North American F-86 Sabre
F-86 Sabre foi um caça de combate diurno a jato, subsónico, desenvolvido pela empresa North American dos Estados Unidos a partir do final de 1944 e veio a ser um dos caças mais produzidos no mundo Ocidental, no tempo da Guerra fria. Ficou famoso pelo seu envolvimento na Guerra da Coreia, onde defrontou com sucesso o seu principal oponente o MiG-15.
F-86 Sabre | |
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F-86F | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Avião caça transônico, com motor turbojato, monomotor monoplano |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | North American Aviation |
Período de produção | 1949-1956 |
Quantidade produzida | 9.860 |
Custo unitário | US$ 219.457.00 (F-86E) |
Desenvolvido de | North American FJ-1 Fury |
Desenvolvido em | North American FJ-4 Fury North American YF-93 |
Primeiro voo em | 1 de outubro de 1947 (77 anos) |
Introduzido em | 1949 com a USAF |
Aposentado em | 1994, com a Bolívia |
Variantes | CAC Sabre Canadair Sabre North American F-86D Sabre North American FJ-2/-3 Fury |
Tripulação | 1 |
Notas | |
Consultar a secção Especificações |
Apesar de no final de 1950 já não ser um avião de primeira linha, manteve-se no ativo durante mais de quatro décadas até 1994, quando finalmente a Força Aérea da Bolívia o retirou do ativo.
Foi o mais proeminente avião de combate de segunda geração, que incorporou tudo o que de mais desenvolvido tinha sido assimilado pelos projetistas norte-americanos na conceção de aviões a jato e que beneficiou ainda dos avançados conceitos aerodinâmicos desenvolvidos pelos cientistas Alemães no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Foi construído em grandes quantidades nos Estados Unidos, no Canadá, Itália e Japão, em várias das suas versões e variantes e operado por mais de 35 forças aéreas, representando um importante papel na defesa do mundo Ocidental nos primeiros anos da Guerra Fria.
Desenvolvimento
editarNo final de 1944 a North American estava a desenvolver estudos baseados no modelo NA-134, o qual originou o FJ-1 Fury da US Navy, tratava-se de um caça a jato convencional de asa em ângulo reto e propulsionado por uma turbina Allison TG-180. Sensivelmente na mesma data a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos da América encomenda um avião similar, nomeado projeto NA-140 e do qual resultaria o F-86. Após a apresentação da maqueta, a qual foi aprovada, o fabricante propôs a incorporação de uma asa em flecha com um ângulo de 35º, baseada nos estudos efetuados, entretanto capturados, pelos Alemães e que conduziram ao Me-262, os quais demonstravam o incremento da velocidade sem que fosse necessário um grande aumento de potência.[1]
A 1 de outubro de 1947 voou pela primeira vez o protótipo XP-86A, propulsionado por uma turbina General Electric J35-C-3 mas produzida pela Chevrolet, posteriormente reequipado com o mais potente J47-GE-3 e então designado YF-86A, devido a reestruturação das designações atribuídas aos aviões da USAF. Ainda durante a fase de construção dos três protótipos, foram encomendados os primeiros 33 F-86A de produção final de um total faseado que atingiu as 554 unidades, durante a sua construção foram sendo equipados com novas atualizações de motor: J47-GE-3, J47-GE-7, J47-GE-9 e J47-GE-13.[2]
Seguiram-se o F-86E, também um intercetor diurno, com melhorias evidentes no desempenho com a introdução de motores melhorados. O F-86F o mais representativo da serie e o que mais envolvimento e sucesso teve durante o conflito na península Coreana, constituindo-se como o oponente mais capaz do MIG-15. Foi ainda usado como caça-bombardeiro com sucesso, embora não fosse essa a sua vocação, introduziu uma asa otimizada para altitudes elevadas, pela adição de mais 30 cm no comprimento e a utilização de Slats permitiu uma maior estabilidade a baixa altitude e baixa velocidade, necessárias para o bombardeamento e ou ataque ao solo.[3]
Após o final da Guerra da Coreia, surgiu o caça bombardeiro F-86H, equipado com o mais potente motor J75 da General Electric, maior capacidade de combustível, entradas de ar mais largas, trem de aterragem mais resistente, travões aerodinâmicos acionados hidraulicamente, Flaps acionados por energia elétrica e um mecanismo mais fiável de ejeção de cargas externas, canopy em forma de concha similar à usada pelo F-86D. O armamento interno foi também revisto, a partir do 116.º exemplar construído foram introduzidos 2 canhões de M-39 de 20 mm, substituindo as seis metralhadoras de 12,7 mm.[4]
O F-86D começou por ser o F-95A um intercetor para todas as todas as condições meteorológicas de dia e de noite, armado apenas com uma bateria de 24 foguetes de alto explosivo, radar de pesquisa AN/APG-36 e motor com pós combustão J47-GE-17B posteriormente J47-GE-33 e destinava-se a intercetar formações de bombardeiros em penetração pelo espaço aéreo Norte-Americano, se encontra-se caças usava a potência do seu motor para fugir. Por se entender que era mais fácil obter fundos para o seu desenvolvimento, se fosse considerado uma evolução de um projeto já existente e não um novo modelo, foi decidido designa-lo F-86D. O F-86K foi a sua versão de exportação, após a resolução de parte dos problemas mecânicos e de eletrónica de que enfermava.[5]
Cronologia
editarDatas importantes, em modo não exaustivo, no desenvolvimento do F-86 SabreJet.[6][7]
- A North American inicia os estudos de um caça a jato com asa reta, para a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos .
- 18 de Maio de 1945
- Autorização para a construção de três protótipos NA-140/XP-86A
- 20 de junho de 1945
- Aprovada a maqueta do XP-86A
- Aprovada a proposta do fabricante para mudar a asa em ângulo reto para asa em flecha.
