Nossa Senhora da Conceição (nau de 1701)
A Nossa Senhora da Conceição foi uma nau de linha de 80 peças da Marinha Portuguesa, lançada ao mar em Lisboa em 1701.
Nossa Senhora da Conceição | |
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Portugal | |
Operador | Marinha Portuguesa |
Fabricante | Ribeira das Naus, Lisboa |
Lançamento | 1701 |
Patrono | Nossa Senhora da Conceição |
Período de serviço | 1701–1724 |
Vitórias | Batalha do Cabo Matapão |
Características gerais | |
Comprimento | 67 m |
Boca | 16,5 m |
Pontal | 12 m |
Armamento | 80 peças |
Tripulação | 700 homens (1716) |
História
editarA nau foi construída na Ribeira das Naus em Lisboa e lançada ao mar em 1701. Estava armada com 80 peças de artilharia.[1][2] O seu elevado poder bélico permitiu-lhe uma destacada ação no combate à pirataria.
Em 1716 a Nossa Senhora da Conceição foi escolhida para ser a capitânia da esquadra comandada pelo Conde do Rio Grande, enviada por D. João V para o Mar Mediterrâneo. A esquadra foi enviada, a pedido do Papa Clemente IX para ajudar a combater as forças navais turcas que cercavam Corfu. Não chegou, no entanto, a entrar em combate pois as forças turcas se retiraram antes da sua chegada.
Perante o recredescer da ameaça naval turca aos estados cristãos do Mediterrâneo, em 1717, Portugal envia uma nova esquadra, composta por sete naus, dois brulotes e dois navios de apoio. A esquadra é, novamente, comandada pelo conde do Rio Grande, tendo como sua capitânia a nau Nossa Senhora da Conceição.
A 9 de Junho de 1717, a esquadra portuguesa reúne-se, em Corfu, com as restantes forças navais cristãs, comandandas pelo general Belfontaine, nomeado pelo Papa, e composta por navios dos Estados Papais, de Veneza, de Florença, da Toscana e de Malta. Belfontaine ordena ao conde do Rio Grande que arreasse a bandeira de Portugal e içasse a do Papa, ordem recusada pelo comandante português que informou que só combateria sob a bandeira do Rei de Portugal.
As forças cristãs encontraram-se com a armada turca, a 19 de Junho, dando inicio à Batalha do Cabo Matapão. No entanto o general Blefontaine ordena a retirada das suas forças. Novamente, o conde de Rio Grande não obedeceu à ordem, decidindo que a esquadra portuguesa iria enfrentar os turcos sozinha. A esquadra portuguesa fez então retirar o inimigo.[3]
Sua última menção é em 1724.[2]
Características
editarGerais
editarAs suas principais características eram:[1][2]
- Comprimento: 67 metros
- Boca: 16,5 metros
- Pontal: 12 metros
- Tripulação: 700 homens (em 1716)
Referências
- ↑ a b Pereira, José Manuel Malhão (2012). Navios, Marinheiros e Arte de Navegar (1669-1823) (PDF). Lisboa: Academia da Marinha. pp. 42–43
- ↑ a b c Esparteiro, António Marques (1976). Catálogo dos Navios Brigantinos (PDF). Lisboa: Centro de Estudos da Marinha. p. 16
- ↑ «Batalha Naval do Cabo Matapão (Julho 1717)». Marinha Portuguesa