva - outra amante de Tony;
  • Gaby - outra amante de Tony;
  • Levy - irmão de Tony, fez o kutchinga (cerimónia sexual) de Rami após a "morte" de Tony.

Referências

  1. «"Niketche – Uma História de Poligamia": resumo da obra de Paulina Chiziane». Guia do Estudante. Consultado em 3 de julho de 2023 

Ver também

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Ligações externas

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