- 8 de agosto de 1947
- Sai da fabrica o primeiro protótipo XP-86A 45-59597
- 1 de outubro de 1947
- Primeiro voo do protótipo XP-86A 45-59597.
- 20 de maio de 1948
- Primeiro voo do F-86A de produção final.
- Primeiros F-86A enviados para a Coreia, onde se juntaram à quarta esquadra de caça e interceção (en:4th Fighter Interceptor Wing).
- Dezembro de 1950
- São aceites pela USAF os dois últimos F-86A construídos.
- Primeiro voo do F-86E.
- 17 de dezembro de 1950
- Abatido o primeiro MIG-15 por um F-86.
- Julho de 1951
- Envio do primeiro F-86E para a Coreia.
- 19 de Março de 1952
- Primeiro voo do F-86F
- Primeiro voo do F-86H
- 27 de julho de 1953
- Terminus da Guerra da Coreia
- Agosto de 1958
- Chegam os primeiros F-86F bloco 40 a Portugal
- 1 de outubro de 1961
- Três esquadrões de F-86H dos Estados Unidos são reativados e enviados para a Europa, durante o Bloqueio de Berlim.
- Retirado do ativo o último Sabre nos Estados Unidos, um F-86H Air National Guard do Estado de Nova Iorque
- 31 de julho de 1980
- São retirados do ativo os Sabres portugueses sobreviventes, após o último voo com a duração de uma hora e vinte e cinco minutos, no qual uma parelha de F-86F, n.ºs de cauda 5347 e 5360, sobrevoaram todas as unidades da FAP, pilotados respetivamente pelo Tenente-coronel Victor Silva e Capitão Roda.
- Junho de 1994
- Retirado o último F-86F no ativo em todo o mundo, pertencente à Força Aérea da Bolívia.
Versões
editar- XP-86/XF-86
- Modelo NA-140, originalmente designado XP-86, três protótipos construídos, n.ºs de cauda: 45-59597/59598/59599
- F-86A
- Modelo NA-151, construídos 33 exemplares do bloco A1, n.ºs de cauda: 47-605 a 47-637, a maioria foi usada para testes de evolução, equipados com o motor J47 GE-1.
- Bloco A5 construídas 188 unidades as primeira para uso operacional, n.ºs de cauda: 48-129 a 48-316, para-brisas em forma de V, motor J47 GE-7 e mira de tiro MK18.
- Modelo NA-161 ainda Bloco A5, construídos 333 aviões, n.ºs de cauda: 49-1007 a 49-1339 equipados com motor J47 GE-13, posteriormente revertido para J47 GE-7.
- RF-86A
- Conversão efetuada na Coreia a sete F-86A, n.ºs de cauda: 48-183, 48-187, 48-195, 48-196, 48-217, 48-246, 48-257, para reconhecimento, pela adição de uma câmara fotográfica oblíqua K-11 e duas câmara K-24 com um arranjo de espelhos que permitia fotografia na vertical.
- F-86B
- Modelo NA-152, encomendadas 190 aeronaves, com um ligeiro incremento na fuselagem de modo a poder alojar trens de aterragem maiores. No entanto a evolução na construção de pneus e o avanço tecnológico dos travões, tornou esta modificação desnecessária. Assim a encomenda foi revertida para 188 F-86A e dois F-86C.
- F-86C/YF-93A
- Modelo NA-157 duas células construídas, n.ºs de cauda: 48-317 e 48-318, para competirem no concurso de seleção de um novo caça de penetração. Equipado com o motor J-48 possuíam ainda, duas entradas de ar laterais o que os diferenciava substancialmente do design original, posteriormente foram revertidos para uma só entrada de ar convencional.
- YF-86D
- Modelo NA-164 dois protótipos construídos, n.ºs de cauda: 48-317 e 48-318, Protótipo da versão de interceção em todas as condições meteorológicas de dia e noite por controlo de radar terrestre, com nariz em forma de bolbo para alojar um radar, motor J47 GE-17 com pós combustão, para-brisas em V e sistema de controlo de tiro Hughes E-3.
- F-86D
- Modelo NA-165 construídos 37 exemplares bloco 1, n.ºs de cauda: 50-455 a 50-491, primeira versão de produção com para-brisas plano e traseira redesenhada em relação aos protótipos.
- Bloco 5 construídas 26 unidades, n.ºs de cauda: 50-492 a 50-517, introdução do sistema de controlo de tiro Hughes E-4 que passou a ser padrão para todos os F-86D subsequentes, garrafa de oxigénio adicional para o piloto, painel de instrumentos redesenhado e alternador acionado pelo motor para alimentar o sistema de controlo de tiro.
- Bloco 10 construídos 36 aviões, n.ºs de cauda: 50-518 a 50-553, introduz o regulador de potência sem compensador, uma nova válvula no motor para controlo da pós combustão e uma câmara para filmagem das sequências de tiro implantada na raiz da asa esquerda.
- Bloco 15 construídos 54, n.ºs de cauda: 50-554 a 50-576 e 50-704 a 50-734 mudanças menores.
- Bloco 20 construídos 188, modelo NA-177 n.ºs de cauda: 51-2944 a 51-3131, reposicionamento dos recetores externos de energia e introdução de um sistema anticongelamento do combustível.
- Bloco 25 construídos 88, modelo NA-173 n.ºs de cauda: 51-5857 a 51-5944, introduzida a capacidade de ejetar os depósitos de combustível.
- Bloco 30 construídos 200, modelo NA-173 n.ºs de cauda: 51-5945 a 51-6144, introduzido um sistema automático de aproximação à pista.
- Bloco 35 construídos 350, modelo NA-173 n.ºs de cauda: 51-6145 a 51-6262 e 51-8274 a 51-8505, introduz um novo rádio farol VOR - AN/ARN-14.
- Bloco 40 construídas 300 unidades, modelo NA-190 n.ºs de cauda: 52-3598 a 52-3897, retirada a câmara na raiz da asa esquerda exceto nos 52-3598 a 52-3847, introduz o novo recetor AN/ARN-18.
