Nikolaus von Falkenhorst

Nikolaus von Falkenhorst (Breslávia, 17 de janeiro de 1885Holzminden, 18 de junho de 1968) foi um general alemão que planejou a Operação Weserübung, as invasões da Dinamarca e Noruega em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial. Após a invasão ele se tornou o comandante das tropas alemãs na Noruega entre 1940 e 1944.

Nikolaus von Falkenhorst
Nikolaus von Falkenhorst
Nascimento 17 de janeiro de 1885
Breslávia, Prússia
Morte 18 de junho de 1968 (83 anos)
Holzminden, Baixa Saxônia
Ocupação Oficial e diplomata
Serviço militar
País Império Alemão (até 1918)
Alemanha República de Weimar (até 1933)
Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Serviço Wehrmacht
Anos de serviço 1907-1945
Patente Generaloberst
Conflitos

Primeira Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial

Condecorações Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro

Falkenhorst nasceu em Breslávia na Prússia em uma antiga família de militares silesianos de Jastrzembski. Ele mudou seu nome eslavo para o alemão Falkenhorst ("ninho de falcões") no início de sua carreira militar. Entrou para o Exército Imperial Alemão em 1907 e lutou na Primeira Guerra Mundial. Como membro das Freikorps em 1919, ele foi transferido para o Reichswehr e entre 1925 e 1927 serviu em Divisões Operacionais do Ministério da Guerra.

Falkenhorst foi promovido a brigadeiro em 1 de outubro de 1932 e ganhou o cargo de adido militar, trabalhando em Praga, Belgrado e Bucareste, entre 1933 e 1935. Em 1 de julho de 1935, foi promovido a general comandante e Chefe de Estado Maior do Terceiro Exército e em 1937, passou para tenente-general. Em 1939 ele comandou o XXI Corpo do Exército durante a Invasão da Polônia, passando para o cargo de General de Infantaria.

Em 20 de fevereiro de 1940, Hitler chamou Falkenhorst para comandar uma operação altamente secreta de invasão da Noruega (Operação Weserübung), e pediu um plano até as 17:00 horas daquele mesmo dia. Sem tempo para consultar cartas militares ou mapas, Falkenhorst pegou um guia turístico em seu hotel e foi até o quarto, onde idealizou o ataque com base nos mapas que encontrou no livro.[1] Hitler prontamente aprovou o plano e a ousada operação foi bem-sucedida. A única grande perda alemã foi o cruzador Blücher afundado na baia de Oslofjord.

 
Cruzador "Blücher" entre 1939-1940

Após a invasão e o rechaçamento de uma contra-invasão britânica vinda do norte, Falkenhorst permaneceu na Noruega. Tentando manter a imagem de uma administração civilizada, Falkenhorst ordenou a seus homens que tratassem o povo do país ocupado com cortesia. Numa história ouvida dos dois lados inimigos, conta-se a de uma mulher norueguesa que teria reclamado de um soldado alemão que lhe roubara alguns doces. Na manhã seguinte, ela foi convidada ao posto militar para assistir o homem ser fuzilado.

Falkenhorst foi retirado de seu posto em 18 de dezembro de 1944, por se opôr as políticas de Josef Terboven para a Noruega. Após a guerra, Falkenhorst foi julgado por um tribunal anglo-norueguês por crimes de guerra e condenado à morte em 1946. A sentença foi mais tarde comutada para 20 anos de prisão, após uma apelação bem-sucedida de Sven Hedin.

Falkenhorst deixou a Prisão Werl em 23 de julho de 1953, devido a saúde debilitada. Ele morreu em Holzminden em 1968. Sua filha se casou com o general Erich Dethleffsen.

Condecorações

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Referências

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  1. Francois Kersaudy, Norway 1940, pp. 45-7
  • Fellgiebel, Walther-Peer. Die Träger des Ritterkreuzes des Eisernen Kreuzes 1939-1945. Friedburg, Germany: Podzun-Pallas, 2000. ISBN 3-7909-0284-5.
 
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Cargos militares
Precedido por
ninguém
Comandante da 32ª Divisão de Infantaria (Alemanha)
1 de outubro de 1936 — 19 de julho de 1939
Sucedido por
tenente-general Franz Böhme
Precedido por
ninguém
Comandante do XXI Corpo de Exército (Alemanha)
19 de dezembro de 1940 — 18 de dezembro de 1944
Sucedido por
General de Infantaria Kurt von Tippelskirch