Nuno de Siqueira
Nuno José Maria da Purificação de Siqueira GOM (Lisboa, 23 de Janeiro de 1929 — 19 de Dezembro de 2007) foi um pintor português.
Nuno de Siqueira | |
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Nascimento | 1929 Lisboa |
Morte | 2007 (78 anos) |
Nacionalidade | portuguesa |
Área | Pintura |
Biografia
editarFrequenta a Faculdade de Direito durante três anos, e a Escola de Belas-Artes de Lisboa durante outros três, abandonando ambas as instituições sem de terminar a formação. Trabalha com Almada Negreiros nos painéis para a Faculdade de Direito, Cidade Universitária de Lisboa. Numa curta viagem a Paris conhece Maria Helena Vieira da Silva, trabalhando sob sua orientação (1953). Em 1958 parte para Paris como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Será influenciado pela pintura de Arpad Szenes.[1][2]
Expõe pela primeira vez no Salão da Jovem Pintura, Galeria de Março, Lisboa (1953). Participa em inúmeras exposições coletivas, entre as quais: I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1957; Exposição Internacional de Bruxelas, 1958; I Bienal de Paris, 1959 (Prémio do Sindicato dos Críticos de Arte); I Salão dos Novíssimos, S.N.I., Lisboa, 1959; II Salão dos Novíssimos, S.N.I., Lisboa, 1960; VI Bienal de São Paulo, São Paulo, 1961 (Menção Honrosa); Prémio Diogo de Macedo, 1962; III Salão dos Novíssimos, S.N.I., Lisboa, 1963 (Prémio Souza-Cardoso); Art Portugais, Bruxelas, Paris, Madrid, 1967-68; Pintura Portuguesa de Hoje, Barcelona e Salamanca, 1973; Arte Portuguesa Contemporânea, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, 1976-77; etc.[1][2]
Primeiras exposições individuais na Galeria Pórtico (1956), e no Secretariado Nacional de Informação, Lisboa (1957). Ao longo dos anos irá realizar diversas mostras individuais – em Lisboa, Nova Iorque e Rio de Janeiro –, nomeadamente na Galeria Judite DaCruz, Lisboa, que funda em 1969 com a sua mulher.[3][2]
A fase mais duradoura da pintura de Nuno Siqueira é reveladora da forte impressão que a obra de Vieira da Silva e o seu breve estágio no atelier da pintora lhe terá causado; "Obra de raiz abstrata, servida por uma poética não totalmente definida, caminhou posteriormente, num certo período de transição, para a busca de uma realidade recriada pela inserção discreta na tela de fragmentos figurativos".[4]
A 10 de Junho de 2007, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Mérito.[5]
Referências
- ↑ a b A.A.V.V. – Arte Portuguesa Contemporânea: pintura, desenho e gravura da coleção da C. Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1962.
- ↑ a b c A.A.V.V. – Arte Portuguesa Contemporânea. Lisboa: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretaria de Estado da Cultura, Fundação Calouste Gulbenkian, 1976-77.
- ↑ Artur Maciel. «Notas sobre Artes Plásticas» (PDF). Museu RTP. Consultado em 22 de agosto de 2013[ligação inativa]
- ↑ Fernando Guedes. «Nuno Siqueira (1929-2007)». Annualia: temas, factos, figuras. Consultado em 22 de agosto de 2013
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Nuno de Siqueira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de junho de 2015