- Bloco 45 construídos 300 exemplares, modelo NA-190 n.ºs de cauda: 52-3898 a 52-4197, os primeiros 238 foram equipados com o motor J47-GE-17B, primeiro modelo a adotar a travagem por paraquedas como padrão.
- Bloco 50 construídas 301, células modelo NA-190 n.ºs de cauda: 52-4198 a 52-4304 e 52-9983 a 52-10176 , mudanças menores.
- Bloco 55 construídos 225, modelo NA-201 n.ºs de cauda: 53-557 a 53-781, novo rádio em banda UHF AN/ARC-34, abertura automática dos cintos e segurança após ejeção.
- Bloco 60 construídos 399, modelo NA-201 n.ºs de cauda: 53-782 a 53-1071, 53-3675 a 53-3710 e 53-4018 a 53-4090, modificadas as fixações das asas e preparação para o novo identificador IFF AN/APX-25.
- F-86E
- Bloco 1 construídos 60, modelo NA-170 n.ºs de cauda: 50-579 a 50-638.
- Bloco 5 construídos 51, modelo NA-170 n.ºs de cauda: 50-639 a 50-689
- Bloco 10 construídos 132, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-2718 a 51-2849, convertidos para F-86F com motor J47 GE-13
- Bloco 15 construídos 93, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-12977 a 51-13069, convertidos para F-86F com motor J47 GE-13
- QF-86E
- Canadair Sabres Mk5 e Mk6 convertidos para aviões alvo sem piloto.
- F-86F
- Bloco 1 construídos 78, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-2850 a 51-2927, equipados com motor J47-GE-27 .
- Bloco 5 construídos 16, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-2928 a 51-2943, capacitados para transportar dois depósitos de 760 lt em alternativa aos originais de 460 lt.
- Bloco 10 construídos 34, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-12936 a 51-12969, atualização da mira de tiro.
- Bloco 15 construídos 7, modelo NA-172 n.ºs de cauda: 51-12970 a 51-12976, reposicionamento de alguns sistemas, para aumentar a tolerância aos danos de combate.
- Bloco 20 construídos 100, modelo NA-176 n.ºs de cauda: 51-13070 a 51-13169, atualização do rádio em banda VHF AN/ARC-33.
- Bloco 25 construídos 341, modelo NA-176 n.ºs de cauda: 51-13170 a 51-13510.
- Bloco 25 construídos 259, modelo NA-193 n.ºs de cauda: 52-5272 a 52-5530.
- Bloco 30 construídos 859, modelo NA-191 n.ºs de cauda: 52-4305 a 52-5163
- Bloco 35 construídos 108, modelo NA-191 n.ºs de cauda: 52-5164 a 52-5271, caça-bombardeiro com capacidade nuclear, novo sistema que permite bombardeio de baixa altitude, rearranjo do painel de instrumentos.
- Bloco 35 construídos 157, modelo NA-202 n.ºs de cauda: 53-1072 a 53-1228
- Bloco 40 construídos 280, modelo NA-227 n.ºs de cauda: 55-3816 a 55-4030 e 55-4983 a 55-5047 versão de exportação para o Japão, Tunísia, Paquistão. Espanha, Taiwan e Coreia do Sul extensão da ponta das asas em 30 cm
- Bloco 40 construídos 300, modelo NA-231, NA-238 e NA-256 n.ºs de cauda: 55-5048 to 55-5117, 56-2773 to 56-2882 e 57-6338 to 57-6457 respetivamente, pela Mitsubishi no Japão para a Força Aérea de Autodefesa do Japão.
- QF-86F
- Aviões alvo sem piloto convertidos de F-86F bloco 40 para exportação
- RF-86F
- Conversão de 26 F-86F no teatro de operações da Coreia, para a função de reconhecimento fotográfico. Foram ainda convertidos mais 18 unidades para Força Aérea de Autodefesa do Japão.
- F-86J
- Conversão do F-86A 49-1069, para teste do motor Orenda-
- F-86K
- Modelo NA-231, 50 unidades construídas pela FIAT Aviazione para a Força Aérea Italiana n.ºs de cauda MM6185 a MM6234, equipado com quatro canhões M-39 de 20 mm.
- Modelo NA-213, 120 exemplares construídos n.ºs de cauda 54-1231 a 54-1350, para a Noruega e Países Baixos.
- Modelo NA-221, 70 construídos pela FIAT Aviazione n.ºs de cauda: 55-4811 a 55-4880, para a Força Aérea Italiana e Francesa.
- Modelo NA-232, 56 construídos pela FIAT Aviazione n.ºs de cauda: 55-4881 a 55-4936, para a Luftwaffe, França e Países Baixos.
- Modelo NA-242, 50 construídos pela FIAT Aviazione n.ºs de cauda: 56-4116 a 56-4160, com asas do F-86F-40 para a Luftwaffe.
- F-86L
- Nenhum construído, conversões devido aos inúmeros problemas mecânicos e de manutenção apresentados pela frota de F-86D, similar ao F-86K de exportação.
Variantes
editar- CA-26/27 Sabre
- Versão fabricada sob licença pela CAC (Commonwealth Aircraft Corporation) para Real Força Aérea Australiana com motor Rolls-Royce Avon Mk20, construídos dois protótipos CA-26, CA-27 e de produção final: 22 CA-27 Mk 30 e 20 CA-27 Mk 31 posteriormente elevados ao padrão CA-27 Mk 32, com motor Rolls-Royce Avon Mk26, dos quais foram construídos 69 exemplares.
- CL-13A Sabre Mk 1
- Apenas um construído, com peças na sua maioria enviadas dos Estados Unidos, protótipo equipado com o motor J47-GE-13 o n.º de cauda 19101.
- CL-13A Sabre Mk 2
- Primeira versão de produção, basicamente era o equivalente Canadiano do F-86E, um total de 350 foram construídos para a RCAF, n.ºs de cauda: 19102 a 19199 e 19201 a 19452.
