Nuno da Cunha e Ataíde

Cardeal, conselheiro de D. João V

Nuno da Cunha e Ataíde (Lisboa, 8 de Dezembro de 1664Lisboa, 3 de Dezembro de 1750) foi um cardeal português, conhecido como "Cardeal da Cunha",[1] figura influente na corte de D. João V, de quem foi conselheiro.

Nuno da Cunha e Ataíde
Cardeal da Santa Igreja Romana
Bispo-titular de Targa
Nuno da Cunha e Ataíde

Título

Cardeal-presbítero de Santa Anastásia
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 14 de dezembro de 1705
Ordenação episcopal 14 de março de 1706
por D. Álvaro de Abranches e Noronha
Cardinalato
Criação 18 de maio de 1712
por Papa Clemente XI
Ordem cardeal-presbítero
Título Santa Anastácia
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Lisboa
8 de dezembro de 1664
Morte Lisboa
3 de dezembro de 1750 (85 anos)
Progenitores Mãe: D. Guiomar de Lancastre
Pai: Luís da Cunha e Ataíde
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dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Biografia

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D. Nuno da Cunha e Ataíde era filho de Luís da Cunha e Ataíde, 8.º Senhor de Povolide de juro e herdade,[2] e de sua mulher D. Guiomar de Lancastre, e irmão mais novo de Tristão da Cunha e Ataíde, 9.° Senhor e 1.º Conde de Povolide, por Decreto de D. João V de Portugal de 6 de janeiro de 1709. O seu homônimo e tio paterno, D. Nuno da Cunha de Ataíde, recebera o título de conde de Pontével, por carta de 10 de julho de 1662 (D. Afonso VI).[3]

A casa de Povolide[4] descendia de um dos filhos do célebre navegador Tristão da Cunha, e representava também a linha de parentesco mais próxima da primogenitura dos Ataídes, pois D. Helena de Ataíde, irmã de D. Luís de Ataíde, 3.º conde de Atouguia (que faleceu sem geração), era trisavó do 1.º conde de Povolide e do Cardeal da Cunha.

Foi Mestre de Artes em Coimbra e formou-se aí, na Universidade de Coimbra em Direito Canónico. Tendo também exercido as funções de cónego da Sé. Foi ainda membro do Conselho de Estado, Inquisidor-mor dos Reinos de Portugal e Algarves, e capelão privado d'el-rei D. Pedro II.[5]

Foi designado bispo de Elvas (1705), cargo que recusou, tendo em compensação recebido o título de bispo-titular de Targa.

Clemente XI elevou-o ao cardinalato a 18 de Maio de 1712, com o título de Santa Anastácia.

Segundo o Agiologio Lusitano, terá sido o 186º e 192º provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa[6].

Faleceu em Lisboa em 1750; está sepultado na Sé dessa cidade.

Referências

Ligações externas

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