- CL-13A Sabre Mk 3
- Construído um protótipo para testes e evolução do motor de construção Canadiana Orenda.
- CL-13A Sabre Mk 4
- Versão destinada a receber o motor Orenda o que não viria a acontecer por atraso no desenvolvimento do mesmo, equipado com o J47-GE-13 ficou muito similar ao Mk 2, construídas 438 unidades com os n.ºs de cauda 19453 a 19890.
- CL-13A Sabre Mk 5
- A primeira versão de produção com o motor de construção Canadiana Orenda 10, introdução de extensões das asas como o F-86F bloco 30, construídos um total de 370 unidades n.s de cauda 23001 a 23370.
- CL-13B Sabre Mk 6
- A última e mais potente versão de produção Canadiana, com motor Orenda 14, com uma impulsão de 3 300 Kgf. Construídas 647 aeronaves para a RCAF e para exportação. Foi directamente substituído pelo CF-104 Starfighter e deixou definitivamente o ativo ao serviço do Canadá a 9 de dezembro de 1968.
Variantes Navais
editar- FJ-1 Fury
- Primeiro jato ao serviço da US Navy, modelo NA-135, com asas em ângulo recto, 30 unidades construídas.
- FJ-2 Fury
- Versão caça-bombardeiro monolugar com motor J47-GE-2, 200 aviões construídos.
- FJ-3 Fury
- Versão caça-bombardeiro monolugar com motor Wright J65-W-4, 344 aeronaves construídas.
- FJ-3M Fury
- Versão melhorada do FJ-3, com capacidade para transporte e disparo do míssil ar-ar AIM-9 Sidewinder, construídas 194 unidades.
- FJ-4 Fury
- Versão caça-bombardeiro monolugar com motor Wright J65-W-16A, construídos 150 exemplares.
- Versão de ataque e apoio aéreo próximo, com seis suportes por debaixo das asas para transporte de armamento, construídos 222 exemplares.
Produção
editarSabres de fabrico North American | |||||||||
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XP-86 | F-86A | XF-93A | F-86D | F-86E | F-86F | TF-86F | RF-86F | F-86H | F-86K |
3 | 554 | 2 | 2 506 | 404 | 2 488 | 2 | 8 | 473 | 341 |
Sub Total = 6 781 | |||||||||
Sabres de fabrico Canadair | |||||||||
Mark 1 | Mark 2 | Mark 3 | Mark 4 | Mark 5 | Mark 6 | ||||
1 | 350 | 1 | 438 | 370 | 647 | ||||
Sub Total = 1 807 | |||||||||
Sabres de fabrico Australiano (Commonwealth) | |||||||||
CA-26 | CA-27 Mk 30 | CA-27 Mk 31 | CA-27 Mk 32 | ||||||
1 | 22 | 20 | 69 | ||||||
Sub Total = 112 | |||||||||
Total de Sabres = 8 700 | |||||||||
Variantes navais FJ-Fury | |||||||||
FJ-2 | FJ-3 | FJ-3M | XFJ-4 | FJ-4 | FJ-4B | ||||
200 | 344 | 194 | 2 | 150 | 222 | ||||
Total de FJ-Fury = 1 112 | |||||||||
Total todas as versões e variantes (F-86 e FJ-Fury) = 9 812 |
Custos de produção
editarF-86A | F-86D | F-86E | F-86F | F-86H | F-86K | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fuselagem | 101 528 | 191 313 | 145 326 | 140 082 | 316 360 | 334 633 |
Motor | 52 971 | 75 036 | 39 990 | 44 664 | 214 612 | 71 474 |
Electrónica | 7 576 | 7 058 | 6 358 | 5 649 | 6 831 | 10 354 |
Armamento | 16 333 | 69 986 | 23 645 | 17 669 | 27 573 | 20 135 |
Carga externa | 419 | 4 138 | 3 047 | 17 117 | 4 761 | |
Totais | 178 408 | 343 812 | 219 457 | 211 111 | 582 493 | 441 357 |
Programa de desenvolvimento inicial (total) | 4 707 802 | |||||
Custo de manut. p/hora de voo | 135 | 451 | 187 |
Utilizadores
editarEnvolvimento operacional
editar- Guerra da Coreia (MiG Alley)
- No início apenas 15 dos 19 F-86A enviados para a Coreia de modo apressado tinham adquirido capacidade de combate, iniciaram as operações de patrulha no dia 16 de Dezembro de 1950 e no dia seguinte conseguiram a primeira vitória em combate ar-ar. Nos seis meses de operações até Junho de 1951, os F-86A da quarta esquadra de caça e intercepção (en:4th Fighter Interceptor Wing). obtiveram um total de 40 MIG-15, 71 danificados[nota 1] e provavelmente mais seis destruídos, contra apenas sete F-86A perdidos, um dos quais resultante de acidente operacional.[15]
- Largamente ultrapassados em quantidade pelo inimigo, os F-86E em serviço na Coreia integrados na quarta esquadra de caça e intercepção (en:4th Fighter Interceptor Wing) e na quinquagésima primeira esquadra de caça e intercepção (en:51st Fighter Interceptor Wing) desde Julho de 1950 e lutando também contra uma crónica falta de abastecimentos que afectavam duramente a operacionalidade e prontidão dos aviões, conseguiram mesmo assim 83 vitórias contra, contra apenas seis F-86E perdidos.[16]
- Os primeiros F-86F utilizados na Coreia apesar da maior potência do seu motor, tinham uma performance semelhante ao F-86E, contudo com as atualizações decorrentes do seu emprego operacional, demonstrou claramente a sua superioridade de tal modo que em Março de 1953 os F-86E foram retirados da linha da frente. No final do conflito o F-86 na generalidade e o F-86F em particular conseguiram uma relação de 14 vitórias contra cada F-86 perdido.[nota 2] Elogios vindos da quinta força aérea Americana (en:fifth Air Force), afirmavam que o F-86F foi sem margem para dúvidas o melhor caça-bombardeiro em operação na Coreia, constituindo-se como uma plataforma muito estável para tiro ar-ar bem como para bombardeamento de baixa altitude, tendo ainda um comportamento aerodinâmico muito bom, em altitudes acima dos 9 000 metros com carga externa.[17]
- Guerra Indo-Paquistanesa 1965 e 2ª Guerra Indo-Paquistanesa 1971
- O Paquistão recebeu 120 F-86F a partir de 1954 os quais no início do primeiro conflito com a duração de 22 dias, estavam com a operacionalidade bastante reduzida, por falta de peças de substituição, com origem no embargo Norte-Americano. Mesmo assim e já não sendo um caça de primeira linha, numa época em que a regra era a existência de caças da classe mach 2, teve um comportamento meritório tanto no combate ar-ar como no ataque ao solo obtendo mais vitórias do que perdas.[18]
- Em 1971 durante o segundo conflito com a Índia, os F-86F Paquistaneses voltaram a ser utilizados, acompanhados por Sabres Mk.6 de fabrico Canadiano, ex Luftwaffe obtidos de modo não oficial via Irão, exercendo o maior esforço contra antagonistas como: o MiG-21 e o Sukhoi Su-7.[19]
O F-86 na Força Aérea Portuguesa
editarOs primeiros anos
editarEm 1955 durante as negociações para a renovação do acordo de cedência da Base Aérea das Lajes aos Estados Unidos, foram solicitados mais aviões F-84G para complementar as 50 unidades a operarem na Base Aérea n.º 2 na Ota, a resposta foi afirmativa e foi ainda proposto o fornecimento do F-86E para constituírem duas esquadras, com a condição de uma das esquadras ficar operar na Base Aérea das Lajes nos Açores.[nota 3]
Com a assinatura do acordo em Novembro de 1957, foi criada a esquadra 50 em Fevereiro de 1958, sob o comando do Major Moura Pinto,[nota 4] interinamente a operar na Base Aérea n.º 2 na Ota até à inauguração da futura Base Aérea n.º 5 em Monte Real. Os primeiros F-86 começaram a chegar a partir de Agosto de 1958, provenientes dos stocks da USAF. No entanto os 65 aviões fornecidos foram na totalidade do modelo "F" bloco 35 e não do modelo "E" como acordado originalmente, foram elevados ao padrão F-86F bloco 40, com capacidade de transporte e disparo do míssil AIM-9B Sidewinder, os quais foram adquiridos em 1962.[20]
No dia 4 de Outubro de 1959 a Base Aérea n.º 5 em Monte Real ficou operacional e até Dezembro toda a logística e todos os F-86 finalizaram a mudança, onde ficaram a operar na esquadra 51,[nota 5] "Falcões" e na recém criada esquadra 52 "Galos", ambas integradas no grupo operacional 501. Devido à necessidade de assegurar compromissos com a segurança dos territórios em África a esquadra 52 "Galos" foi desativada a 12 de junho de 1961, os seus pilotos atribuídos a outras tarefas e os seus aviões integrados na esquadra 51.[21]
Envolvimento em África
editarA 9 de Julho de 1961 oito F-86F, com os n.ºs de cauda 5307, 5314, 5322, 5326, 5354, 5356, 5361, 5362, iniciaram uma viagem de 3 800 Km o equivalente a seis horas e dez minutos de voo, um recorde para Força Aérea Portuguesa ao tempo, que os levou até Bissalanca, à época um aeródromo junto a Bissau na Guiné Portuguesa, atual Guiné-Bissau, constituindo o destacamento 52. A missão que ficou conhecida pelo nome de código Atlas, foi comandada pelo Major Ramiro de Almeida Santos e era suposto ficarem no terreno apenas 8 dias, fazendo uma demonstração de força, no sentido de evitar acontecimentos semelhantes aos verificados meses antes na então província de Angola e nos quais foram chacinados várias centenas de colonos e nativos.[nota 6][22]
No entanto com o agravar da situação em Angola e com o início das movimentações dos guerrilheiros do PAIGC, os F-86 foram ficando, mas apenas entraram em operações de combate no verão de 1963, quando a parte sul da colónia teve que ser evacuada, devido a intensa atividade da guerrilha. Entre agosto de 1963 e outubro de 1964, os F-86 voaram 577 missões a maioria das quais de ataque ao solo ou apoio aéreo próximo. Dos oito aviões destacados, sete foram atingidos por fogo inimigo, mas sempre conseguiram regressar. Dois foram destruídos, o 5314 a 17 de Agosto de 1962 numa aterragem de emergência, ainda com as bombas nos suportes de fixação externos e o 5322 a 31 de maio de 1963 abatido por fogo antiaéreo inimigo. Em ambos os casos os pilotos foram recuperados de imediato com vida.
Fortes pressões políticas exercidas pala Administração Norte-Americana, inviabilizaram a continuação da operação e ditaram o regresso dos Sabres a Portugal, já que os mesmos tinham sido fornecidos no âmbito da NATO e destinavam-se à proteção do seu flanco sul. A última missão operacional, aconteceu a 20 de Outubro de 1964 e foi protagonizada pelo Major Barbeitos de Sousa, após a qual o destacamento 52 foi dissolvido, passando as suas missões a serem asseguradas pelos Fiat G.91/R4 e North-American T-6 Havard.[22]
Fase final
editarApós a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974, a Força Aérea Portuguesa passou por momentos difíceis, com a sabotagem e destruição de várias aeronaves, o abandono da maioria dos aviões nas ex-províncias ultramarinas, a falta de peças e ausência de manutenção a indisciplina, deficiente cadeia de comando ou ausência da mesma, aliada à instabilidade associada ao Processo Revolucionário em Curso. Apesar de estarem totalmente desatualizados, perto do final da década apenas seis F-86 se encontravam em condições de voo, finalmente a 31 de julho de 1980 são retirados do ativo, após o último voo, o voo da despedida com a duração de 1h25m, no qual uma parelha de F-86, n.ºs de cauda 5347 e 5360, sobrevoaram todas as unidades da FAP, pilotados respetivamente pelo tenente-coronel Victor Silva e capitão Roda.[nota 7][23]
Versão construída |
USAF | FAP | Entregue FAP |
Retirado em |
Notas |
---|---|---|---|---|---|
F-86F-35 | 52-5168 | 5301 | 22 de janeiro de 1959 | Jan 1978 | Exposto na porta de armas da BA 5 |
F-86F-35 | 52-5169 | 5302 | 18 de março de 1959 | Jun 1967 | Transferido p/ as OGMA p/ treino de manutenção |
F-86F-35 | 52-5171 | 5303 | 22 de janeiro de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/sucata no DGMFA
[nota 8] em 1977 |
F-86F-35 | 52-5176 | 5304 | 22 de janeiro de 1959 | Maio 1960 | |
F-86F-35 | 52-5178 | 5305 | 18 de março de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5179 | 5306 | 19 de março de 1959 | Mar 1965 | |
F-86F-35 | 52-5180 | 5307 | 19 de março de 1959 | 1978 | Em exposição no Soesterberg Militaire Luchtvaart Museum, Países Baixos, com a matríicula FU-385 (52-5385) |
F-86F-35 | 52-5183 | 5308 | 19 de março de 1959 | Jan 1977 | Destruído em acidente a 13 de janeiro de 1977. S. Pedro de Muel[nota 9] |
F-86F-35 | 52-5189 | 5309 | 19 de julho de 1960 | Out 1961 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado para sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5194 | 5310 | 19 de julho de 1960 | Ago 1975 | Enviado para sucata em 1995 (palhais)[nota 10] |
F-86F-35 | 52-5206 | 5311 | 22 de janeiro de 1959 | Jul 1961 | |
F-86F-35 | 52-5207 | 5312 | 22 de janeiro de 1959 | Out 1962 | Destruído em acidente 23 de outubro de 1962 |
F-86F-35 | 52-5208 | 5313 | 22 de janeiro de 1959 | Fev 1965 | |
F-86F-35 | 52-5210 | 5314 | 19 de março de 1959 | Ago 1962 | Destruído em acidente em 17 de agosto 1962, Bissau (Guiné) durante a aterragem |
F-86F-35 | 52-5240 | 5315 | 22 de janeiro de 1959 | Fev 1966 | |
F-86F-35 | 52-5242 | 5316 | 22 de janeiro de 1959 | Jul 1980 | Oferecido ao Museu do Ar de Bruxelas (Bélgica) |
F-86F-35 | 52-5243 | 5317 | 22 de janeiro de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5254 | 5318 | 19 de março de 1959 | Fev 1966 | |
F-86F-35 | 52-5262 | 5319 | 22 de janeiro de 1959 | Dez 1977 | Exposto no polo do Museu do Ar, em Alverca do Ribatejo |
F-86F-35 | 52-5268 | 5320 | 22 de janeiro de 1959 | Abr 1980 | Preservado na BA 5 Monte Real, pertence ao museu do ar[nota 11] |
F-86F-35 | 53-1090 | 5321 | 22 de janeiro de 1959 | Ago 1975 | Enviado para sucata em 1977, visto em 1996 na sucata em Palhais |
F-86F-35 | 53-1097 | 5322 | 22 de janeiro de 1959 | Maio 1963 | Abatido por fogo antiaéreo na Guiné em 31 de maio de 1963[nota 12] |
F-86F-35 | 53-1154 | 5323 | 22 de janeiro de 1959 | Nov 1960 | Destruído em acidente, 14 de novembro de 1960 em Ansião[nota 13] |
F-86F-35 | 53-1209 | 5324 | 22 de janeiro de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1213 | 5325 | 22 de janeiro de 1959 | Jun 1960 | Destruído em acidente, 1 de junho de 1960 em Carvide[nota 14] |
F-86F-35 | 52-5170 | 5326 | 22 de janeiro de 1959 | Jan 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado para sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5181 | 5327 | 22 de janeiro de 1959 | Jul 1975 | Enviado p/ sucata em 1977, visto em 1996 na sucata em Palhais |
F-86F-35 | 52-5182 | 5328 | 22 de janeiro de 1959 | Jan 1975 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5201 | 5329 | 4 de março de 1959 | Set 1974 | Usado na BA 5 Monte Real, para treino da brigada de bombeiros |
F-86F-35 | 52-5205 | 5330 | 4 de março de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1144 | 5331 | 4 de março de 1959 | Fev 1965 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1225 | 5332 | 4 de março de 1959 | ? | |
F-86F-35 | 52-5184 | 5333 | 19 de julho de 1960 | Abr 1980 | Preservado, pertence ao Museu do Ar |
F-86F-35 | 52-5185 | 5334 | 19 de julho de 1960 | Dez 1966 | |
F-86F-35 | 52-5197 | 5335 | 19 de julho de 1960 | Maio 1978 | Visto em 1996 na sucata em Palhais |
F-86F-35 | 52-5198 | 5336 | Exemplo | Jul 1965 | Enviado para as OGMA, posteriormente para a sucata DGMFA |
F-86F-35 | 52-5199 | 5337 | 19 de julho de 1960 | Jun 1980 | Armazenado BA 2 Ota, pertence ao museu do ar |
F-86F-35 | 52-5204 | 5338 | 19 de julho de 1960 | ? | Armazenado BA 2 Ota, pertence ao Museu do Ar |
F-86F-35 | 52-5220 | 5339 | 19 de julho de 1960 | Jan 1978 | Visto em 1996 na sucata em Palhais |
F-86F-35 | 52-5221 | 5340 | 19 de julho de 1960 | Out 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5252 | 5341 | 19 de julho de 1960 | Jul 1975 | Sucata em 1976 em Alverca DGMFA, visto na sucata em Palhais em 1996 |
F-86F-35 | 52-5263 | 5342 | 19 de julho de 1960 | Abr 1974 | Destruído em acidente a 4 de junho 1974 |
F-86F-35 | 52-5265 | 5343 | 19 de julho de 1960 | ? | ? (destruído em acidente) |
F-86F | ? | 5344 | ? | ? | ?[nota 15] |
F-86F-35 | 52-5271 | 5345 | 19 de julho de 1960 | Mar 1962 | Destruído em acidente a 14 Março 1962 |
F-86F-35 | 53-1073 | 5346 | Jan 1960 | Maio 1966 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1083 | 5347 | 19 de julho de 1960 | Jul 1980 | Armazenado na BA 11 em Beja, pertence ao museu do ar |
F-86F-35 | 53-1092 | 5348 | 19 de julho de 1960 | Maio 1966 | Destruído em acidente em 24 de Maio 1966 |
F-86F-35 | 53-1100 | 5349 | 19 de julho de 1960 | Fev 1966 | |
F-86F-35 | 53-1110 | 5350 | 19 de julho de 1960 | Nov 1978 | Sucata em Palhais |
F-86F-35 | 53-1115 | 5351 | 19 de julho de 1960 | Jun 1964 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado para sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1116 | 5352 | 19 de julho de 1960 | Out 1966 | |
F-86F-35 | 53-1134 | 5353 | 1960 | Jun 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado para sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1136 | 5354 | 19 de julho de 1960 | Dez 1978 | Sucata em palhais |
F-86F-35 | 53-1152 | 5355 | 1960 | Fev 1961 | Destruído em acidente a 20 de fevereiro de 1961 |
F-86F-35 | 53-1156 | 5356 | 1960 | Abr 1965 | Destruído em acidente 1 de abril de 1965 |
F-86F-35 | 53-1164 | 5357 | 19 de julho de 1960 | Ago 1975 | Sucata em Palhais |
F-86F-35 | 53-1170 | 5358 | 19 de julho de 1960 | Set 1966 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1188 | 5359 | 19 de julho de 1960 | Abr 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 53-1190 | 5360 | 20 de julho de 1960 | Jul 1980 | Armazenado no DGMFA em Alverca, pertence ao museu do ar |
F-86F-35 | 53-1204 | 5361 | 20 de julho de 1960 | Abr 1980 | Armazenado na BA 1 Sintra, pertence ao museu do ar |
F-86F-35 | 53-1223 | 5362 | 19 de julho de 1960 | Dez 1970 | Destruído em acidente a 16 de Dezembro 1970 em Alcochete[nota 16] |
F-86F-35 | 53-1224 | 5363 | 20 de julho de 1960 | Jul 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-30 | 52-5083 | 5364 | 20 de novembro de 1961 | Abr 1978 | Sucata em Palhais |
F-86F-30 | 52-5084 | 5365 | 6 de dezembro de 1961 | Jan 1967 | Armazenado na BA 2 na Ota, enviado p/ sucata no DGMFA em 1977 |
F-86F-35 | 52-5237 | 10/68 | Fornecido para providenciar peças de substituição, não foi atribuído n.º de cauda (adquirido à Noruega) | ||
F-86F-35 | 53-1111 | 10/68 | Fornecido para providenciar peças de substituição, não foi atribuído n.º de cauda (adquirido à Noruega) | ||
F-86F-35 | 53-1133 | 10/68 | Fornecido para providenciar peças de substituição, não foi atribuído n.º de cauda (adquirido à Noruega) |
Especificações
editarF-86A | F-86D | F-86F | F-86H | FJ-4 Fury | CL-Sabre Mk 6 |
CA-27 Sabre Mk32 | |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Envergadura | 11,31m | 11,31m | 11,31m | 11,92m | 11,91m | 11,92m | 11,92m |
Área alar | 26,76m² | 26,76m² | 26,76m² | 29,11m² | 31,46m² | 29,11m² | 29,11m² |
Comprimento | 11,43m | 12,27m | 11,44m | 11,44m | 11,07m | 11,43m | 11,43m |
Altura | 4,50m | 4,57m | 4,50m | 4,50m | 4,24m | 4,50m | 4,39m |
Peso vazio | 4 780Kg | 6 130Kg | 4 940Kg | 4 940Kg | 5 990Kg | 4 820Kg | 5 500Kg |
Peso máx. descol. | 8 240Kg | 9 230Kg | 9 230Kg | 9 130Kg | 6 630Kg | 7 260Kg | |
Corrida p/ descol. | 750m | 1 250m | 1 372m | ||||
Velocidade máx. | 965kmh | 990kmh | 965kmh | 995kmh | 1 020kmh | 1 000kmh | 980kmh |
Tecto de serviço | 14 600m | 16 900m | 14 600m | 15 500m | 14 300m | 16 800m | |
Rel. de subida | 3 380m/mn | 1 830m/mn | 1 920m/mn | 2 030m/mn | |||
Raio operacional | 530Km | 380Km | 410Km | 560Km | |||
Alcance | 890Km | 1 490Km | 1 680Km | 2 390Km | 2 410Km | 1 850Km |
Motores
editar- F-86A
- F-86D
- F-86F
- F-86AH
- Canadair Sabre Mk 6
- CA-27 Mk32 Sabre
Armamento
editar- F-86A
- Seis metralhadoras Browning .50 (12,7 mm)
- Bombas de queda livre ou foguetes até a um máximo de 2 400 Kg incluindo dois depósitos de 760 lt de combustível cada.
- F-86D
- 24 foguetes alto explosivo de 70 mm
- F-86F
- Seis metralhadoras Browning .50 (12,7 mm)
- Bombas de queda livre ou foguetes até a um máximo de 2 400 Kg incluindo dois depósitos de 760 lt de combustível cada. Posteriormente foram habilitados a transportar e disparar o míssil AIM-9 Sidewinder, a partir do momento em que ficou disponível.
- F-86H
- Seis metralhadoras Browning .50 (12,7 mm)
- Quatro canhões M-39 de 20 mm com início no centésimo décimo sexto exemplar produzido, substituindo as Browning .50
- Bombas de queda livre ou foguetes até a um máximo de 2 400 Kg incluindo dois depósitos de 760 lt de combustível cada.
- Canadair Sabre Mk 6
- Seis metralhadoras Browning .50 (12,7 mm)
- Bombas de queda livre ou foguetes até a um máximo de 2 400 Kg incluindo dois depósitos de 760 lt de combustível cada.
- CA-27 Mk32 Sabre
Ver também
editarNotas
editar- ↑ O que demonstra a principal fragilidade do F-86 em relação ao seu principal oponente, e que era uma das principais queixas dos pilotos Norte-Americanos, A falta de potência de tiro do armamento interno do F-86 Sabre
- ↑ Esta relação de vitórias contra perdas não é muito fiável, existem numerosas versões mais ou menos consoante o seu autor, a nível oficial estima~se que a relação seja 7/8 contra 1. Segundo informação/fontes (propaganda?) da ex URSS a relação está invertida.
- ↑ O que nunca veio a acontecer.
- ↑ Foi o primeiro Português a quebrar a barreira do som.
- ↑ Uma reorganização na numeração das esquadras veio alterar a esquadra 50 para 51. No sentido de evitar confusões nunca mais uma esquadra na FAP, terminou a sua designação com o algarismo zero.
- ↑ Estes massacres foram o início oficial da Guerra do Ultramar ou guerra de Independência, conforme o lado beligerante.
- ↑ Voo que este editor assistiu ao vivo, já que nessa data prestava serviço na Esquadra 11 em Montejunto, atual estação de radar n.º 3
- ↑ Acrónimo de Depósito Geral de Material da Força Aérea, em Alverca arredores de Lisboa
- ↑ Neste acidente perdeu a vida o piloto, Major Nazário Rodrigues.
- ↑ Apesar de inúmeras tentativas, não foi possível localizar a sucata em Palhais. Existe uma localidade de nome Palhais, a sul de Lisboa entre o Barreiro e a Base Aérea do Montijo e outra a noroeste de Lisboa, a cerca de 80 km da Base Aérea de Sintra. No entanto, todas as fontes referem a sucata em Palhais||
- ↑ Em 1987 esteve armazenado nas instalações do museu do ar em Alverca, aguardando uma possível "troca" com outros museus.
- ↑ O piloto ejetou-se em segurança e foi recuperado de imediato
- ↑ O piloto Alferes Correia Barros, não sobreviveu
- ↑ O piloto 2º Sargento Conceição Vitorino, não sobreviveu
- ↑ Nos registos oficiais da North American, não existe qualquer n.º de construção, que tenha sido transferido para Portugal e atribuído o n.º de cauda 5344. O mesmo sucede com os serial numbers da USAF. Em Portugal até onde foi possível verificar não existem referências ao F-86 5344, no entanto o n.º de cauda foi atribuído, (só não se sabe a que avião...)
- ↑ Neste acidente perdeu a vida o piloto, Capitão Amilcar Barbosa.
Referências
- ↑ Lloyd S. Jones (1975). U.S. Fighters: Army - Air Force 1925 to 1980s. [S.l.]: Aero Publishers. 225 páginas. ISBN 0816892016
- ↑ Marcelle Knaack. Encyclopedia of US Air Force Aircraft and Missile Systems, Volume 1. [S.l.]: U.S. Government Print,. pp. 53 e 54. ASIN B000K7QIV8 Texto "1978" ignorado (ajuda)
- ↑ Lloyd S. Jones (1975). U.S. Fighters: Army - Air Force 1925 to 1980s. [S.l.]: Aero Publishers. 228 páginas. ISBN 0816892016
- ↑ Kris Hughes & Walter Dranem (1996). North American F-86 Sabre Jet Day Fighters. [S.l.]: Specialty Press publishers. pp. 87 a 89. ISBN 0933424663
- ↑ Joe Baugher (Setembro de 1999). «North American F-86D Sabre». Consultado em 1 de Fevereiro de 2011
- ↑ Kris Hughes & Walter Dranem (1996). North American F-86 Sabre Jet Day Fighters. [S.l.]: Specialty Press publishers. 99 páginas. ISBN 0933424663
- ↑ a b Marcelle Knaack. Encyclopedia of US Air Force Aircraft and Missile Systems, Volume 1. [S.l.]: U.S. Government Print,. pp. 52 a 81. ASIN B000K7QIV8 Texto "1978" ignorado (ajuda)
- ↑ Gerhard Joos (1967). The Canadair Sabre. [S.l.]: Profile publications. 10 páginas. ASIN B0007KBU3O
- ↑ FJ Fury in Action, Jim Mesko, Joe Sewell, Squadron/Signal Publications Inc, 1990, ISBN 0897472454
- ↑ Encyclopedia of US Air Force Aircraft and Missile Systems, Volume 1, Marcelle Knaack, U.S. Government Print, pp. 52 a 81, 1978, ASIN B000K7QIV8
- ↑ a b North-American F86 Sabre In Action, Larry Davis, Squadron/Signal Publications, 1992, ISBN 0897472829
- ↑ a b F-86 Sabres of the 4th Fighter Interceptor Wing, Warren E. Thompson, Osprey Publishing Ltd, 2002, ISBN 1841762873
- ↑ a b Modern Fighter Aircraft, Francis Corosby, Southwater Publishers, 2004, ISBN 1842159917
- ↑ Marcelle Knaack (1978). Encyclopedia of US Air Force Aircraft and Missile Systems, Volume 1. [S.l.]: U.S. Government Print. pp. 52 a 79. ASIN B000K7QIV8
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